RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Iniciando um Novo Ano

Toda vez que o ano vai chegando ao fim, parece que todos vamos manifestando maior cansaço. Seja porque as festas se multipliquem (são formaturas, casamentos, jantares de empresas), seja porque já nos vamos preparando para as próximas viagens de férias. De uma forma ou de outra, é comum se ouvir as pessoas desabafarem dizendo que desejam mesmo que acabe logo o ano. 

Quem muito sofreu, deseja que ele acabe e aguarda dias novos, de menos dores. Quem perdeu amores, deseja que ele acabe de vez, na ânsia de que os dias que virão consigam trazer esperanças ao coração esfacelado pelas ausências. Quem está concluindo algum curso e deu o máximo de si, deseja que os meses que se anunciam cheguem logo, para descansar de tanto esforço.

E assim vai. Cada um vai pensando no ano que se finda no sentido de deixar algo para trás. Algo que não foi muito bom. Naturalmente, muitos são os que veem findar os dias do ano com contentamento, pois eles lhe foram propícios. Esses, almejam que os dias futuros repitam esses valores de alegria, de afeto, de coisas positivas.

Ano velho, Ano Novo. São convenções marcadas pelo calendário humano, em função dos movimentos do planeta em torno do astro rei. Contudo, psicologicamente, também nos remetem, sim, a um estado diferente. Como Deus nada faz, em Sua sabedoria, sem uma finalidade útil, também assim é com a questão do tempo como o convencionamos. Cada dia é um novo dia. A noite nos fala de repouso. A madrugada nos anuncia oportunidade renovada. Cada ano que finda nos convida a deixarmos para trás tudo de negativo, desagradável que já vivenciamos, permitindo-nos projetar planos para o futuro próximo. Por tudo isso e por esta dinâmica a Divindade nos permite, a cada trezentos e sessenta e cinco dias, nesta Terra, você pense que pode melhorar a sua vida no ano que se anuncia.

Comece por retirar de sua casa tudo que a atravanca. Liberte-se daquelas coisas que guarda nos armários, na garagem, no fundo do quintal e já não tem uso. Coisas que estão ali há muito tempo, que você guarda para usar um dia. Um dia que talvez nunca chegue. Pense há quanto tempo elas estão ali: meses, anos... esperando. São roupas, calçados, livros, discos antigos, utensílios que não usa há anos. Liberte armários, espaços. Coisas antigas, superadas, são muito úteis em museus, para preservação da memória, da evolução da nossa História. Doe o que possa e a quem seja mais útil. Sinta o espaço vazio, sinta-se mais leve. 

Depois, pense em quanta coisa inútil guarda em seu coração, em sua mente. Mágoas vividas, calúnias recebidas, mentiras que lhe roubaram a paz, traições que o deixaram doente, punhais amigos que lhe rasgaram as carnes da alma...

Desapegue tudo isso de si. Mentalmente, coloque tudo em um grande invólucro e imagine-se jogando nas águas correntes de um rio caudaloso que as levará para além, para o mar do esquecimento. Deseje para si mesmo um Ano Novo diferente. E comece leve, sem essa carga pesada, que lhe destrói as possibilidades de felicidade. Comece o Novo Ano olhando para frente, para o Alto. Estabeleça metas de felicidade e conquistas. Você é filho de Deus e herdeiro do Seu amor, credor de felicidade. Conquiste-a. Abandone as dores desnecessárias, pense no bem. Mentalize as pessoas que são amigas, que o amam, lhe querem bem. Programe-se para estar mais com elas, a fim de, fortalecido, alcançar objetivos nobres. Comece o ano pensando em como pode influenciar pessoas, ambientes, com sua ação positiva. Programe-se para vencer. Programe-se para fazer ouvidos moucos aos que o desejam infelicitar e avance. Programe-se para ser feliz. O dia surge. É Ano Novo. Siga para a luz, certo de que com vontade firme, desejo de acertar, Jesus abençoará as suas disposições.

É Ano Novo. Pense novo. Pense grande. Seja feliz.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Oração para o final do Ano

 Peça a Deus que os homens encontrem os seus passos perdidos.

E que os sonhos despertem esses olhos dormidos. 

Que o amor transborde e que vivamos em paz.

Que os dias terminem com os braços cansados.

Que a dor não me assombre, nem me cause desespero. 

Peça a Deus.

Peça a Deus que nos mande do céu muita sabedoria, um amor verdadeiro.

Que ninguém passe fome.

Um abraço de irmão e que vivamos em paz.

Que terminem as guerras e também a pobreza.

Encontrar alegrias entre tanta tristeza.

Que a luz ilumine as almas perdidas e um futuro melhor.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Nasce Jesus

Filho de um carpinteiro e de uma dona de casa, dos Céus, nasceu o Filho do Homem.

