RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Para você, irmão, amigo

Este é um momento de dor. Acompanhamos o número crescente de mortes, de contaminados, de pessoas aguardando em hospitais uma vaga para o tratamento devido. Podemos aquilatar a dor de quem vê partir, de forma repentina, o ser amado, seja ele o cônjuge, o filho, o amigo, o namorado, o noivo. Não importa. São afeições cuja separação dilacera a alma. Por isso, as nossas palavras desejam alcançar você, que padece essa dor que somente é conhecida em sua profundidade, por quem já a sofreu. Por quem viu o ser querido realizar a viagem final, deixando um grande vazio em sua vida, pela sua ausência física.

Sim, todos sabemos que a morte nos chegará, mais dia, menos dia. Contudo, ainda somos, apesar de tantos anos de Cristianismo, apesar da mensagem da Imortalidade que nos legou Jesus, seres que não nos convencemos de que a permanência na Terra é transitória. Não poderia ser de outra forma. Se pensássemos que amanhã vamos morrer, não lutaríamos para conseguir o sustento honesto de cada dia, não pensaríamos em nos entregar a exaustivos estudos para contribuir positivamente para o mundo. Se pensássemos que a morte nos aguarda ao virar a próxima esquina, não cogitaríamos em ter um filho, porque somente para o ver nascer, precisamos aguardar nove meses.

É da natureza humana, e está contido na lei de conservação, esse amor à vida. Igualmente, está inserido na lei de progresso, estabelecida por Deus, o desejar crescer, produzir melhor. Está na lei de trabalho estipulada essa força que nos move para buscar o cargo, a função, a profissão que nos permita não somente o nosso bem-estar, mas o de outros, nossos irmãos. O que ocorre é que esta vida é tão extraordinária, maravilhosa, cheia de luz, de cor, de esperança, que vamos nos esquecendo de que não somos daqui. De que estamos somente de passagem. Então, quando a morte chega é sempre uma surpresa. Dizemos isso com nossas palavras: Por essa eu não esperava. Morreu? Como? Falei com ele ontem. Almocei com ele.

E nos vestimos de luto.

Por isso, ouvinte amigo, desejamos neste dia, chegar especialmente ao seu coração para lhe dizer que o desejamos abraçar. Sinta-se aconchegado ao nosso coração. Sinta as vibrações do nosso carinho o alcançando. Esteja você no hospital, enfermo ou aguardando a melhoria de alguém; esteja você acompanhando o corpo do seu afeto para o que chamamos a última morada, na carne, sinta as vibrações da nossa ternura. Estamos orando por você, pelos seus amores, encarnados ou desencarnados.

Muitos nos reunimos, todos os dias, para orar ao bom Deus por toda esta Humanidade sofrida. Pedimos que as dores sejam abreviadas, que a pandemia se vá, que novos dias, de sol, de felicidade, surjam para todos. Confie, ouvinte amigo. O amanhã surgirá com o sol raiando nos céus. Os ventos virão nos acariciar a face e tornarão a nos segredar aos ouvidos:

Você não está sozinho. Deus está com você. Jesus nos governa. Tudo passa. Isso também passará. Somos todos viajores da mesma nau Terra. Permaneçamos unidos, na esperança, na fé.

sábado, 26 de junho de 2021

Feito revoada

Você já observou uma dessas árvores comuns, altaneiras, quando estão repletas de pássaros em seus galhos?

As aves pousadas preenchem os espaços, e mesmo os ramos mais secos parecem ganhar vida com a visita animada dos pequenos seres alados. O vegetal erguido em direção ao Alto ganha movimentos que não possuía. Ganha sons que não era capaz de emitir. A vida se soma à vida. A árvore nunca foi tão exuberante. No entanto, sem avisar, sem aparente razão, subitamente todos eles resolvem bater em revoada ao mesmo tempo. Outro belíssimo espetáculo de se ver. Coordenados, sem medo, obedecendo a um comando interno que lhes faz desafiar os ares a todo instante, eles voam...

Eles voam, buscando seus destinos, continuando a desempenhar seu importante papel na Criação. Mas e a árvore? Normalmente nem mais a notamos.

A árvore permanece, agora, aparentando estar vazia, incompleta, sem vida... sem beleza. Ela sente falta dos passarinhos, dos ruídos, da festa, daquela alegria toda em torno de si.

