RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

O gabinete da vontade

A mente humana pode ser comparada a um grande escritório, dividido em diversas secções de serviço, em vários departamentos, cada um com sua função específica. Podemos enfocar os quatro principais:

O departamento do desejo, em que se operam os propósitos e as aspirações da alma, acalentando o estímulo ao trabalho. Ele nos projeta no futuro, naquilo que queremos realizar, vinculando nosso coração a um alvo, a uma meta.

A segunda secção é o departamento da inteligência, onde encontramos os patrimônios da evolução e da cultura, isto é, todas as conquistas do intelecto. Tudo que foi conquistado em nosso processo evolutivo na área intelectual.

O terceiro departamento é o da imaginação. A responsabilidade dele é trabalhar as riquezas do ideal e da sensibilidade. Ali está tudo aquilo que nos leva a abstrair, a dar um voo mais alto, a deixar, por vezes, a esfera acanhada de nossas atividades. Ali estão as conquistas da arte e do belo.

Por fim, temos a quarta divisão: o departamento da memória, cujo objetivo é arquivar todas as experiências do Espírito, ao longo das encarnações.

No entanto, toda organização, todo escritório, necessita de uma gerência. Surge então, acima de todos eles, o gabinete da vontade. A vontade é a gerência esclarecida e vigilante que governa todos os setores da ação mental. É a maior das potências da alma. Nela dispomos do botão que decide o movimento ou a inércia da máquina. Sem essa administração segura, sem essa gerência, os departamentos passam a correr grandes riscos, pois tendem a operar por conta própria, de acordo com seus entendimentos particulares. A coordenação e a liderança da vontade garantem que todos os setores trabalhem em harmonia, sintonizados com um objetivo maior, cada um cumprindo sua função e todos vinculados ao mesmo fim. Quando a vontade não cumpre seu papel, o desejo pode tomar conta e comprar enganosamente séculos e séculos de aflição e comprometimento. Vemos isso quando somos dominados pelas paixões, pelos desejos do imediato, dos interesses transitórios. Se a vontade está fragilizada, o departamento da inteligência pode se aprisionar à criminalidade. É o que vemos quando temos grandes inteligências ligadas a interesses mesquinhos e não ao bem, e não às realizações coletivas. Assim também se dará quando o departamento da imaginação e da memória resolverem agir sem esse comando seguro da vontade. Eles se perdem, um podendo criar monstros na sombra e o outro caindo em relaxamento. Só a vontade, como auréola da razão, tem capacidade e lucidez para gerenciar todos esses setores com sabedoria.

A vontade é, sem dúvida, a maior das potências da alma. O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a lei divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste:
 “A fé transporta montanhas.”

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Oração da manhã ao Espírito Santo

Adorável Espírito de Deus, Espírito vivificador e santificador, que desde o princípio da criação imprimistes nas criaturas o selo da perfeição que lhes convinha, passai sobre mim como então passáveis sobre as águas e derramai na minha alma as riquezas da graça e dos vossos dons, acrescentando força e constância, para que corresponda aos vossos divinos favores e jamais me canse de correr pelo caminho que leva ao céu.

Suplico-vos ainda, ó Divino Espírito, Amor Eterno, que visiteis o coração de todos os vossos fiéis e o enchais de vossa divina graça; que visiteis o coração dos cristãos tíbios e desleixados e que reacendais neles o fogo do amor celeste; que visiteis o coração dos pecadores para o acordar do sono funesto da morte; e, finalmente, que visiteis as terras dos não evangelizados, que lhes deis de novo a vossa bênção e que envieis a essa grande seara muitos operários que recolham os preciosos frutos da Redenção.

Permanecei também comigo, Divino Espírito Santo, e abençoai-me desde o principio deste dia, guiai os meus pensamentos, possuí os meus pensamentos, possuí os meus afetos, regulai a minha vontade, refreai os meus sentidos e de um modo especial a língua, e concedei-me a graça de chegar à noite, ou melhor, ao fim da vida sem vos ter causado nenhuma tristeza.


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Evangelho (Mt 23,27-32)

Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. Vós, pois, completai a medida de vossos pais!

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

«Todas as Primaveras e todos os Outonos estão contidos neste preciso instante. A imensa possibilidade que isto acarreta é poder virar o teu destino assim de repente, como quem vira de direção numa encruzilhada. E claro esta decisão está carregada de “self”, ou seja, de si mesmo, carregada de tua presença no caminho, como tu decides, como tu vês e ajuízas o mundo que te rodeia, como tu percebes as próprias fronteiras do teu agir. Cada momento, cada inspiração, cada expiração, é uma oportunidade de modificar um pouco mais a tua vida para aquilo que consideras o teu sonho a alcançar.  Não faças por menos, estás a trabalhar com energias sublimes e poderosas, que governam a própria razão das coisas que acontecem a cada instante, não a razão dos homens ou da ciência. Acredita no teu coração, não descurando o teu intelecto. Tem sempre nessa estrada, quem vela por ti.» 


