RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea

domingo, 28 de março de 2021

Evangelho (Mc 14,1—15,47)

Faltavam dois dias para a Páscoa e a festa dos Pães sem fermento. Os sumos sacerdotes e os escribas procuravam um modo de prender Jesus e matá-lo à traição, pois diziam: «Não na festa, para que não haja tumulto entre o povo».

Quando Jesus estava sentado à mesa, em Betânia, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher com um frasco de alabastro cheio de perfume de nardo puro, muito caro. Ela o quebrou e derramou o conteúdo na cabeça de Jesus. Alguns que lá estavam ficaram irritados e comentavam: «Para que este desperdício de perfume? Este perfume poderia ter sido vendido por trezentos denários para dar aos pobres». E se puseram a censurá-la. Jesus, porém, lhes disse: «Deixai a em paz! Por que a incomodais? Ela praticou uma boa ação para comigo. Os pobres sempre tendes convosco e podeis fazer-lhes o bem quando quiserdes. Mas a mim não tereis sempre. Ela fez o que estava a seu alcance. Com antecedência, ela embalsamou o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo: onde for anunciado o Evangelho, no mundo inteiro, será mencionado também, em sua memória, o que ela fez».

Judas Iscariotes, um dos Doze, foi procurar os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus. Ouvindo isso, eles ficaram contentes e prometeram dar-lhe dinheiro. Judas, então, procurava uma oportunidade para entregá-lo.

No primeiro dia dos Pães sem fermento, quando se sacrificava o cordeiro pascal, os discípulos perguntaram a Jesus: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?». Jesus enviou então dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: «Ide à cidade. Um homem carregando uma bilha de água virá ao vosso encontro. Segui-o e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda perguntar: Onde está a sala em que posso comer a ceia pascal com os meus discípulos? ’ Ele, então, vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada. Lá fareis os preparativos para nós!». Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como ele tinha dito e prepararam a ceia pascal.

Ao anoitecer, Jesus foi para lá com os Doze. Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: «Em verdade vos digo, um de vós vai me entregar, aquele que come comigo». Eles ficaram tristes e, um após o outro, começaram a perguntar: «Acaso, serei eu?». Jesus lhes disse: «É um dos doze, aquele que se serve comigo do prato». O Filho do Homem se vai, conforme está escrito a seu respeito. Ai, porém, daquele por quem o Filho do Homem é entregue. Melhor seria que tal homem nunca tivesse nascido!».

Enquanto estavam comendo, Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e lhes deu, dizendo: «Tomai, isto é o meu corpo». Depois, pegou o cálice, deu graças, passou-o a eles, e todos beberam. E disse-lhes: «Este é o meu sangue da nova Aliança, que é derramado por muitos. Em verdade, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus». Depois de cantarem o salmo, saíram para o Monte das Oliveiras

Jesus disse aos discípulos: «Todos vós caireis, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão». Mas, depois que eu ressuscitar, irei à vossa frente para a Galileia». Pedro, então, disse: «Mesmo que todos venham a cair, eu não». Respondeu-lhe Jesus: «Em verdade te digo, hoje mesmo, esta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás». Pedro voltou a insistir: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei». E todos diziam a mesma coisa.

Chegaram a uma propriedade chamada Getsêmani. Jesus disse aos discípulos: «Sentai-vos aqui, enquanto eu vou orar». Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir pavor e angústia. Jesus, então, lhes disse: «Sinto uma tristeza mortal! Ficai aqui e vigiai!». Jesus foi um pouco mais adiante, caiu por terra e orava para que aquela hora, se fosse possível, passasse dele. Ele dizia: «Abbá! Pai! tudo é possível para ti. Afasta de mim este cálice! Mas seja feito não o que eu quero, porém o que tu queres». Quando voltou, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro: «Simão, estás dormindo? Não foste capaz de ficar vigiando uma só hora? Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! O espírito está pronto, mas a carne é fraca». Jesus afastou-se outra vez e orou, repetindo as mesmas palavras. Voltou novamente e encontrou-os dormindo, pois seus olhos estavam pesados de sono. E eles não sabiam o que responder. Ao voltar pela terceira vez, ele lhes disse: «Ainda dormis e descansais? Basta! Chegou a hora! Vede, o Filho do Homem está sendo entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me entregar está chegando».

