“Há um lugar dentro de ti onde todas as coisas são perfeitas, pois repousam na criação de Deus. Neste lugar és amparado pela luz e pelo amor e diante disso o que poderia machucar o teu coração ou fazer-te pequeno perante a alegria de Deus? Um lugar onde a respiração é pausada porque é feita de tranquilidade. Vai e toma teu lugar ...”
RODA DA VIDA
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
O abraço que eu não posso te dar.
Vai, enfim, na forma de oração;
De pensamento
Uma porção.
Assim, difícil de explicar.
Vai valente, pulsante,
Vai na corrente de ar.
Vai agora, neste instante,
Não dá pra segurar.
Há tanto jeito de abraçar:
O canto,
O verso,
O pão que eu faço,
Feliz em compartilhar.
O abraço que eu não posso te dar
Vai certeiro pelo ar.
Vai seguir teus passos
E ao teu lado sempre estar.
Sentimos falta do abraço. É de nossa cultura a expressão afetuosa que envolve o toque, o contato físico. Sabe-se que o abraço carinhoso tem um poder sem igual, revitalizante e curador. Segundo alguns estudiosos, o abraço amplia nosso sentimento de autoaceitação, minimiza ansiedade e estresse, libera dopamina, o hormônio do humor e da motivação. Além disso, fortalece nossas conexões, possibilitando o exercício do perdão, apoio e amor. Em resumo, é essencial para nossas vidas.
Mas, o que fazer quando ele nos falta?
O que fazer quando, para preservar o outro, somos obrigados a nos manter afastados fisicamente?
É aí que entra nossa criatividade e também o conhecimento da realidade do Espírito. Há muitas outras formas de abraçar. A parte física do abraço é apenas uma pequena porção de uma expressão muito maior. Quem abraça não é o corpo. Abraçamos utilizando este corpo, que hoje existe e amanhã não existirá mais. Abraçamos com a alma, ou com o coração, utilizando dessa referência tão comum na esfera dos nossos sentimentos. Quando oramos por alguém, com sinceridade, estamos abraçando. Quando telefonamos para saber como o outro está, oferecendo alguns minutos para ouvir, doando nosso sorriso, nosso ombro amigo, estamos abraçando. Quando fazemos uma gentileza, alguma produção própria com a qual presenteamos as pessoas, estamos igualmente abraçando. Quando, finalmente, abrimos nosso coração, proferindo doces palavras, destacando qualidades, expressando nossa admiração, nosso amor a alguém, estamos lhe dando um forte e poderoso abraço. Assim, não nos preocupemos em demasia pela falta do contato físico temporal. Encontremos outras formas de nos relacionarmos.
Continuemos doando o abraço, o carinho, o interesse, de diferentes formas. Alguns escrevem poemas expressando seu amor. Outros alimentam e cozinham algo de especial, pensando no próximo. Alguns enviam seu canto para consolar. Há aqueles que oram, enviando o abraço dos fluidos invisíveis que revigoram tanto aquele que oferece quando aquele que recebe. Lembremos que somos Espírito e temos um corpo. Quem abraça é o Espírito. Então, pensemos de que forma podemos abraçar à distância.
Cada um encontrará o seu jeitinho, a sua maneira, dentro de suas possibilidades infinitas de Espírito, neste Universo onde tudo está conectado. Estamos mais próximos uns dos outros do que imaginamos. A conexão entre a criatura e o Criador é de nossa essência. Também o laço existente entre todos os filhos do Grande Pai.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
O grande movimento
Os que temos a certeza das vidas sucessivas sabemos que os Espíritos realizam sobre a Terra, quando encarnados, suas missões. Os que temos bom senso, raciocínio claro, de igual maneira assim pensamos. Nada nos é dado de forma mágica. Podemos receber intuições dos amigos espirituais, mas realizar o trabalho compete aos que nos encontramos no planeta. Dessa forma, quando uma invenção, uma nova técnica, algo que beneficie a Humanidade precisa ser apresentado ao mundo, um Espírito renasce entre nós e a isso se dedica.