Sua mãe, Maria, O envolveu em panos singelos e O colocou numa manjedoura. A abóboda celeste plenificou-se de estrelas e os mensageiros celestes cantaram: Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens.

Na simplicidade da estrebaria de Belém nasceu Jesus.  Nasceu pobre, no seio de um povo cativo. Homenageado por uma conta infinita de estrelas, o Universo e a eternidade lhe embalaram o sono. Cresceu na Galileia, numa cidade considerada das menores e de importância alguma. Aguardou que o tempo se fizesse para o início do Seu Messianato.

O Embaixador do Amor nasceu e viveu entre os pobres, entre os desprezados, os humilhados. Estendeu Sua mão àqueles que a sociedade tornava invisíveis: leprosos, deficientes, famintos, viúvas, órfãos. Pelas estradas que percorreu, cruzou o caminho de todos os homens. Chegou a corações longínquos e a almas distantes, aproximando-as do Pai. Peregrinou pela Galileia, Judeia, Pereia, chegando às cidades de Tiro e Sidon. 

Não entrou para a História. Ele a dividiu: antes d´Ele, depois d´Ele.

E, para tal, apenas amou e nos ensinou a amar. Não tomou de espadas, não esteve à frente de exércitos, não liderou batalhas, não destronou reis, não conquistou impérios, não ostentou coroas e cetros. Meu reino não é deste mundo, afirmou. Dois mil anos se passaram desde o Seu nascimento. É Natal, é data festiva.

Cerremos os olhos e pensemos n´Ele. Pensemos no Cristo Jesus e lhe façamos a nossa rogativa: Nasce Yeshua e transforma os nossos corações em manjedouras verdadeiras para Te acolhermos, neste dia e sempre, em Tua paz, em Tua luz.

Nasce Yeshua em nossas imperfeições e pensamentos, em nossas mazelas morais, nas chagas de nossas almas, nos recônditos mais profundos de nossas emoções e sentimentos.

Nasce Yeshua em nosso egoísmo e nos faz enxergar os Teus pobres, os Teus solitários, os Teus abandonados, como nossos irmãos.

Que a Teu exemplo, lhes estendamos braços de socorro, colo de proteção, palavras de consolo, mãos de doação.

Nasce Yeshua em nosso orgulho, quando marginalizamos o perdão, quando esquecemos a prece reparadora, quando não nos comprometemos com a verdade consoladora, por não nos lembrarmos da gratidão.

Nasce Yeshua nos orfanatos e asilos, nos sanatórios, nas casas de recuperação, nos hospitais. Nasce entre os que sofrem preconceito, entre as religiões, em todos os países, tribos, entre orientais e ocidentais. Entre os encarcerados, ó Mestre, nasce também. Um novo horizonte lhes concede e que seja todo luz, todo recomeço, todo oportunidades, todo bem.

Nasce Yeshua. Desperta-nos para o facto de que todo acto tem consequências, de que a Lei de Deus reside na consciência e de que é percorrendo a estrada da eternidade que chegaremos à almejada felicidade.


O Natal, verdadeiro Natal, ocorre quando o Mestre da paz nasce na manjedoura de nossos corações e faz morada na intimidade de nossas almas.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Pensamento do dia

"O Reino de Deus não pode ser realizado no plano físico antes de ter sido realizado no intelecto, no pensamento.

Depois de realizado no pensamento, ele descerá ao coração, aos sentimentos, e então poderá, finalmente, exprimir-se por atos. 

É este, obrigatoriamente, o processo de realização na matéria: 

pensamento – sentimento – ação.


Um dia, o Reino de Deus realizar-se-á tangivelmente, na matéria. Mas primeiro deve instalar-se nas ideias, nos pensamentos. E pode ver-se que esse processo já começou… 

Há milhares de pessoas no mundo que alimentam em si este ideal do Reino de Deus, este ideal de amor, há mesmo mais do que pensais. 

O Reino de Deus já abre caminho nos pensamentos e nos desejos de alguns seres e até já se instalou no seu comportamento, na sua maneira de viver. 

O Reino de Deus começa por ser um estado de consciência, uma maneira de viver e de trabalhar, e quando esse estado de consciência se tiver generalizado, o Reino de Deus e a sua justiça descerão verdadeiramente à terra. "

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A Oração da Boa Vontade

Om, Shanti.

Evoco o melhor para os meus semelhantes, para meus colegas e cada ser que conheço.

Espero que  vizinhos e pessoas com quem interajo se libertem das causas da dor –  e do egoísmo, fonte do sofrimento.

 Que minha alma me afaste da ignorância. Que todos se ergam no caminho da Paz.

