Anjo da Justiça Divina

“Há um lugar dentro de ti onde todas as coisas são perfeitas, pois repousam na criação de Deus. Neste lugar és amparado pela luz e pelo amor e diante disso o que poderia machucar o teu coração ou fazer-te pequeno perante a alegria de Deus? Um lugar onde a respiração é pausada porque é feita de tranquilidade. Vai e toma teu lugar ...”
RODA DA VIDA
quinta-feira, 31 de julho de 2025
Oração aos Anjos - Quinta-feira
Anjo da Justiça Divina
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Acorda
Oração aos Anjos - Quarta-feira
terça-feira, 29 de julho de 2025
Pelas pessoas a quem tivemos afeição
Oração aos Anjos - Terça-feira
Em voz alta, diga:
quinta-feira, 24 de julho de 2025
Quando a pedra se transformou...
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Evangelho (Jn 14,1-6)
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Escravos da palavra
Você já percebeu o quanto nos tornamos escravos das palavras que falamos? De como nos conduzimos por situações difíceis pela nossa própria fala?
Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa mental, são propriedade única e exclusivamente de quem os idealiza. Porém, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de domínio público e deveremos responder pelos reflexos dos mesmos.
A palavra que edifica, enobrece, auxilia, é tesouro que dispensamos ao caminhar. Porém, o verbo ácido da crítica destrutiva, do comentário maledicente buscando a desmoralização alheia, ou a acusação injusta do julgamento insensato, são dificuldades que amealhamos e das quais teremos que dar conta, uma a uma.
Assim, é atitude de sabedoria vigiarmos as palavras que saem de nossa boca. Pensar antes do falar é atitude sensata que nos poupa de muitos dissabores. Para tanto, é imperioso cultivarmos a reflexão e autoanálise do que se passa em nosso mundo íntimo, pois que a boca fala daquilo que está cheio o coração, conforme nos alerta Jesus.
Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa casa mental cerca de 95.000 ideias ao dia, das quais 85.000 são repetitivas, doentias, monotemáticas. Para que o verbo se faça construtivo, é necessário o exercício da limpeza mental, para que da mente possamos exteriorizar aquilo que não nos escravize negativamente. O exercício do silêncio interior, do isolar-se alguns instantes diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo é fundamental. Ao mergulharmos no silêncio de nossa casa mental, vamos conhecendo e entendendo qual o mundo íntimo que carregamos e que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente desconhecido para nós mesmos.

Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam úteis, proveitosas e edificantes. Evitemos o comentário maldoso, o julgamento precipitado ou a acusação indevida.
Ainda, preservemos o nosso falar das expressões grosseiras, das comparações grotescas ou das piadas vulgares. O clima emocional e psíquico, com o qual nos envolvemos, é fruto do que pensamos e do que falamos.
Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando, façamos o silêncio interior, deixando que lentamente aqueles pensamentos cedam espaço para outros, mais nobres e enriquecedores.
Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas edificantes para que nossa boca não seja quem nos condene, fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante, expressamos com a palavra não refletida.

sábado, 12 de julho de 2025
Quando Deus se cala
Alguma vez já nos sentimos assim: sozinhos, desamparados, como em meio a um imenso deserto?
Oramos, pedimos, suplicamos auxílio, amparo... E tudo o que recebemos é silêncio. É natural que, em momentos de dor ou incerteza, esperemos por uma resposta clara, uma palavra de consolo, um sinal evidente. No entanto, muitas vezes, a resposta divina vem envolta em profundo silêncio.
Será que esse silêncio expressa ausência, descaso da Divindade, indiferença? Ou será uma forma sutil de presença, que somente nosso desespero ou angústia não consegue perceber?
Alguns relatos afirmam que, certa feita, durante uma entrevista, um jornalista perguntou à Madre Teresa de Calcutá, Prêmio Nobel da Paz de 1979:
Madre, quando a senhora ora, o que diz a Deus? Ela respondeu serenamente:
Nada, eu só escuto.
O jornalista então continuou: E o que Deus diz à senhora?
Com a mesma calma, ela respondeu: Nada. Ele só escuta.
Esse diálogo, simples e profundo, revela uma verdade espiritual grandiosa: a oração não precisa de palavras. E o silêncio, longe de ser ausência, pode ser comunhão. Quantas vezes buscamos uma resposta audível, imediata, quando o céu, em sua sabedoria, apenas nos convida à confiança?
É nesse silêncio que a alma se aquieta, que a fé se fortalece, que a Presença Divina se insinua sem alarde, sem barulho, sem urgência, mas com infinita delicadeza. Importante nos darmos conta de que nem sempre o alívio, o socorro vem sob a forma de soluções imediatas. Às vezes, se apresenta no simples fato de sabermos que não estamos sozinhos.
De outra, chega o socorro na voz de um amigo querido, uma mensagem de bom ânimo, um abraço reconfortante de alguém que nos oferece o ombro amigo para o desaguar das nossas lágrimas. Como uma mãe observa, em silêncio, os primeiros passos do filho, pronta para ampará-lo no tropeço, Deus também nos observa com amor. Permite que caminhemos… que descubramos… que cresçamos. Ninguém mais sábio do que Ele, para intervir exatamente quando se faz o momento devido.
Por vezes, a resposta divina é justamente a liberdade que Ele nos concede para viver as perguntas. Ele não apressa nossa jornada, não encurta os caminhos. Mas jornadeia ao nosso lado, mesmo quando não ouvimos Seus passos. O Seu silêncio não é ausência, nem rejeição. É confiança. É a certeza de que podemos seguir. Que a dificuldade que se apresenta nos servirá de aprendizado. Que conseguiremos vencer. Então, se oramos e o céu parece calado, não desanimemos.
Talvez não haja palavras, mas há presença. Talvez não haja respostas, mas há direção. Talvez não haja sinais, mas há amor – sempre. O silêncio de Deus também é resposta. É cuidado, é confiança na nossa capacidade de seguir adiante. Deus não se cala por indiferença. Ele silencia... porque ama. Ele silencia... porque confia. Somos Seus filhos, criados por amor, alimentados por amor e com um único destino: a felicidade da perfeição.

