“Há um lugar dentro de ti onde todas as coisas são perfeitas, pois repousam na criação de Deus. Neste lugar és amparado pela luz e pelo amor e diante disso o que poderia machucar o teu coração ou fazer-te pequeno perante a alegria de Deus? Um lugar onde a respiração é pausada porque é feita de tranquilidade. Vai e toma teu lugar ...”
RODA DA VIDA
terça-feira, 30 de abril de 2024
Evangelho (Jn 10,22-30)
segunda-feira, 29 de abril de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
MEU SENHOR
quinta-feira, 25 de abril de 2024
Até quando seremos assim?
Até quando cairemos
Sem aprender as lições da queda?
Até quando faremos escolhas egoístas
Quando tudo aponta para uma existência de colaboração?
Até quando nos perderemos por tão pouco
Confundindo o que é meio com o que é fim?
Até quando afundaremos na lama
Segurando o fôlego, em agonia,
Desejando estar em outro lugar?
Os erros se repetem. A História se repete, em muitos aspectos. Mudam as gerações e vemos os mesmos vícios ainda tão presentes. As questões sociais, as disputas políticas, os problemas familiares. Tudo isso reflete ainda o ser em transformação lenta. Olhando assim, é bastante desanimador. No entanto, não nos enganemos e não nos permitamos contagiar pelos pessimistas de plantão. Nem por aqueles que insistem em apenas enxergar a doença e não, também, o trabalho silencioso e necessário que ela realiza na intimidade da alma humana.
As mudanças são lentas, graduais. Mas, elas têm acontecido. Basta ter olhos de ver. Há uma geração antiga, que persiste nos mesmos caminhos desastrosos. Há, também, já encarnando na Terra, há algum tempo, uma geração nova, fazendo tudo isso mudar. E, quando falamos de geração antiga e geração nova não nos referimos aos que somos mais velhos ou mais novos de idade. Referimo-nos a uma geração de hábitos e pensamentos viciados em ideias ultrapassadas, que cultivam o individualismo, o preconceito e a violência.
A geração nova, falando em termos espirituais, é aquela que está aberta ao diálogo, que sabe ouvir, que desenvolve a compaixão, que não consegue ver o próximo em sofrimento ao seu lado, sem fazer algo em seu benefício. Vivemos tempos em que as duas gerações se misturam no planeta.
A antiga, recebendo a última chance de mudar. A nova, tendo como missão liderar, influenciar e carregar multidões, pelo seu exemplo. Independente de geração, somos irmãos em evolução no planeta, aprendendo uns com os outros, diariamente. Dessa forma, a resposta para o Até quando? é individual, é de cada um.
Só você pode dizer até quando irá aceitar certas coisas como normais ou toleráveis. Só você poderá dar aquele próximo passo e dizer Chega! Não sou mais assim. Ou, Não quero mais essa vida para mim. Só você consegue estancar, pelo perdão, o ódio de séculos. Ou a raiva, de alguns dias, dizendo: Vamos deixar isso de lado e seguir adiante. Só você, com todo seu empenho e persistência, poderá dizer: Venci mais essa!
Até quando? – é uma pergunta a se fazer todos os dias. É um questionamento necessário para quem deseja crescer, ir adiante, conquistar e conquistar-se.
Até quando? - vai além de uma indignação de sofá, de quem observa o mundo em chamas, mas não é capaz de apanhar sequer um balde d’água.
É a questão da mudança, do despertar, do agora.
Até quando cairemos
Sem aprender as lições da queda?
Até quando faremos escolhas egoístas
Quando tudo aponta para uma existência de colaboração?
Até quando nos perderemos por tão pouco
Confundindo o que é meio com o que é fim?
Até quando afundaremos na lama
Segurando o fôlego, em agonia,
Desejando estar em outro lugar?
quarta-feira, 24 de abril de 2024
terça-feira, 23 de abril de 2024
domingo, 21 de abril de 2024
orar quando?
sábado, 20 de abril de 2024
Servidores de Deus
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Evangelho (Mc 6,53-56)
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Vivendo cada dia
Quando lemos alguns relatos, sobretudo de sobreviventes de campos de concentração, nos admiramos da força de viver que os fez tudo superar.