Meu semelhante é meu irmão, saiba ele ou não disso. Afasto de mim a imprudência, o descaso, o descuido e a ausência de saber. No silêncio profundo, percebo o equilíbrio.

Ao lado do desapego está a sabedoria. A consideração pelo outro é da mesma natureza que a consideração por mim.

O erro do colega é meu defeito. A virtude do irmão é minha qualidade. Os covardes pensam que se beneficiam com o tropeço alheio.

Sou rigoroso comigo e generoso com meu próximo.

Sei que boa vontade sincera não aceita indulgência: é para tirar vantagem que o preguiçoso e o manipulador estimulam a preguiça alheia.

Altruísmo e rigor, combinados, produzem paz. A boa vigilância exige o melhor de si e dos demais.

Não trato de dizer ao outro o que ele espera ouvir. Abstenho-me de falsidade.

Querer o bem do semelhante é uma atitude sóbria, e fica longe das aparências. Inclui a concordância e a discordância. É inseparável da franqueza. Não possui uma forma externa, e no entanto é percetível onde quer que haja boa vontade.

Desejar o melhor aos outros é uma maneira imediata de ser feliz. Como tudo o que ocorre na alma, constitui uma atividade silenciosa e eficaz.

A bem-aventurança olha para o alto.

Evoco o melhor e o mais elevado para os meus semelhantes que convivem comigo,  e para os que não convivem.

Desejo que se libertem da ausência de paz. Que avancem pelo caminho da simplicidade, alcançando o contentamento.

Compartilho agora mesmo a bem-aventurança e a lei da justiça com os seres que conheço, com os seres que não conheço, e os que conhecerei no futuro.

 Shanti, Om.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Apressada avaliação

Conta-se que um açougueiro atendia suas atividades habituais, quando entrou no estabelecimento um cachorro. Ele se preparou para enxotá-lo, quando percebeu que o animal trazia um saco à boca.

Verificou que, dentro do saco, havia um bilhete. Atendeu o que estava ali escrito, devolvendo ao cão o saco, com carne bem acondicionada e troco dos valores que encontrara.

O animal, com o saco à boca, saiu tranquilamente do talho e foi andando pelo passeio. O açougueiro ficou intrigado: De quem seria aquele cão tão bem treinado?

Resolveu segui-lo. O cão chegou na esquina, levantou-se nas patas traseiras e apertou o botão do semáforo para travessia de pedestres, parando o trânsito de veículos. Então, atravessou a rua na passadeira. Mais adiante, outro semáforo estava vermelho e o cão parou. Quando o sinal ficou verde, o cão atravessou a rua Chegou a uma paragem de autocarros e esperou. Quando o primeiro autocarro parou, o cão olhou para o letreiro e não entrou. Quando outro autocarro parou, um pouco depois, o animal voltou a olhar o letreiro.

Dessa vez, entrou e ficou perto da porta, acompanhando o trajeto com atenção. O homem do talho estava perplexo. Nunca vira nada igual. Depois de vários quarteirões, o cão desceu do autocarro e andou um pequeno bocado.

Frente a uma casa, abriu o pequeno portão e entrou. Parou frente à porta e começou a bater com a cabeça na madeira. Depois, foi à janela e tornou a bater a cabeça contra o vidro, várias vezes. Finalmente, a porta se abriu. 

Um homem grande e zangado veio para fora e começou a agredir o cão, chamando-o de estúpido, inútil, traste. O açougueiro não aguentou. Deteve a agressão e falou ao dono do cão:

Que é isto? Você tem um animal extraordinário, treinado, inteligente e o agride desta maneira?

Inteligente? – gritou o dono. Ele é um tonto. Já falei um milhão de vezes e este inútil vive esquecendo de levar a chave da porta.

Naturalmente, o conto é fictício. Pode levar ao riso. Ou podemos parar um momento e refletir. Quantas vezes agimos como o dono desse cão? 

As pessoas nos servem, nos agradam e nós... só reclamamos.

Reclamamos da mãe que não nos preparou a sobremesa que pedimos. E esquecemos de agradecer a roupa limpa, impecável, no armário; os pratos preparados com esmero; as frutas, o sumo, o cereal no café da manhã.

Reclamamos dos pais que não entendem nossos sonhos, nossa conversa, nosso grupo de amigos. E não lembramos dos braços que nos carregaram, depois das brincadeiras, na praia; das horas exaustivas de trabalho deles para nos garantir a escola, o lazer, as viagens.

Reclamamos do funcionário que não atendeu uma ordem, em todos os detalhes. Não lembramos das mil coisas que ele faz todos os dias, sem errar, diligente, atento, vendendo sempre muito bem o bom nome da nossa empresa.

Reclamamos sempre, numa atitude tola de quem não tem capacidade de avaliar o real valor dos que nos cercam.