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

«Certo, façamos a escolha Agora. Sim, mesmo já. E porque não aproveitar em celebração e em sossego, bem devagarinho e bem interiorizado… entregar tudo ao Céu. Tudo o que não podemos também resolver prontamente. Deixar "assentar o pó", para depois enxergar melhor. No entanto, lembrar que existe sempre alguém que enxerga melhor que tu, para te ajudar e evoluir.  Só tens mesmo que deixar...»


segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

«Normalmente todos os humanos são como uns bebés espirituais, na escala do cosmos. Uns queridos e bonitos bebés mimados. Esse é o estado atual da humanidade. Devemos aprender. Aprender a deixar de ser conduzidos, a deixar cair o medo. O nosso trabalhar deve agora recair sobre nós mesmos, ser um poderoso íman orientado por forças celestes, para semear a pré-aventurança.» 

domingo, 15 de agosto de 2021

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

«A fé é também acreditar que tudo terá o seu destino. Nem que este seja o infinito indefinível. A fé é a consciência da expansão energética das tuas moléculas. É saber, ou querer saber até onde percecionas, interages. Para além dos sentidos grosseiros. A fé é o amor-dos-homens, é ser-se leal. A fé não está na escrita, não tem formulário, pode ser até considerada herege aos olhos de vulgo homem contemporâneo.» 

Evangelho (Lc 1,39-56)

Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».


Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

sábado, 14 de agosto de 2021

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

«Se as pessoas que pedem graças à Mãe do Céu, não bloquearem à primeira contrariedade, se não ajuizarem da divina ajuda, não amuarem em birras de criança mimada, certo estejam: a Mãe do Céu só necessita de um pouco de colaboração, um pouco de confiança e tudo, mas tudo se resolverá. E como um inesperado e maravilhoso presente, como uma espécie de recompensa, para além dos problemas onde solicitaste ajuda e encontraste resolução, ainda obterás algo inesperado. As respostas do porquê do teu agir, as tuas motivações profundas, a integração matrimonial com a ciência amorosa dos céus, incompreensível para os homens, senão através de um processo de iniciação como o descrito ou algum outro semelhante.» 

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

 «Aqui estou pelo trilho, bem-disposto, com muito otimismo. Tomara este otimismo floresça pelo mundo, pois certamente não são poucos os necessitados de algum descanso. De tanto assédio, tanto stress, tanta violência e desencontro. Tomara que doravante este otimismo invisível aos olhos, sejam testemunho dos correios espirituais responsáveis pelas notícias. Noticias que ao espalhar-se inspirarão mesmo aqueles, que aqueles jornais não leem.» 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

E se...

Certamente tivemos, em algum momento, em nossas vidas, o desejo de que as pessoas se comportassem de maneira diferente para connosco. Possivelmente, já aconteceu de nos incomodarmos com a maneira de alguém agir, ou com os valores e princípios que defende. Constantemente, avaliamos os outros e nos deixamos afetar, pelas posturas que apresentam. É comum no trânsito, no supermercado, na reunião familiar ou no trabalho, nos desgostarmos com as pessoas.

Por um motivo ou outro são com esses que demonstramos a nossa impaciência, agimos de forma impulsiva ou até de maneira grosseira e pouco amigável. É verdade que nos relacionarmos em sociedade sempre é um grande desafio. Atitudes de colegas, familiares ou conhecidos nos colocam, muitas vezes, nos limites da nossa estrutura emocional. E nossos desejos se manifestam com frases como Queria que Fulano fosse assim, ou Gostaria que Beltrano mudasse sua maneira de agir.

E vamos fomentando ideias que nunca estão ao nosso alcance, porque o que desejamos é a mudança do outro. Dificilmente nos pomos a pensar que, eventualmente, o outro apreciaria que alterássemos as nossas atitudes, que o ferem, que o machucam. Que tal se, ao invés de avaliarmos alguém pela sua aparência, pela roupa, cabelo ou pelo vocabulário que usa, buscássemos conhecê-lo melhor?

Saber da sua história de vida, dificuldades e lutas que vem enfrentando. Afinal, ninguém está isento delas. E se, ao invés de julgarmos as pessoas, seu comportamento, suas opções e escolhas de vida, buscássemos compreendê-las um pouco mais?