Jesus ainda falava, quando chegou Judas, um dos Doze, acompanhado de uma multidão com espadas e paus; eles vinham da parte dos sumos sacerdotes, escribas e anciãos. O traidor tinha combinado com eles um sinal: “É aquele que eu vou beijar. Prendei-o e levai-o com cautela!». Chegando, Judas logo se aproximou e disse: «Rabi!» E beijou-o. Então, eles lançaram as mãos em Jesus e o prenderam. Um dos presentes puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a ponta da orelha. Tomando a palavra, Jesus disse: «Viestes com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um bandido? Todos os dias eu estava convosco, no templo, ensinando, e não me prendestes. Mas, isto acontece para que se cumpram as Escrituras”». Então, abandonando-o, todos os discípulos fugiram. Um jovem o seguia coberto só de um lençol. Eles o pegaram, mas ele largou o lençol e fugiu nu.

Levaram Jesus ao sumo sacerdote, e reuniram-se todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os escribas. Pedro tinha seguido Jesus de longe até dentro do pátio do sumo sacerdote. Sentado com os guardas, aquecia-se perto do fogo. Os sumos sacerdotes e o sinédrio inteiro procuravam um testemunho contra Jesus para condená-lo à morte, mas não encontravam. Muitos testemunhavam contra ele falsamente, mas os depoimentos não concordavam entre si. Alguns se levantaram e falsamente testemunharam contra ele: «Nós o ouvimos dizer: ‘Vou destruir este santuário feito por mão humana, e em três dias construirei um outro, não feito por mão humana’!». Mas nem assim concordavam os depoimentos deles. O sumo sacerdote se levantou no meio deles e perguntou a Jesus: «Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?». Jesus continuou calado e nada respondeu. O sumo sacerdote perguntou de novo: «És tu o Cristo, o Filho de Deus Bendito?». Jesus respondeu: «Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso, vindo com as nuvens do céu». O sumo sacerdote rasgou suas vestes e disse: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?». Então, todos o sentenciaram réu de morte. Alguns começaram a cuspir nele. Cobrindo-lhe o rosto, batiam nele e diziam: «Profetiza!» Os guardas, também, o receberam a tapas.

Pedro estava no pátio, em baixo. Veio uma criada do sumo sacerdote e, quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem para ele e disse: «Tu também estavas com Jesus, esse nazareno!». Mas, Pedro negou dizendo: «Não sei nem entendo de que estás falando!». Ele saiu e foi para a entrada do pátio. E o galo cantou. A criada, vendo Pedro, começou outra vez a dizer, aos que estavam por perto: «Este é um deles». Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois os que lá estavam diziam a Pedro: «É claro que és um deles, pois tu és Galileu». Ele começou então a praguejar e a jurar: «Nem conheço esse homem de quem estais falando!». E nesse instante, pela segunda vez, o galo cantou. Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: «Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás». E começou a chorar.

Logo de manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os escribas e o sinédrio inteiro, reuniram-se para deliberar. Depois, amarraram Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. Pilatos interrogou-o: «Tu és o Rei dos Judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes». Os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra ele. Pilatos perguntou de novo: «Não respondes nada? Olha de quanta coisa te acusam!». Jesus, porém, não respondeu nada, de modo que Pilatos ficou admirado.

Por ocasião da festa, Pilatos costumava soltar um preso que eles mesmos pedissem. Havia ali o chamado Barrabás, preso com amotinados que, numa rebelião, cometeram um homicídio. A multidão chegou e pediu que Pilatos fizesse como de costume. Pilatos respondeu-lhes: «Quereis que eu vos solte o Rei dos Judeus?». Ele sabia que os sumos sacerdotes o tinham entregue por inveja. Os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que, de preferência, lhes soltasse Barrabás. Pilatos tornou a perguntar: «Que quereis que eu faça, então, com o Rei dos Judeus?». Eles gritaram: «Crucifica-o!». Pilatos lhes disse: «Que mal fez ele?». Eles, porém, gritaram com mais força: «Crucifica-o». Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado.