Há épocas da vida que parece que as pessoas começam a partir assim, feito revoada, todas quase ao mesmo tempo. As redes sociais possibilitam que saibamos desse tipo de notícia instantaneamente. Lá se foi aquele amigo distante. Agora aquele outro, pai de fulano, mãe de beltrana...

E quando chega a vez dos nossos próximos mais próximos nos damos conta de que todos teremos que partir um dia. Sentimo-nos, então, como a árvore que perdeu todos os pássaros que cantavam e brincavam em seus braços. Sentimo-nos minguados, desfolhados, silenciosos...

É de se compreender a tristeza da árvore, ela é autêntica.

Necessário lembrar, vez ou outra, que os pássaros não pertencem às árvores, que não fazem parte dela, como o tronco, a galhada ou as folhas. São visitantes passageiros, que fizeram breve morada ali, em seu aconchego verdejante, antes de seguir suas jornadas pelo espaço sem fim. Assim, poderíamos perguntar: deve a árvore sofrer com as revoadas frequentes da existência, ou rejubilar-se com os belos voos de seus novos amigos passarinhos?

A resposta é admirável: ela precisa das duas coisas.

Não há mal algum em sofrer. As almas mais sensíveis sofrem a ausência e a despedida. Choram as lágrimas da gratidão, das boas lembranças e da falta das energias do outro no campo das suas próprias. Mas, também porque amam, choram de alegria pela libertação, pela beleza de um voo que é certo para todos, pois é voo de final de uma etapa e início de uma nova. É um voo de renovação. Curioso é que somos, ao mesmo tempo, árvore e passarinho. E conhecemos a história a partir dos dois pontos de vista. Bate em nós, vez ou outra, essa melancolia das revoadas, quando o olhar se detém apenas nas árvores esvaziadas que ficaram. Juntemos a esse sentir um outro: o deslumbre pelo céu repleto de asas, pelo bailar seguro e bem desenhado dos pequenos seres que partem daqui para ali, que continuam existindo, que logo mais pousarão em outras florestas, numa continuada e esplêndida celebração à vida que não cessa jamais.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Folia de São João, por Pablo Cândido, Laura Cândida e Carroça de Mamulengos

Evangelho (Lc 1,57-66.80)

Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: «Não. Ele vai se chamar João». Disseram-lhe: «Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!». Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: «João é o seu nome!» E todos ficaram admirados.

No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: «Que vai ser este menino?» De fato, a mão do Senhor estava com ele. O menino crescia e seu espírito se fortalecia. Ele vivia nos desertos, até o dia de se apresentar publicamente diante de Israel

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Aprender a conhecer o teu semelhante

 A magia de conhecer de verdade alguém, 

é sempre olhar como se fosse pela primeira vez.


Quando olhar o seu semelhante dessa forma desformatada,

a sua entrega torna-se o seu prazer e a sua verdade,

a sua verdade a construção de relacionamentos autênticos.


Quando consegue olhar alguém que vê diariamente, 

como se fosse pela primeira vez, dispõe da maior atenção e cuidado

e essa pessoa vai sentir-se compreendida e estimada.


Assim como o que é puro permanece intacto

o seu bem agir permanece na sua natureza.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Evangelho (Mt 6,7-15)

«Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes. Vós, portanto, orai assim: 

Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem. E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno. 

De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas».

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Mensageiros

Em todos os tempos, Deus enviou mensageiros à Terra, para transmitir recados aos homens. Os livros bíblicos são pródigos nos relatos, com maior relevância, quiçá, nos relatos do Novo Testamento.

Narra o Evangelista Lucas que um anjo do Senhor foi enviado a uma cidade da Galileia, de nome Nazaré, especialmente à casa de uma jovem chamada Maria. Entrando o mensageiro onde ela estava, disse: Eu te saúdo, cheia de graça. O senhor é contigo.

E porque ela refletisse consigo mesma o que significaria semelhante saudação, continuou ele, após se identificar como o anjo Gabriel: Venho te dizer que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do altíssimo. E o seu reino não terá fim. 

E lhe dá ainda notícia de que sua prima Isabel também concebera e se encontrava em seu sexto mês de gravidez. O mensageiro é meticuloso em seu recado, dando detalhes que se haveriam de concretizar nos séculos futuros. Meses depois, quando Maria deu à luz seu filho primogênito, um anjo do Senhor apareceu no campo a pastores que faziam vigília, guardando os seus rebanhos. A mensagem era clara: Trago-vos uma nova de grande alegria. Nasceu, hoje, na cidade de David, o Cristo Senhor.