Pensemos nisso e tomemos consciência primeiro, que por vezes, nos tornamos pessoas um tanto desagradáveis, com esse tipo de atitudes. Segundo, perguntemo-nos se nós mesmos faríamos melhor. É possível que a nossa incapacidade, preguiça ou acomodação nos digam que estamos reclamando, de verdade, por nos darmos conta de como somos dependentes dessas criaturas...

Pensemos nisso e foquemos de forma diferente a nossa apressada e tola avaliação.

domingo, 12 de dezembro de 2021

A voz que clama no deserto

 (...) É minha intenção fazer da minha vida inteira uma rejeição, um protesto contra os crimes e as injustiças da guerra e da tirania política, que ameaçam destruir todo o gênero humano e o mundo inteiro. Através da minha vida monástica e dos meus votos, digo NÃO a todos os campos de concentração, aos bombardeamentos aéreos, aos julgamentos políticos, que são uma pantomina, aos assassinatos judiciais, às injustiças raciais, às tiranias econômicas, e a todo o aparato sócio econômico, que não parece encaminhar-se senão para a destruição global, apesar do seu bonito palavreado a favor da paz."

La voz secreta - Refflexiones sobre mi obra en Oriente y Occidente

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Evangelho (Mt 11,16-19)

Naquele tempo, Jesus disse: «Com quem vou comparar esta geração? É parecida com crianças sentadas nas praças, gritando umas para as outras: ‘Tocamos flauta para vós, e não dançastes. Entoamos cantos de luto e não chorastes!’ Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Tem um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras».

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Que diríamos nós?

Conta-se que, naquele dezembro, o Senhor Deus examinou os documentos que se referiam a grandes personalidades da Terra. Deteve-se, de forma especial, sobre os que detalhavam as ações de um inquieto pesquisador. Dotado de poderes intelectuais, ainda na mocidade, ele lecionara na faculdade de medicina, na cadeira de fisiologia. Publicara estudos notáveis, que lhe haviam granjeado a admiração dos seus contemporâneos. Fora laureado com o Prêmio Nobel de medicina. No entanto, uma grande missão lhe fora confiada: a de afirmar a sobrevivência do Espírito após a morte.

Por isso, estivera com médiuns extraordinários, que, sob sua supervisão rigorosa, produziram fenômenos de variada ordem. Foi um investigador sincero, dedicado. Apesar de provar que nunca houvera fraude alguma, em tudo que lhe fora dado observar, jamais teve a coragem de afirmar a Imortalidade do Espírito.

Para ele, tratava-se de um sexto sentido, era inegável. Teve o mérito de escrever um livro, que contribuiu para chamar a atenção de outros sábios e pesquisadores: Tratado de Metapsíquica. Aos oitenta e cinco anos, ele estava, agora, sendo chamado para retornar ao grande lar. Era o momento de prestar contas dos tantos talentos recebidos. Anos lhe haviam sido ofertados para que pudesse aprofundar sua investigação e, como cientista, dizer da realidade imortalista. Em vão.

Agora, era o momento de deixar o corpo físico. Ele fechou os olhos da carne e os abriu para a dimensão espiritual. Amigos, que com ele haviam jornadeado, o aguardavam. Personalidades eminentes da França antiga, velhos colaboradores de suas pesquisas, foram abraçá-lo. Na sua bondade, Deus Pai lhe enviou formas luminosas que o arrebataram, desprendendo-o do corpo físico. O apóstolo da ciência caminhou, então, para a certeza divina da Imortalidade. Imortalidade que ele não admitira para o mundo mas que agora se lhe descortinava aos olhos. Ele se chamava Charles Richet.

Quando estas notícias nos chegam à mente, imaginamos se hoje fôssemos chamados à presença do Senhor da Vida, como seria a nossa prestação de contas. Será que estamos aproveitando todas as oportunidades que a Divindade nos oferece, nesta jornada terrena?

Podemos pensar o que estamos fazendo das chances de estudo, nos bancos escolares, universitários, do conhecimento que nos chega. Que estamos fazendo da possibilidade de ilustrar outras mentes, de realizar pesquisas nobres, de exercitar o bem. Que estamos fazendo das bênçãos da família, dos amigos, de tantos que nos estimam. Que estamos fazendo das horas de cada dia, da nossa biblioteca enorme, das oportunidades de progresso que a tecnologia nos oferta. Aprimoramos o próprio idioma para sermos melhor entendidos?

Que fazemos das letras que nos são ofertadas para ler, escrever, falar?

Que fazemos do talento musical, da nossa criatividade?

Importante nos servirmos de tudo que possuímos para aprimorar nosso intelecto. Também para apararmos nossas imperfeições morais. A hora é agora. Aproveitemos o dia que surge, anunciando bênçãos.