Os soldados levaram Jesus para dentro do pátio do pretório e chamaram todo o batalhão. Vestiram Jesus com um manto de púrpura e puseram nele uma coroa trançada de espinhos. E começaram a saudá-lo: «Salve, rei dos judeus!». Batiam na sua cabeça com uma vara, cuspiam nele e, dobrando os joelhos, se prostravam diante dele. Depois de zombarem dele, tiraram-lhe o manto de púrpura e o vestiram com suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo.

Os soldados obrigaram alguém que lá passava voltando do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar a cruz. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota (que quer dizer Calvário). Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não tomou. Eles o crucificaram e repartiram as suas vestes, tirando sorte sobre elas, para ver que parte caberia a cada um. Eram nove horas da manhã quando o crucificaram.

O letreiro com o motivo da condenação dizia: «O Rei dos Judeus!». Com ele crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: «Ah! Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo, descendo da cruz». Do mesmo modo, também os sumos sacerdotes zombavam dele entre si e, com os escribas, diziam: «A outros salvou, a si mesmo não pode salvar. O Messias, o rei de Israel desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!». Os que foram crucificados com ele também o insultavam.

Quando chegou o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Às três da tarde, Jesus gritou com voz forte: «Eloí, Eloí, lemá sabactâni? — que quer dizer «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?». Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: «Vede, ele está chamando por Elias!». Alguém correu e ensopou uma esponja com vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo: “Deixai! Vejamos se Elias vem tirá-lo da cruz. Então Jesus deu um forte grito e expirou.

Nesse mesmo instante, o véu do Santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. Quando o centurião, que estava em frente dele, viu que Jesus assim tinha expirado, disse: «Na verdade, este homem era Filho de Deus». Estavam ali também algumas mulheres olhando de longe; entre elas Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. Quando ele estava na Galileia, estas o seguiam e lhe prestavam serviços. Estavam ali também muitas outras mulheres que com ele tinham subido a Jerusalém.

Já caíra a tarde. Era o dia de preparação (isto é, a véspera do sábado). Por isso, José de Arimateia, membro respeitável do sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, cheio de coragem foi a Pilatos pedir o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado quando soube que Jesus estava morto. Chamou o centurião e perguntou se tinha morrido havia muito tempo. Informado pelo centurião, Pilatos entregou o corpo a José. José comprou um lençol de linho, desceu Jesus da cruz, envolveu-o no lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha; depois, rolou uma pedra na entrada do túmulo. Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde ele era colocado.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Escalando o céu

Era uma viagem de férias, mas o pai a desejara transformar em uma viagem de cultura. Por isso, os países que seriam visitados e os locais foram devidamente selecionados. Levava a esposa e os filhos a museus, salas de arte, bibliotecas, universidades a fim de que vissem, ao vivo, a História do homem em pinturas, livros, arquitetura.

Velhos castelos foram visitados, conservados uns, somente ruínas outros. E o pai se esmerava em apontar detalhes, que assinalavam o esforço do homem para defender a sua casa, as suas terras de outros homens.

Ali, o castelo feudal fora erguido em ponto estratégico, permitindo que das torres de vigia se pudesse ver muito ao longe o eventual inimigo que desejasse chegar por via fluvial.

Em outra instância, a imponente construção de pedras fora erguida exatamente em local próximo a uma imensa pedreira, facilitando a aquisição da matéria prima.

Entre as ruínas do que fora um castelo imenso, erguido bem no alto, dominando a paisagem, o destaque para a pequenina porta de madeira, quase oculta entre as folhagens: a porta da traição. Ela fora deixada aberta para que os inimigos adentrassem e tomassem o que era considerado local inacessível. E assim transcorria a viagem, cheia de cores, de vivacidade, história e apontamentos. Mas depois de terem visitado antigas igrejas de extraordinária arquitetura e riqueza sem par, um dos meninos voltou-se para o pai e fez a pergunta:

Pai, por que as igrejas têm torres tão altas?

O pai parou um momento. Ele lera muito para ser o guia cultural naquelas férias. Esmerara-se em aprender sobre arquitetura, pintura, história. Mas não se lembrava de nada ter lido a respeito. Recordou-se com rapidez da visita à igreja de Saint-Michel, no monte de mesmo nome, na Normandia. Ali, a estátua do Arcanjo São Miguel culmina na torre de trinta e dois metros.