Entender que cada um busca ser feliz à sua maneira, mesmo que tenha que percorrer longos caminhos para tanto. Isso porque todos estamos palmilhando uma estrada de aprendizado. E se oferecêssemos ao outro a antítese, isto é, o contrário daquilo que não gostamos nele ou que nos agride?

Poderíamos oferecer a nossa paciência ao exaltado, dando-lhe a oportunidade de receber compreensão, atenção e cuidado que, muitas vezes, a vida não lhe concedeu. Para o grosseiro, retribuir com educação, mostrando outras possibilidades de relacionamento, pautadas no respeito e consideração. Talvez a falta de trato social seja apenas ausência de oportunidade de aprender outras maneiras de se relacionar. Ao bruto ofertar a gentileza, dando-lhe ensejo de provar a doçura e leveza que podem nascer a partir de pequenos gestos. Por vezes, a brutalidade que se apresenta no dia a dia não lhe permite acreditar que é possível ter um tanto de suavidade na vida. Para aquele com posicionamentos opostos aos nossos podemos construir uma ponte de empatia. Tenhamos em mente que ninguém é obrigado a pensar como nós, e que cada um é fruto de seus esforços, de sua história e de suas opções. Enfim, são muitas as oportunidades que aqueles que cruzam nossos caminhos nos ofertam para sermos melhores. Busquemos neles, esses professores que a vida nos oferece, a chance de construir em nós virtudes que permanecem latentes. Nesse esforço, estaremos contribuindo para uma sociedade pautada em elevados valores de amor e generosidade.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Evangelho (Mt 18,15-20)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganhado o teu irmão.

Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 

Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. 

Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles».


Nesta parábola Jesus alude à importância do bom entendimento em comunidade entre os seus vários membros, que bem pode ser uma família, uma cidade, um país ou mesmo o próprio mundo terreno.

Reafirma que quando no homem se verificar o sentido de justiça misericordiosa, quando se procurar estabelecer entendimento para os assuntos fraturantes e em seu resultado a união das pessoas sair reforçada na terra, em nome da verdade, da justiça e da paz entre os homens de boa vontade, o Espirito de Jesus e de seus ensinamentos se fará presente elevando a experiencia a uma união igualmente no céu, com todos os envolvidos. 

Também adverte, que uma negação consciente a este convite à reconciliação, quando levado a cabo de forma consciente, irrevogavelmente trará as suas consequências perturbantes à pessoa, pela óbvia negação ao seu progresso espiritual em comunidade. 

O Homem só na vontade firme de transcendência dos seus interesses egoístas e belicosos, poderá ingressar numa vida em comunhão com o Espirito Santo. Não é tanto pelo ingresso numa igreja especifica ou pela observância de alguns tipos de rituais respetivamente, que o homem de bem se elevará a si e aos seus, mas sim pelo verdadeiro esforço de conciliação e abertura emocional, para a entrega de coração ao que não sendo o mais fácil, é o que o seu coração lá bem fundo clama dentro de si, como sendo o mais certo procedimento.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Flores da noite

O sol da manhã, o novo dia, sempre foram símbolos de renovação. Muitos escritos já trouxeram a imagem inspiradora das flores que rompem seus botões e transbordam beleza, aos primeiros raios de luz. No entanto, existem algumas flores que só desabrocham à noite.