Ser privado de sua identidade, passando a ser simplesmente um número. Ser privado de sua cidadania, confinado em barracões sem higiene, sem condições mínimas de conforto. Ser privado da dignidade de criatura humana. Ter servida uma ração miserável, numa lata. Sentir o medo percorrer a espinha a cada vez que castigos eram determinados por coisas banais, por nada, por meros caprichos de quem estava ali para gozar a desgraça dos prisioneiros. Não saber qual dos amores sobrevivente poderia ser destacado para a morte, no dia seguinte, sofrendo a dor antecipada de mais uma perda. Não ter coisa alguma: sem nome, sem roupas adequadas, sem medicação, nada.
No entanto, sobreviveram a tudo isso. E o que mais impressiona é como reconstruíram as suas vidas. Constituíram família, emigraram para outras localidades, buscaram opções de bem viver.
Uma bailarina húngara, de apenas dezesseis anos, na sua primeira noite em Auschwitz, foi forçada a dançar para um alto oficial da SS. No cimento frio do barracão, a adolescente ficou paralisada de medo. Sua mãe fora enviada para a morte, na primeira seleção dos prisioneiros, naquele dia. A orquestra do campo, no lado de fora, começou a tocar a valsa Danúbio Azul.
Ela fechou os olhos e lembrou de um conselho materno: Ninguém pode tirar de você o que você colocar em sua mente. Então, ela se transportou ao palco da ópera de Budapeste, interpretando Julieta, do balé de Tchaikovsky. E dançou.
Ao narrar essa experiência, aos noventa e dois anos de idade, Edith, psicóloga clínica, diz que a pior prisão é aquela que construímos para nós mesmos. Essa a grande lição que esses sobreviventes nos transmitem: a da superação, o do começar de novo, o de viver, o nunca deixar de amar. É de nos perguntarmos por que nós, por vezes, por problemas bem menores do que aqueles que passaram meses ou anos em campos de concentração, nos sentimos tão desesperançados.
Olhamos para o quadro pandêmico que nos levou amores, e nos parece que não poderemos continuar a viver sem eles. Pensemos: eles se foram levados por um vírus cruel. Tudo que lhes era possível receber, lhes oferecemos. Podemos dizer adeus mesmo que à distância. Se é o desemprego que ensombra os nossos dias, guardemos a esperança. A pouco e pouco, tudo se vai restabelecendo e a bênção do trabalho nos chegará, outra vez. Talvez descubramos que somos capazes de outras atividades, diversas daquela que nos garantia o pão de cada dia, anteriormente.
Quiçá possamos nos realizar ainda mais, descobrindo talentos adormecidos em nós. Se problemas, traumas e dores se acumulam, ainda assim, não nos entreguemos ao desespero. Prossigamos. Pensemos que se outros puderam superar, nós também podemos. A vida é digna de ser vivida, em toda a sua pujança. Não estamos sós. Vejamos quem está ao nosso lado. Demo-nos as mãos. Somos todos filhos de Deus. Nenhum de nós jaz abandonado. O dia surge. O sol brilha, levantemo-nos para vencer.
terça-feira, 16 de abril de 2024
Invisíveis, mas não ausentes
Quando morreu, no Século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris. Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação, o genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte. Um deles fala exatamente do homem e da Imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:
A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo.
Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta Terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só veem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no Infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.
Muitos consideram que a morte de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se, nem consumir-se, mas libertar-se. Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assumamos o compromisso de nos prepararmos para o reencontro com eles na vida espiritual. Prossigamos em nossa jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que nos competem, pois elas serão valiosas, quando fizermos a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade.
E que esse dia não nos surpreenda em demasia. Que estejamos com a mala da vida pronta para ser fechada; com a bagagem espiritual toda bem acondicionada.
Que esse dia não nos seja de surpresa senão porque, fechando os olhos da carne, com os do Espírito veremos nossos amores, de pé, de braços e sorrisos abertos nos rececionando. Estejamos prontos para o grande dia, a cada dia.
com base nos caps. Palavras do autor e A França chora seu maior poeta, do livro Victor Hugo e seus fantasmas, de Eduardo Carvalho Monteiro, ed. EME.
