Qual é a grande finalidade da vida?
Em torno desta pergunta, muitos filósofos, poetas e artistas se debruçaram. Na sua arte, nos seus poemas, nas suas crônicas e manuscritos apresentaram suas dúvidas existencialistas, seus questionamentos e suas respostas. Porém, foi com a comprovação da continuidade da vida, a partir das manifestações espirituais, que essa resposta se definiu. Foi a partir das vozes dos Espíritos, coordenados pela Providência Divina, que foi possível ter clara compreensão da nossa Imortalidade. Alicerçamos a certeza de que somos imortais e que o grande objetivo da vida é aprender a amar. Com essa compreensão, essa passa a ser a meta e finalidade de vida de todos nós. Porém, amar a todos e sem limites, é complexo e desafiador.
Sendo o amor o sentimento que coroa e sintetiza uma infinidade de sentimentos, exige de nós dedicação e empenho para que consigamos exercitá-lo. Podemos dizer que o sentimento do amor vai se fazendo em nossa intimidade aos poucos.
Como quem vai lentamente tecendo à mão um imenso tapete, feito de infindáveis nós, nossas emoções vão se construindo uma a uma, nessa desafiadora tecelagem do amor. Se mirarmos apenas em um nó desse trabalho, não encontraremos nenhum sentido. É necessário que vislumbremos o conjunto da obra. Contudo, aquele pequeno nó é indispensável para a beleza do trabalho final. Muitas vezes, imaginamos que amar é ter o tapete pronto, todo tramado, com seus nós feitos, cores escolhidas, e resultado encantador. Isso acontecerá um dia, é verdade. Mas, ainda estamos nas primeiras lições de tecelões de nossas emoções. Ainda estamos aprendendo a dar os primeiros nós, a acostumar as mãos com a aspereza dos fios, a escolher cores, combinações, estampas e tramas. Nessa etapa, é natural que alguns nós precisem ser desfeitos, porque foram mal feitos. São os nós das emoções equivocadas, dos relacionamentos mal construídos, das combinações truncadas de sentimentos. Essas são ações que nos exigem reelaboração na trama complexa para o feliz resultado final de uma tapeçaria bela, harmoniosa, encantadora.
As pessoas que reencontramos, nos caminhos da vida, que são difíceis e nos desafiam emocionalmente, são os nós mal feitos do ontem próximo ou mais longínquo. Elas chegam nos convidando a desfazer o nó do mal querer, do desamor, para juntos tecermos novos nós. De outra feita, alguns relacionamentos nos convidam a aprender a fazermos nós que desconhecemos. São os sentimentos que ainda não ganharam espaço em nossa intimidade, e que precisam ser experienciados. Não podemos esquecer que aqueles com quem convivemos também estão com seus próprios desafios, fazendo e desfazendo nós em seu mundo emocional.
Assim, respeitemos suas dificuldades e limitações. Quanto a nós, aproveitemos todas as oportunidades para sermos melhores tecelões. Afinal, nesse grande tapete que é nosso mundo emocional, somente devem existir nós de amor. Essa é a proposta da Divindade.
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