E a seguir uma multidão de arautos apareceu e se pôs a cantar Hosanas a Deus, saudando o nascimento do Menino. Mas Deus, em Sua bondade, não se serve somente de mensageiros espirituais, de seres do Além. Assim, homens e mulheres se transformam, na Terra, em arautos do bem, a Seu convite. Quando Maria vai a Jerusalém, com o esposo, levando o bebê, segundo as prescrições da lei de Israel, um homem se destaca. É o velho Simeão que, tomando o menino nos braços, louva a Deus, por poder tê-lO contemplado, a Luz, a Glória do povo de Israel. Mas igualmente olha para Maria e lhe prediz que sua alma de mãe seria ferida por uma espada e que seu filho estava destinado a ser a ruína de muitos em Israel.

Também Ana, a profetisa, compareceu na mesma ocasião e glorificou a Deus, falando do Menino a todos. Quando Jesus inicia Sua missão, elege setenta e dois discípulos e os incumbe de ir, dois a dois, pelas cidades anunciando a chegada do reino de Deus. A samaritana, com quem Ele se encontra, no poço de Jacó e entabula singular diálogo, se transforma em mensageira da verdade que Ele pregava. A mulher equivocada de Magdala se torna a mensageira da esperança para os excluídos da época, os leprosos. E o discípulo amado, João, é a própria mensagem do amor, não cansando de repetir, até a sua velhice: Amai, meus filhos, amai muito.

Mensageiros espirituais, mensageiros na carne. O importante é ser veículo da Luz.

Por isso, nos dias que atravessamos, quando tantos alardeiam desesperança e desânimo, é bom pensar se temos sido mensageiros da palavra de encorajamento. Quando tantos aludem à derrocada moral desses tempos de transição, é salutar meditarmos se temos sido os mensageiros do bom ânimo. Enfim, enquanto muitos afirmam que o mundo está perdido, que as gerações novas são o caos, é importante indagarmos se temos sido os mensageiros do bom  exemplo.

Ao nascer, Jesus teve a anunciá-lO um coro de anjos. Para disseminar a Sua palavra pela Terra, transformou homens e mulheres, pescadores e comerciantes em seus mensageiros. E pela necessidade imperiosa de que a Boa Nova se espalhe pela Terra, incendiando os corações, Jesus conta connosco. Portanto, se somos cristãos, façamos a nossa parte na difusão do bem. Sejamos os mensageiros da paz, da moral e do amor, onde e com quem nos encontremos.

terça-feira, 8 de junho de 2021

reflexão

Sou a pessoa mais feliz que conheço, 

mesmo nos dias em que não tenho consciência disso.

Até onde devemos ir...

As bibliotecas e as livrarias estão abarrotadas de livros com histórias de homens e mulheres incríveis. Histórias de superação, que falam de persistência, de não abandonar o sonho, de determinação e confiança. A persistência é exaltada. Todos sabemos que a força de vontade, a determinação são ingredientes essenciais para as conquistas humanas.

Tomas Edison, na busca pela descoberta da lâmpada incandescente realizou mais de mil experimentos. Não desistiu e iluminou o mundo. Os navegadores, os inventores, os cientistas deram ao mundo o seu melhor porque se mostraram persistentes, incansáveis. São exemplos que nos arrastam. Então, colocamos na nossa mochila de sonhos os planos que desejamos alcançar e vamos à luta.

Vamos à luta para concluir o curso superior, para prosseguir na especialização, alcançar o mestrado, o doutorado. Adentramos no campo das pesquisas, que nos exigem esforço fantástico. Abrimos o nosso negócio, ampliamos o que temos, perseguimos os sonhos. Isso é muito positivo. No entanto, importante pensarmos até onde vai a nossa persistência ou a nossa teimosia.

Os especialistas em negócios reforçam a ideia da necessidade de rever estratégias e, se preciso, mudar os planos. Isso significa, por vezes, desistir do que pretendemos e criar uma nova meta. E não há nada de errado nisso. Levantar a cabeça, seguir em frente, se reinventar. Nesses tempos de pandemia, a criatividade, investir no diferente, inovar foi o que manteve negócios ativos, garantiu o sustento de muitas famílias. A sabedoria está em sabermos se o momento é de perseverar no que vimos fazendo ou se devemos desistir. Num debate, ouvimos o relato da maratonista suíça que, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, concluiu a prova cambaleando, em sofrimento extremo.