Rapidamente ainda rememorou outras igrejas visitadas, algumas erguidas em locais altos, privilegiados e com suas torres escalando o céu. E estava pronto para abrir a boca e falar da arquitetura, da influência dos estilos, quando o filho menor, falou:

Ora, é simples: as igrejas têm torres pontudas para levar mais depressa as orações das pessoas até Deus. É como torre de transmissão de rádio.

*   *   *

Resposta simples de alguém que lembrou que os templos visitados, muito antes da riqueza arquitetónica, dos arabescos, dos estilos dessa ou daquela época, são locais de oração.

Templos que o homem ergueu, através dos tempos, em todas as épocas, no intuito de ter um local para falar com Deus.

Um abrigo, um refúgio para dialogar com a Divindade.

E se Jesus ensinou que o templo devia ser o do coração e o altar o da consciência de cada um para o diálogo com o Pai de todos nós, justo é perceber que o homem sempre buscou esse contato com o Criador.

Assim, utilizemos nossa mente e coração para erguer torres que atravessem os céus pelos poemas da oração.

Essas torres, com certeza, serão inigualáveis em altura porque os versos viajarão pelas antenas do pensamento até o Pai amoroso e bom de toda a Humanidade.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Eu Sou a Luz do Mundo

As trevas recrudescem na força da agonia envoltas na vibração da palavra antiga, "Eu Sou a Luz do Mundo"

Nunca Tuas palavras foram mais presentes meu doce Nazareno

Integro minhas mãos, meus olhos, meu coração, nas cores da Tua bandeira, e dela fazer meu estandarte, minha Luz

terça-feira, 23 de março de 2021

Alma Minha

 Alma minha fiandeira não me deixes à deriva

Sejam

Os remos, meus braços abertos

E as velas tecidas de Ruah

A bússola, o meu quinhão de amor e compaixão

O mapa, as margens para onde a vida me levar

E o mar, as lágrimas que eu possa consolar

Na vida

Alma minha peregrina, ensina-me a arte de navegar



segunda-feira, 22 de março de 2021

Doçura

Teu coração transborda de sentires, deixa-os fluir como cascata que impulsiona águas paradas, como correntes de ar tépidas que elevam as aves, como as ondas do mar que formam as marés

Que na doçura bloqueada da palavra activa, o teu eu mais profundo seja alfaia de ternura na conjugação de verbos de amor, esperança, sem medo, sem culpa, doçura doçura doçura...

Canta-me as odes, mais belas na mais pequena expressão, uma palavra que seja, mas tua!

Ora-Me em alamedas de afecto, aos Meus Anjos, braços abertos, espraia-Me na paz alcançada pela cruz, doçura...

Ora-Me no sentimento, na palavra partilhada

Ora-me no que Sou, a doçura que vos deixei, e que agora, reclamo.

domingo, 21 de março de 2021

Domingo V (B) de Quaresma

Evangelho (Jo 12,20-33): Havia alguns gregos entre os que tinham subida a Jerusalém para adorar durante a festa. Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: «Senhor, queremos ver Jesus». Filipe conversou com André, e os dois foram falar com Jesus. Jesus respondeu-lhes: «Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também aquele que me serve. Se alguém me serve, meu Pai o honrará.

»Sinto agora grande angústia. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora’? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai glorifica o teu nome!» Veio, então, uma voz do céu: «Eu já o glorifiquei, e o glorificarei de novo». A multidão que ali estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: «Foi um anjo que falou com ele». Jesus respondeu: «Esta voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por vossa causa. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim». Ele falava assim para indicar de que morte iria morrer.

Deus em Mim

 "A boca fala do que está cheio o coração"

Jesus o Nazareno


A intenção desenha-se em letras, que formam palavras, que geram energia, que criam mérito, que realizam obra.

Ouço a Tua voz que cicia no rocio da madrugada:

Não me procures mais... deixa-me sair de ti, lugar de onde nunca me ausentei...