A natureza sempre nos surpreende. Alguns espécimes raros revelam suas pétalas somente após o pôr do sol. Florescem no escuro e enchem as ruas cansadas, jardins e costas, com um aroma intenso e luz encantadora. Isso se dá porque muitas delas são nativas de áreas onde os animais são noturnos. Assim, só podem ser polinizadas nesse período. Morcegos, insetos, mariposas saem à noite e, enquanto passeiam, levam o pólen de uma flor para outra. Muitas flores do deserto, por exemplo, desabrocham na escuridão porque, durante o dia, não há muitos animais polinizadores. Uma das curiosidades dessas florescências é seu perfume intenso. Mais uma forma de se mostrarem presentes e chamarem a atenção, cumprindo seu papel nesse sistema perfeito, que é a natureza.
Muitos de nós podemos nos descobrir como flores da noite. Não iremos nos enquadrar nos padrões das belas rosas ou margaridas, que desabrocham ao amanhecer. Nossa beleza talvez não seja a do lírio ou a da tulipa com suas tonalidades multicolores. Quem sabe sejamos mais como a dama da noite e suas pétalas, em formato de cálice, com terminações que fazem parecer estrelas. Seu perfume intrigante inspira a produção de fragrâncias e é apontado por muitos como o mais intenso, entre as plantas conhecidas. Talvez sejamos como o lótus de braham-kamal, flor dos deuses, que cresce na Índia, na China e no topo das montanhas do Himalaia. Ela abre imediatamente após o pôr do sol e vive apenas uma noite. Vive pouco, poderíamos dizer, mas vive bem, pois suas pétalas são utilizadas, na medicina tradicional do Tibete, como um meio de tratar doenças dos sistemas urinário e reprodutivo. Ou ainda a flor da noite, que cresce na América Central. Branca, com um aroma rico, um tipo de cacto noturno, que floresce apenas durante algumas horas e depois desaparece. Interessante é que depois de quarenta a cinquenta dias, no lugar da flor aparece uma fruta exótica, a pitaya, ou fruta do dragão. Foi bela, perfumada e ainda rendeu frutos.
Pensemos em tantas formas que temos de fazer parte da natureza, de servir à Criação. Alguns não temos desenvoltura para estar em frente a uma câmara, mas escrevemos muito bem o que aquela pessoa que  estará lá, em evidência, deverá falar. Alguns não temos facilidade para produzir obras artísticas, mas temos um senso estético apurado, uma visão minuciosa, enxergando coisas que ninguém mais vê. Outros, criamos em silêncio, longe dos holofotes. Vamos servir no anonimato, vamos salvar o mundo sem precisar das manchetes de jornal.

Flores da noite, igualmente belas e fundamentais nos jardins do Universo.
Que possamos fazer o bem, como flores do dia ou flores da noite. Que possamos perfumar os caminhos de nosso próximo, seja com o sol brilhando ou nos períodos de escuridão.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Santas Chagas pela Libertação dos Vícios nas Drogas

Senhor Pai Misericordioso, pelas Santas Chagas de Teu Filho Jesus, concedei a vida a todos aqueles que se encontram encarcerados num vício, escravos de alguma droga.

Senhor Pai cheio de misericórdia, pelas Santas Chagas dolorosas e gloriosas de Jesus, libertai da escravidão do vício nas drogas, bebida, cigarro, compulsões e mentiras.

Quebrai todas as cadeias e grilhões dessas pessoas que cito agora e protegei-as: (Diga os nomes)

Senhor Pai Misericordioso, Deus da Vida, pelas Santas Chagas de Jesus, libertai as carências, os traumas, os desgostos e toda a escravidão espiritual, afetiva, emocional e moral. Preenchei o vazio na vida destas pessoas a ponto de conseguirem a libertação deste mal.

Senhor, pelas cinco Chagas de Teu Filho Jesus, tirai todos esses malefícios e dai a serenidade no viver e no querer.

Senhor Jesus, nas Tuas Santas Chagas, colocamos todos os dependentes químicos e as causas que levaram ao vício nas drogas.

Livrai-os de toda carência, de toda rejeição, de toda falta de amor, de toda amargura, de todo complexo e das más companhias.

Senhor Jesus, nas Tuas Santas Chagas, colocamos também todas as famílias que estão lutando contra o vício de um (ou mais) de seus membros. Dai ânimo, força e discernimento para que possam obter a total libertação das drogas.

Abençoai, Senhor, nossos amigos e a todos os que se aproximarem de nós para que as famílias possam viver a alegria de uma vida longe do vício.

Senhor Jesus, pelas Tuas Santas Chagas, libertai minha família do vício nas drogas!

Senhor Jesus, pelas Tuas Santas Chagas, libertai minha família do vício nas drogas!

Senhor Jesus, pelas Tuas Santas Chagas, libertai minha família do vício nas drogas!

Amém

Evangelho (Mt 15,21-28):

Naquele tempo, Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia. Uma mulher Cananéia, vinda daquela região, pôs-se a gritar: «Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!». Ele não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: «Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós». Ele tomou a palavra: «Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel». Mas a mulher veio prostrar-se diante de Jesus e começou a implorar: «Senhor, socorre-me!». Ele lhe disse: «Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos». Ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!». Diante disso, Jesus respondeu: «Mulher, grande é tua fé! Como queres, te seja feito!». E a partir daquela hora, sua filha ficou curada.