Foi ovacionada, elogiada e apresentada como um exemplo de verdadeiro espírito olímpico. No entanto, três médicos disseram que ela ultrapassara seus limites e tinha colocado em risco a sua vida. Caso tivesse andado mais uma centena de metros, poderia ter tido uma lesão cerebral irreversível.

Quem pode dizer o contrário? É um fato que nos leva a pensar em nossos investimentos. Pensarmos que persistir é louvável desde que não estejamos insistindo em um projeto somente para não dar o braço a torcer. Talvez tenhamos que reavaliar as questões, os riscos e parar tudo. Parar para pensar, para planejar um novo rumo. É o desistir para conquistar.

Quantos iniciamos um curso universitário, reconhecemos depois de algum tempo que aquilo não nos satisfaz, mas vamos até o fim. Recebemos o diploma, frustrados. Não é o que desejamos para nossa vida. Não desistimos porque tememos ser considerados fracos, ou tolos ou indecisos.

Contudo, desistir não é feio. Feio é não tentar, e mais feio ainda é não reconhecermos que erramos, que nos enganamos, que temos que mudar de planos, que podemos mudar de ideia. Se a dúvida estiver nos abraçando, façamos uma pausa para orar, meditar, pedir auxílio superior. E depois, retornemos à luta, renovados.

Pensemos nisso.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Todo o lugar onde uns olhos pousam

 Todo o lugar onde uns olhos pousam, perde o seu mistério.

Porque ganha uma história,

Porque deixa de ser intacto…

 

Porque mostra um caminho,

Para que possa ser compreendido…

Porque se deixa vislumbrar…

 

Haverá vezes poucas, onde uns olhos humanos…

Conseguindo olhar imaculadamente…

Observem a plenitude de um mistério,

Suas histórias sem julgar,

 

Então abençoados podem ser considerados,

Aqueles que pelo olhar de alimento

Servem a alma, do néctar de luz…

Na claridade desvendada…

Sou Eu, Jesus

Um local árido, e dos mais ásperos. Justamente ali, uma voz se ergue, ecoando no deserto. Tendo Ele se levantado muito antes da luz do dia, retirara-se para o solitário lugar para orar. De Seu amoroso verbo, brota a água que faz correr rios de luz. De Sua presença luminosa, o silêncio se faz verdadeira orquestra, perfeitamente afinada com a celeste música do Criador, o Pai de todos nós, com o qual Ele estabelece um estreito diálogo. É nesse colóquio com o Senhor da Vida, que o Cristo se revela Um com Ele. E cumpre Sua missão para connosco: nos direciona, nos encoraja, nos fortalece.

Os desafios da vida são tão grandes. Não há mais distâncias. A globalização, o advento da Internet fazem com que o mundo nos esteja disponível na rapidez de um clique. Nunca estivemos tão conectados... e tão solitários.

Por vezes, nossos corações se tornam ressequidos, ao contemplarem as injustiças do mundo, a desigualdade social, a fome, a dor, as atrocidades cometidas e os atentados contra a vida. Não raro, nos apresentamos desesperançados. Também cansados. Parece-nos andar pela aridez de um deserto. A voz do silêncio ecoa em nosso ser. Todavia, lembremo-nos do Cristo. Fechemos, por um instante, nossos olhos. Permitamo-nos sentir Sua doce presença.

Permitamos que Ele, que conhece cada uma de nossas angústias, que compreende amorosamente nossa tão frágil e vacilante fé, adentre o deserto das nossas dores, das dores do próximo, das dores do mundo. Agucemos nossos ouvidos para lhe ouvir a voz:

Sou Eu, Yeshua.

Sou Aquele que caminha ao teu lado e que te conduz os passos, mesmo quando, para ti, eles pareçam tortuosos.

Sou Aquele cujas mãos repousam em tuas mãos, ainda que sintas o gosto amargo da solidão e, por isso, não as perceba.

Todavia, são as Minhas mãos que se juntam às tuas em prece e, quando tu não consegues orar, oro por ti ao Pai que está em Mim e que está também em ti.