Deus em mim, aquele que busco no infinito - És aquele que brilhas no meu peito - É o Teu reflexo nos olhos que se cruzam com os meus - É o Teu colo sagrado no amparo que dou ou recebo

Sê em mim amado Mestre, no efetivar dos tempos

Amém



quarta-feira, 17 de março de 2021

A Faina

 Somos vedores das nossas próprias nascentes onde a alma se equilibra entre passado`s, e presente!

Tanto para aprender - Tanto para exercer - Tanto para transcender

Foco, Trabalho, Vontade, são os contornos da nau que balança em mais uma travessia

Eis-me pronta para a faina meu Rei-pescador

Sê a bússola das minhas alvoradas

Estrela Dalva que guia meus sonhos

Sem medo caminharei sobre as águas no encalço do Teu exemplo, e sei que não soçobrarei

ÉS em mim

terça-feira, 16 de março de 2021

Um Homem chamado Jesus

Certa vez, um Espírito sublime deixou as estrelas, revestiu-se de um corpo humano e veio habitar entre os homens. Porque fosse um exímio artista plástico, habituado a modelar as formas celestes, compondo astros e globos planetários, tomou da madeira bruta e deu-lhe formas úteis.

Durante anos, de Suas mãos brotaram mesas e bancos, onde amigos e irmãos se assentavam para repartir o pão. Para receber os seus corpos cansados, ao final do dia, Ele preparou camas confortáveis e, porque amasse a todos os seres viventes, não esqueceu de providenciar cochos e manjedouras onde os animais pudessem vencer a fome. Porque fosse artista de outras artes, certo dia deixou as ferramentas com que moldava a madeira, e partiu pelas estradas poeirentas.

Tomou do alaúde natural de um lago, em Genesaré, e ali teceu as mais belas canções. Seu canto atraía crianças, velhos e moços. Vinham de todas as bandas. A entonação de sua voz calava o choro dos bebês e as dores arrefeciam nos corações das viúvas e dos desamparados. As harmonias que compunha tinham o condão de secar lágrimas e sensibilizar corações endurecidos.

Como soubesse compor poemas de rara beleza, subiu a um monte e derramou versos de bem-aventuranças, que enalteciam a misericórdia, a justiça e o perdão. Porque sua sensibilidade se compadecia das dores da multidão, multiplicou pães e peixes, saciando-lhe a fome física. Delicado na postura, gentil no falar, por onde passava, deixava impregnado o perfume de Sua presença.

Possuía tanto amor que o exalava de Si aos que O rodeassem. Uma pobre mulher enferma tocou-lhe a barra do manto e recebeu os fluidos curadores que lhe restituíram a saúde. Dócil como um cordeiro, abraçou crianças, colocou-as em seus joelhos e lhes falou do Pai que está nos céus, que veste a erva do campo e providencia alimento às aves cantantes.

Enérgico nos posicionamentos morais, usou da Sua voz para o discurso da honra, defendendo o templo, a Casa do Pai, dos que desejavam lesar o povo já por si sofrido e humilhado. Enalteceu os pequenos e na Sua grandeza, atentava para detalhes mínimos. Olhou para a figueira e convidou um cobrador de impostos a descer a fim de estar com Ele mais estreitamente.

Acreditavam que Ele tomaria um trono terrestre e governaria por anos, com justiça. Ele preferiu penetrar os corações dos homens e viver na sua intimidade, para que eles usufruíssem de paz e a tivessem em abundância.

Seu nome é Jesus, o Amigo Divino que permanece de braços abertos, declamando os versos do Seu poema de amor: Vinde a mim, vós todos que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei...

domingo, 14 de março de 2021

Evangelho (Jo 3,14-21)

«Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna. De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.