Grande exemplo da universalidade do pensamento cristão em Jesus, quando fica demonstrado neste episódio de sua vida entre nós que para além do credo de cada um, da vida de cada um, de sua origem ou passado, a todos é dada a oportunidade de a cada instante de sua vida operar as modificações ou alterações que ache necessitárias fazer. A cada um só é como aqui demonstrado, necessário provar perante si próprio a pureza e autenticidade de sua intenção, afinal as condições verdadeiramente essenciais para que o seu pedido seja realizado. Uma vez mais, para isso é sempre necessária uma enorme dose de fé, de vontade e de esperança na mudança, muitas vezes mesmo além das próprias forças. Assim estarão reunidas as condições para que qualquer um, independentemente de sua condição, realize o milagre na sua vida. Acredite e entregue-se ao mais profundo do seu coração que urge revelar a mensagem que carrega consigo, de libertação.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

O melhor pai

O carteiro chegou e entregou o telegrama. Carlos Alberto leu e uma ruga lhe sulcou a testa. Eram palavras breves: Seu pai morreu. Enterro: 18 horas. Mãe.

Ele continuou parado, olhando o vazio. Nenhuma lágrima. Por que não sentia a morte do velho? Avisou a esposa e apanhou o autocarro. No íntimo não desejava ir ao funeral. Ia para que sua mãe não ficasse ainda mais triste. Ela sabia que pai e filho não se davam bem. Desde o dia que Carlos Alberto havia feito as malas, depois de mais uma discussão com o seu pai, e saído de casa, nunca mais voltara.

Telefonava para a sua mãe no Natal, Ano Novo, aniversário.  Não pensava no pai.

No velório, poucas pessoas. Sua mãe estava pálida, chorosa. Carlos Alberto não chorou. Parecia-lhe estar no velório de um estranho. Depois do funeral, ele prometeu retornar trazendo a esposa e os netos, para conhecer a mãe. Agora que seu pai não estava mais lá para criticá-lo e para lhe dar conselhos ácidos, ele podia vir visitá-la. Quando se despediu, a mãe lhe colocou algo pequeno e retangular na mão. Algo que havia encontrado entre os guardados do marido, recentemente.

No autocarro, Carlos Alberto abriu curioso aquela caderneta de capa vermelha. Reconheceu a caligrafia firme de seu pai: Nasceu hoje o Carlos Alberto. Quase quatro quilos. Meu primeiro filho. Um garotão. Cada folha que Carlos Alberto lia o remetia ao passado, numa mistura de dor e perplexidade. Hoje meu filho foi para a escola. Fiquei emocionado quando o vi de uniforme. Desejei-lhe um futuro cheio de sabedoria. Que ele possa ser alguém na vida, melhor do que eu que não pude estudar.

Noutra página, estava escrito: Carlos Alberto pediu hoje uma bicicleta. Meu salário não dá. Vou fazer horas extras para conseguir comprar uma. Ele merece, pois é estudioso e esforçado. Carlos Alberto mordeu os lábios. Lembrou das discussões que teve com o pai para ganhar a bicicleta. Se todos os amigos tinham, por que ele não podia ter?

Agora ele descobrira porque seu pai tinha sempre os olhos vermelhos. Era de atravessar as madrugadas em horas extras para comprar o que o filho queria. Hoje fui obrigado a levantar a mão contra o meu filho. Foi preciso chamá-lo à razão. Carlos Alberto anda com más companhias.

Carlos Alberto lembrou da cena. Naquela noite, se seu pai não o tivesse impedido, ele teria ido ao baile com os amigos. Amigos cujos caixões ele acompanhara ao cemitério, vítimas de um terrível acidente de carro, no dia seguinte.

As páginas se sucediam. Anotações e mais anotações. Em silêncio, seu pai o havia amado. Escrevia na madrugada de solidão. Ninguém havia ensinado aquele pai a chorar, a dividir as suas dores. O mundo esperava que ele fosse durão. Nem fraco. Nem covarde. Mas agora Carlos Alberto estava tendo a prova de que, debaixo daquela fachada de fortaleza, havia um coração terno e cheio de amor. Quando fechou a caderneta, depois das últimas anotações, Carlos Alberto sentia o peito doer. Honre seu pai para que os dias de sua velhice sejam tranquilos! Onde ouvira aquilo?

Nos dias da sua adolescência e da sua juventude jamais havia parado para pensar em verdades mais profundas. Os pais eram descartáveis. Sem valor. Agora, tudo lhe passava pela mente, de forma bem diversa. Gostaria de poder recomeçar. Mas o pai se fora. Uma lágrima brotou como o orvalho. De repente, Carlos Alberto estava dizendo para o pai que partira: Se Deus me mandasse escolher, eu juro que não queria ter tido outro pai que não fosse você, meu velho! Obrigado por tanto amor. Perdoe-me por haver sido tão cego e tão tolo.