Como homem, como dizia Thomas Edison, com sua transpiração, seu suor, acrescenta sua gema preciosa na coroa da sabedoria humana. Periodicamente, observamos que alguns grandes vultos do passado retornam, nem sempre para atuar no mesmo campo que ilustraram anteriormente. Desde alguns anos, temos visto proliferarem os pequenos gênios. Crianças que se sobressaem nas ciências, avançam na astronomia, estarrecem com sua profunda filosofia. Também e em expressivo número temos observado a precocidade no campo da música. Crianças que conduzem orquestras sinfônicas, que executam peças clássicas, em tenra idade. Dominam os instrumentos e parecem ter a pauta da música erudita em sua mente.
Um exemplo é a britânica Alma Elizabeth Deuscher.
Sua performance no palco demonstra leveza, e expressividade em alta concentração. Parece estar se divertindo, com o domínio que tem sobre si e sobre a plateia. Falando da ópera Cinderella, iniciada aos nove e finalizada aos doze anos, Alma se preocupa em apresentar a inteligência da personagem principal. Em sua versão, Cinderela é uma compositora que perde seus sapatos. Dessa forma, Alma recria o conto de fadas à sua maneira. Uma Cinderela não somente bonita, mas com sua própria mente e seu próprio espírito. Ouvindo-a e a sua história de vida, nos perguntamos: Será Mozart retornando?
Que importa?
Mozart, Beethoven, Listz, Chopin. Ou talvez outro músico que no passado não galgou os degraus da fama. O importante é sabermos que, graças a criaturas assim, o mundo está ficando melhor, embora as tragédias, as dores e problemas tão presentes. O mundo está se enchendo de harmonia. E nossos corações agradecem.
terça-feira, 3 de novembro de 2020
O mal que eu faço
Não é o mal que me fazem que realmente me faz mal, mas sim o mal que eu faço. Queixamo-nos muito do mal que nos fazem, daquilo que somos obrigados a suportar das pessoas, dos ataques, dos comportamentos violentos, das injustiças que sofremos aqui e ali. Curioso é que esse suposto mal em verdade não nos faz mal. O mal que fazemos é o que realmente nos faz mal. Vamos entender melhor. Consideremos o seguinte: No Universo, comandado por Deus, não há injustiçados. Suas leis perfeitas permitem que o sofrer só nos chegue quando necessário. E apenas para nos educar – nada mais. Assim, a violência que nos alcança, as avalanches que nos carregam à força, não estão em verdade nos fazendo mal. Elas são corrigendas da vida. São provas e expiações. Desafios e reparos à lei anteriormente desrespeitada. Embora nos tragam incômodo, prejuízos materiais e momentos de tensão, estão moldando nossa alma. Em muitos casos, estão nos libertando de um mal que causamos em algum momento. E o mal que deliberadamente causamos a alguém ou a nós mesmos?
Esse sim, nos faz mal... Somos nós infringindo as leis, somos nós trazendo para a vida aflições desnecessárias. Nesse caso, somos os infratores. Somos nós que estamos adquirindo compromissos. Somos nós que nos estamos colocando no caminho da necessidade de resgate posterior. Percebamos a diferença. No primeiro caso, estamos nos libertando do erro, quitando uma dívida, nos liberando dos compromissos com a lei. No segundo caso, estamos contraindo dívidas. Estamos nos colocando no começo de um processo doloroso, que poderia ter sido evitado. Os mecanismos das leis divinas, muitas vezes, nos colocam na situação daqueles que ofendemos, daqueles que desvirtuamos, fazendo-nos conhecer o outro lado, como uma grande lição. Para que não mais façamos ao outro aquilo que não gostaríamos que nos fizessem. Ninguém, em sã consciência, deseja sofrer, obviamente, mas essa visão nos ajuda a entender melhor porque o mal nos alcança com tanta veemência. Essa visão nos ajuda a compreender, a nos resignar e, principalmente, a não devolver o mal recebido. Devolver significaria iniciar um novo ciclo, que poderia estar acabando ali, naquele instante, se soubéssemos receber o mal com sabedoria. Pensemos nisso: se causarmos mal a alguém, causamos a nós mesmos. O que fizermos ao outro, estamos fazendo connosco. É uma sementeira. Dessa forma, que tal invertermos tudo isso e semearmos o bem?