»Ora, o julgamento consiste nisto: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus»

sábado, 13 de março de 2021

Anjo meu

 Salvador de meus naufrágios nas vagas alterosas da vida

Candeia perene das noites escuras da minha alma

Bálsamo dos cansaços que dificultam o meu caminhar

Generosa fonte da minha sede de conhecimentos

Inefável Presença nos momentos de dúvida

Gratidão

(Bem-Aventurados os que se abrem para receber)

sexta-feira, 12 de março de 2021

O Verbo

O calor da proximidade com que se envolve a Prece, dilui a fronteira imaginária que nos separa da paz ansiada - da harmonia desejada - da lonjura de nós mesmos a que chamamos depressão

O matiz de ternura com que se embala o Verbo conjugado no coração, dilui o glaciar do medo e da insegurança, reforça as raízes da certeza de quem somos e de que em momento algum estamos sós

Louvo a Deus glorificado no labor da minha alma, e na de todos, que aqui e agora, compomos esta Oração

terça-feira, 9 de março de 2021

Senhora da Conceição

Padroeira de Portugal

Acalenta todos os meninos como acalentaste o Teu

Dá-lhes a beber a bondade expressa em Teus olhos santos

Deixa-os escutar Tua voz enquanto ninavas Teu Filho amado

Abriga-os, no seio infinito que a todos acolhe sem distinção

Ensina-lhes a coragem de amar sem reserva ou escusa intenção

Mostra-lhes como reconhecer em cada outro, uma irmã, um irmão

Protege-os com o mesmo ardor que defendeste o Redentor

Dá-lhes Senhora a possibilidade de um dia, pais e mães se tornarem amorosos, compassivos, sábios, per sempre guiados pela Tua Divina Luz, Mãe Frutuosa

Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; Lançai sobre mim vosso olhar Imaculado e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição, mereça alcançar o prêmio da vida plena nos céus. Por intermédio do vosso Filho, Jesus Cristo,  Nosso Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Crer

 "Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos"

Palavras do Anjo de Portugal - Cova da Iria - 1916

Eu creio na obra Tua, a magnificência da natureza, as estrelas, o sol e a lua, em sincronia perfeita.

Adoro a radiação da descoberta de Ti em mim em cada suspiro, no prana que inspiro

Espero Tua orientação em cada rebentação, és a força que ondula no mar de amor que me rodeia

Amo na confiança do Teu halo em cada ser, que me inspira compreensão, paciência, coragem para dar mais um passo... no caminho estreito que conduz ao Lar.

sábado, 6 de março de 2021

Quem é essa criatura?

Quem é essa criatura que toma de uma folha de árvore e a esculpe, transformando-a em uma verdadeira obra de arte, que reproduz cenas da natureza?

Quem é essa criatura que se serve da areia para erguer minuciosas esculturas na praia?

Quem é essa criatura que toma um instrumento e reproduz sons da natureza, sons que parecem vir de outra dimensão, para nos encantar os ouvidos, extasiar a alma e curar enfermidades?

Quem é essa criatura que descobre como viajar pelas estrelas, conquistando, a pouco e pouco, o Universo sem fim?

Quem é essa criatura que perpetua a própria espécie e a conduz pelos caminhos do progresso, entre ternura e carinho?

Quem é essa criatura que imita o voo dos pássaros na coreografia espetacular dos palcos, que dá saltos fenomenais como a dizer que o Espírito comanda o corpo e o exercício garante o resultado almejado?

Quem é essa criatura capaz de amar, de criar, de enfeitar o mundo, de erguer edifícios que parecem escalar os céus?

Quem é essa criatura que toma das letras e escreve poemas, canções, produz maravilhas e tudo oferece a todas as demais criaturas?

Essa criatura se chama homem. Colocado neste mundo para progredir e mudar o próprio ambiente em que vive.

Um ser que olha ao seu redor, toma da madeira e constrói abrigos e modela belezas com as próprias mãos.

Um ser concebido por uma Inteligência Suprema, Causa de todas as coisas. Um Criador que lhe deu um corpo, formado do húmus da terra, para nela viver.

Um ser que recebeu, com o sopro da vida, a essência imortal, que migra de corpo a corpo, através das idades, através dos mundos.

Essência que traz do Criador a possibilidade da grandeza, Sua criatividade inesgotável. Por isso, contempla as estrelas e as deseja alcançar.

E, enquanto as suas naves espaciais não podem dominar o espaço sideral, ele sonha e escreve, extrapolando as fronteiras da matéria.

Sua alma viaja pelos sonhos, pelos ideais mais nobres.

E quando retorna dos seus passeios, reproduz para os demais o que viu, sentiu, ouviu, concebendo pinturas de beleza sem igual, versos de poesia, sons de lugares ainda não explorados.

Homem, ser criado por Deus. Espírito Imortal, que ora está aqui, ora se vai, buscando novos estágios.

Como o definiu o Mestre de Nazaré, o mais Excelso Cantor de todos os tempos, um Espírito que não sabemos de onde vem, nem para onde vai.

Semelhante ao vento, sopra, acaricia nossas vidas por um momento e segue, beneficiando outras tantas vidas.

Semelhante ao seu Criador, a quem aprendeu a chamar de Pai, d´Ele traz a herança da Imortalidade, da possibilidade de criar, sem cessar.

Não nos cansemos de louvar a Deus por nos ter criado seres tão excecionais, com capacidades inigualáveis.

Capazes de amar, de termos filhos, de gerar maravilhas.

Exerçamos nosso poder sobre este planeta, enchendo-o de beleza, de excelências extraídas da nossa essência imortal.

Tenhamos nosso olhar nas estrelas, em tudo que representa a Divindade excelsa, infinita, insuperável.

Somos Sua Criação. Seus filhos. Herdeiros do Universo inteiro.

sexta-feira, 5 de março de 2021

O Toque

Algures, entre trópicos meridianos rotações, entre o amanhecer num hemisfério e o anoitecer noutro, ela acontece, Parusia (presença) da Energia Crística que é comum a toda a humanidade.

O legado do Nazareno é palpável, materializa-se por segundos naqueles instantes em que paramos e elevamos o nosso pensamento, como fazemos com alguém que amamos.

Todos somos abençoados pelo Toque de Cristo que nos relembra quem somos, do poder que mal usamos, de saber que recebemos quando damos.

Na luz do amanhecer sinto Tua Radiância, Senhor

O anoitecer alumia-me com o brilho do Teu Espirito

Cristo Redentor, eu sou aqui!

Gratidão, tanta...

quinta-feira, 4 de março de 2021

O Cântico

O cântico dos cânticos é o da gratidão

Agradecer pela perspetiva e pela conclusão

Deixar correr a voz num hino infinito de perdão

Louvar o dia de sol e mais ainda a chuva geradora


Amar com entrega e generosidade a quem nos ama e amar, com compaixão, aqueles onde a semente do amor não germinou


Ser em alegria serena, pacificadora, sol interior, energia motivadora

Confiar e porfiar na oração ritmada, alquímica, benfeitora


Sentir com o coração a Presença Amada de Jesus o Redentor, que paciente e repetidamente nos ensina quando diz:

"Sois Criadores! pois onde estiver o vosso tesouro (energia/intenção) aí estará também o vosso coração (poder/capacitação)" 

quarta-feira, 3 de março de 2021

Benesse

Benesse é uma receita de louvor à humanidade cujo fermento é o poder da intenção mais pura e intensa, expressa numa oração

É o som longínquo de sinos de orientação de mudança de estação, de reencontro com a missão

Benesse pode ser modelada na prece, na energia vital, no serviço devocional, na dádiva intencional

Quando acrescida de sinergia grupal, a benesse fortalece os enfermos, enche de esperança os descrentes, orienta os perdidos nos mares do desespero

A benesse é o sopro do Espírito Santo que abre as janelas a novos horizontes e nos convida a entrar... Também há quem lhe chame milagres

Acatemos com delicadeza, humildade e gratidão as graças que vão orlando as margens do nosso caminho

terça-feira, 2 de março de 2021

Evangelho (Mt 23,1-12)

Depois, Jesus falou às multidões e aos discípulos:

«Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas. Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de ‘Rabi’.

Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘Rabi’, pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos. Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado».

Ergo Pontes

Motivo e razão da existência, procura singular da peregrinação

Longe do lar nunca de Ti, ergo pontes que nos aproximam

Desenho-as em preces murmuradas, ou silêncios de amor

Desenredo as densas teias onde as crenças Te sepultaram

Sopro o pó dos tempos que deturparam Teus ensinamentos

Que feitos bonança, são raios de sol no meio da crescente e densa escuridão, que envolve a humanidade, os eleitos do teu coração

Construo pontes para que me encontres, na contemplação, na presença ativa, na oração, na canção de ninar, no eterno labor de galvanizar em tudo, Teu Amor Redentor