Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua resignação ao nível de suas provas. Que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das Oliveiras. Mas, que esperem, pois que também a eles os anjos consoladores lhes virão enxugar as lágrimas. Vossas almas não estão esquecidas. E eu, o jardineiro divino, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos.
Quanto estamos necessitando saber ou lembrar que não estamos abandonados, que o mundo não está perdido e que não caminhamos para o caos. O Jardineiro Divino, Jesus, afirma que está connosco, acompanhando-nos nas duras provas que enfrentamos, provas que as crianças aprendizes precisam enfrentar para se tornarem adultos espirituais.
Resignação, Ele nos diz. Resignação dinâmica, isto é, a aceitação do problema com uma atitude corajosa de enfrentá-lo e lhe remover a causa. Curiosa a origem dessa palavra. Do latim resignatio, de resignare, que significava fazer uma marca oposta a uma primeira. O termo vem da linguagem de atividades de contadoria. Referia-se originalmente a fazer um registo, uma marca de crédito em oposição a um registo anterior de dívida. Refletindo, perceberemos que há muita relação com a maneira que lidamos com as dores, com nossas provações e expiações. Encontrar uma forma oposta de enxergar as vicissitudes e o sofrimento faz parte da virtude da resignação. No entanto, vejamos que há o componente ação na proposta que a palavra nos traz. Este é o ingrediente que a faz ser dinâmica e não passiva. Coragem de enfrentar, forças para suportar, mas também disposição para encontrar, entender e remover suas causas. O bem sofrer é aprender com a dor enquanto ela se fizer necessária. Retornar, então, ao equilíbrio, será o próximo passo sempre. A dor é hóspede e não habitante.
É de insuperável significação positiva o equilíbrio mental diante do sofrimento, o que podemos conseguir através do treinamento pela meditação, pela oração, que decorrem do conhecimento que ilumina a consciência, orientando-a corretamente. Meditar é esvaziar a mente, renová-la; abri-la para as muitas possibilidades de sintonia elevada; despertá-la de seu sono atormentado por pesadelos angustiantes. Orar é fazer conexão com nossa essência, é reler com cuidado a assinatura divina que trazemos na alma e buscar entender o que ela nos diz e o que ela nos proporciona. Iluminar a consciência é compreender as leis que regem o Universo. Leis perfeitas, leis que atuam com regularidade e grandeza em todos os cantos, em todas as situações, banhadas sempre pelos eflúvios edificantes do amor. Amor que canta no silêncio de nossos pensamentos. Amor que nos sustenta. Amor que nos convida a seguir adiante. É também por amor que o Mestre e Amigo Jesus nos acompanha neste processo de amadurecimento moral da Humanidade. Desde que modelou a estrutura material do planeta, até os presentes dias, segue o Jardineiro Divino com amoroso cuidado, amparando-nos em todos os instantes da existência. Sigamos com Ele.
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