Sou Eu, que me felicito com tuas alegrias, seco as tuas lágrimas, conheço o mais profundo de tua alma e que, em meio às lutas diárias, lembro-te de teu destino: a paz e a felicidade.

Então, mesmo que por um breve instante, tu sorris. E Meu sorriso é contigo.

Sou Eu, que conheço tão bem o peso da cruz, que te auxilio a carregar a tua, na certeza de que não há dores que sejam eternas e de que cada dia, por mais dolorosa seja a tua via crucis, é valiosa lição que te ilumina mais e mais.

Sou Eu, Jesus, que te amo profundamente e que sei de tuas lutas, confiante e certo de tuas vitórias.

Lembra-te de Mim. Nas amarguras, lembra-te de mim. Nas alegrias, lembra-te de mim. Nas incertezas, lembra-te de mim.

Lembra-te de mim, pois meus olhos estão sempre voltados para ti. Quando mais necessitares, mais refrescantes serão as bênçãos do céu que derramarei sobre ti.

Abraça a certeza de que não és um deserto. Antes, uma florida campina cujo perfume espalha harmonia.

Confia. Sou eu, o teu Amigo Jesus.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Explorai as vossas riquezas espirituais

Toda a gente deseja a paz, a liberdade, a felicidade. É igualmente verdade que muitas pessoas as desejam para os outros. Mas, como muito poucas sabem onde encontrá-las e como realizá-las, o que se passa é que, apesar de todos esses desejos magníficos, a maior parte delas são infelizes e tornam as outros também infelizes.

Só existe uma forma de encontrar a felicidade, é dando prioridade à vida interior relativamente às aquisições exteriores. Evidentemente, muitos dirão que já sabem isso: «O dinheiro não traz a felicidade.» Eles sabem que nem as posses materiais nem a glória trazem a felicidade, mas comportam-se como se não o soubessem. Vemo-los continuamente preocupados em instalar-se bem na matéria. Por isso, mesmo que tenham sucesso, eles não só não serão felizes, como farão os outros infelizes.

Faz-se tanto alvoroço em torno do sucesso material! Enquanto se atribuir tanta consideração aos que são bem sucedidos financeiramente, socialmente, mostrando-os por todo o lado nos jornais, na rádio, na televisão, estar-se-á a alimentar nos outros, menos favorecidos, o sentimento de que são inferiores, de que não são interessantes, o que gera necessariamente ciúmes, invejas, ódios.

Eu não digo que se deve deixar totalmente de lado o sucesso social, digo é que, se se mostrasse aos humanos que é mais importante explorarem as suas riquezas interiores, a sociedade estaria melhor. Em primeiro lugar, porque haveria mais generosidade. Como quereis que pessoas que concentram todos os seus esforços no sucesso material possam ser realmente generosas? Elas sentem que aquilo que têm não lhes pertence verdadeiramente, que estão à mercê dos acontecimentos ou da maldade de pessoas mais ativas e mais hábeis do que elas; então, é normal que hesitem em partilhar com os outros o que têm tanto medo de perder. E não só não o partilham, como farão tudo para o preservar, mesmo que para isso tenham de ser egoístas, impiedosas, cruéis. Ao passo que aqueles que trabalharam para adquirir riquezas espirituais estarão sempre prontos a fazer com que os outros beneficiem delas: eles sentem que não só não perderão nada, como enriquecerão ainda mais procurando ajudar os outros.

Os humanos precisam de modelos para imitar. Quando eles veem alguém que se distingue pelas suas capacidades, pelo seu sucesso, têm vontade de ser como essa pessoa. Então, atenção!, se a vossa superioridade consiste em ter mais dinheiro, mais poder, mais glória, não sois um grande modelo, porque encaminhareis as pessoas para uma via em que se é sempre levado a dominar os outros, a humilhá-los, a despojá-los. Ao passo que, se a vossa superioridade advém das vossas qualidades espirituais, da bondade, do autodomínio, da nobreza, da generosidade, da pureza, da abnegação… não só sentireis que essas qualidades vos pertencem verdadeiramente e vos permitem fazer face a todas as situações difíceis, mas também ajudareis os outros a entrar no bom caminho e a encontrar a felicidade. Todos precisam de modelos. Não de modelos de sucesso material, mas de modelos que os ajudem a tomar consciência das suas verdadeiras riquezas, as riquezas do coração, da alma e do espírito.