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Jesus sabe
Quantas lágrimas já verteu a sós, sem ninguém para lhe estender um ombro amigo, sem uma palavra de alento, sem nenhum consolo...
Considere, no entanto, que Jesus sabe...
Quando descobre que seus amigos, nos quais depositava a mais sincera confiança, o traem, e a amargura lhe visita a alma dolorida, no silêncio das horas... Jesus sabe.
Jesus conhece os mais secretos pensamentos e sentimentos de cada uma das ovelhas que o Pai lhe confiou.
Jesus sabe das noites mal dormidas, quando se debate em busca de soluções para os problemas que preocupam a mente...
Das dores que dilaceram a alma, quando a solidão parece ser sua única companheira fiel, Jesus sabe...
Dos imensos obstáculos que já superou, sem nenhuma estrela por testemunha, Jesus sabe...
Da sua sede de justiça, Jesus sabe.
Da luta para ser cada dia melhor que o dia anterior, Jesus sabe.
Jesus, esse Irmão Maior, a quem o Pai confiou a Humanidade terrestre, conhece cada um dos Seus tutelados.
Se sofreu algum tipo de calúnia, de injustiça, alguma punição imerecida, Jesus sabe.
Jesus conhece as suas horas de vigília ao lado do leito de um familiar enfermo...
Sabe da dedicação aos filhos, tantas vezes ingratos, ao esposo ou à esposa problemática.
Jesus sabe dos confrontos para vencer os próprios vícios e as tendências infelizes.
Jesus conhece suas fraquezas, seus medos, suas chagas abertas, suas inseguranças...
Jesus sabe das muitas vezes que persiste em caminhar, mesmo com os pés sangrando...
Jesus sabe o peso da cruz que você leva sobre os ombros...
Jesus sabe quantas gotas de lágrimas você já derramou por compaixão, sofrendo a dor de outros corações...
Jesus conhece suas muitas renúncias...
Suas amarguras não confessadas...
Jesus sabe das esperanças que você já distribuiu, dos alentos que ofertou, das horas que dedicou voluntariamente a benefício de alguém...
Jesus conhece suas ações nobres e percebe o desdém daqueles que só notam e ressaltam suas falhas.
Jesus entende seu coração dorido de saudade, dilacerado pela solidão, amargurado pelas dificuldades que, às vezes, parecem intransponíveis...
Jesus sabe que todas as situações pelas quais você passa, são para seu aprendizado e para seu crescimento na direção da grande luz.
O Sublime Pastor conhece cada uma de Suas ovelhas e sabe o que se passa com cada uma delas.
Por isso Ele mesmo assegurou: Nunca estareis a sós.
Jesus é o Divino Amigo que nos segue os passos desde sempre e para sempre.
E nos momentos em que suas forças quiserem abandoná-lo, aconchegue-se junto ao Seu coração amoroso e ouça Sua voz a lhe dizer, com imensa ternura:
Meu filho, trace o seu sulco; recomece no dia seguinte o afanoso labor da véspera. O trabalho das suas mãos lhe fornece ao corpo o pão terrestre; sua alma, porém, não está esquecida. E eu, o jardineiro divino, a cultivo no silêncio dos seus pensamentos.
Quando soar a hora do repouso e a trama da vida se lhe escapar das mãos e seus olhos se fecharem para a luz, sentirá que surge em você, e germina, a minha preciosa semente. Nada fica perdido no reino de nosso Pai e os seus suores e misérias formam o tesouro que o tornará rico nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas...
E onde o mais desnudo dentre vós será talvez o mais resplandecente.
quarta-feira, 10 de abril de 2024
A esperança não se faz só
Mas faz-se
De estacas sustentadoras de árvores longevas
De sopros de estímulo em olhos cansados
De sorrisos apaziguadores às almas que choram
De um a_braço firme a quem perdeu o rumo
De palavras de conforto a quem vive em sofrimento
De orar_acção materializada na dádiva da presença ativa, carinhosa, profícua, aos que da esperança apenas conhecem a promessa
Porque esperança, não se faz só.
terça-feira, 9 de abril de 2024
Evangelho (Jo 3,16-21)
De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus. Ora, o julgamento consiste nisto: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus.