RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea - We pray for the life and health of the men of Peace in the World, Men and Women with very difficult missions, giving hope and strong influence against the corruption that ravages the world and keeps it captive in the misfortune of injustice. Let us praise these inspired brothers and sisters, from the most influential, such as Francisco Father of the Catholic Church, Dalai Lama Father of Buddhists, and many others in their respective importance, who move the world with the strength of their devout Souls, in a better world for all, more just, where the defenseless are not at the mercy of any tyrant, where the only army or military on the face of the earth is in the service of Love for Others - Let us pray daily for Mother Earth, our planet that needs ours so much. attention and our prayers for environmental causes, let us be the difference we want to see in respect for the environment - So be it -

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Sede a vossa própria tocha! - Buda

Não vos ocupeis com as palavras ásperas,  faltas ou negligência alheias, mas, sim, sede consciente de vossas próprias palavras, atos e negligências. Semelhante às belas flores coloridas, mas sem perfume, são infrutíferas as belas palavras dos que as dizem, mas não as seguem.  Assim como o vasto oceano está impregnado de um único sabor, o sabor do sal, também, ó discípulos, meus ensinamentos estão impregnados de um único sabor: o sabor da Libertação Buda

O veneno não penetra na mão onde não há ferida, nem o mal atinge aquele que não o pratica. Todos os seres são Budas desde o início;

É como o gelo e a água;
Sem água, não existe gelo,

Seres sensíveis exteriores, onde buscamos o Buda?

Não sabendo quão perto está a Verdade, as pessoas a buscam em lugares distantes …
Elas são como aquele que no meio da água, sedento, grita implorando por ela.

Embora um homem conquiste numa batalha  mil vezes mil homens, o maior vitorioso em batalha seria em verdade  aquele que conquistasse a si mesmo.

Longa é a noite para quem vela; 
longo é o caminho para quem está cansado;
Longo é o samsara para os tolos  que desconhecem o sublime Darma.
"São meus esses filhos, é minha essa riqueza", assim o tolo se aflige.
Na verdade ele mesmo não é de si próprio, muito menos os filhos e a riqueza.
OS OITO PRECEITOS PARA TODA A VIDA
Assumo o preceito de abster-me de destruir os seres vivos.
Assumo o preceito de abster-me de tomar o que não me foi dado.
Assumo o preceito de abster-me de má conduta sexual.
Assumo o preceito de abster-me de falar mentiras.
Assumo o preceito de abster-me da fala maliciosa.
Assumo o preceito de abster-me da fala ríspida.
Assumo o preceito de abster-me de fazer intrigas.
Assumo o preceito de abster-me de bebidas intoxicantes e de 
drogas que causam perturbação a mente.

Não fazer o mal, praticar o bem
Purificar a mente
Este é o ensinamento do Buda.

A mente é instável e caprichosa, difícil de ser vigiada, correndo para onde lhe apraz; Dominá-la é grande bemé uma fonte de alegria.

Mesmo quando eu faço coisas para o bem dos outros
Nenhuma surpresa ou vaidade surge em mim.
É apenas como sentir a mim mesmo;
Eu não espero nada em troca.

Que alguém estabeleça primeiramente a si próprio no que é correto, e só então os outros instrua. Assim fazendo, o sábio não se corromperá.
Em definitivo, a razão pela qual o amor e a compaixão proporcionam o máximo de felicidadeé que a nossa natureza os estime acima de tudo.
As práticas espirituais só adquirem seu sentido na vida quotidiana. A relação com nossos pais, esposa, marido, filhos e colegas de trabalho, e também com os seres em todos os planos da existência, material e sutil, isto é o termómetro da prática

O cultivo da bondade do coração ao longo de todo o quotidiano, a prática da virtude, compaixão, equanimidade, amor e alegria, esse é o caminho da iluminação. 

Quando estudamos o budismo, estamos estudando a nós mesmos, à natureza de nossas próprias mentes. Ao invés de focalizar algum ser supremo, o budismo enfatiza assuntos mais práticos; por exemplo, como lidar com as nossas vidas, como integrar as nossas mentes e como manter as nossas vidas quotidianas pacíficas e sadias. Em outras palavras, o budismo sempre acentua o conhecimento-sabedoria experiencial, ao invés de alguma visão dogmática. De facto, nem mesmo consideramos o budismo como uma religião no sentido comum do termo. 

Do ponto de vista dos mestres, os ensinamentos budistas estão mais para o campo da filosofia, ciência ou psicologia. 

A compaixão e o amor são as virtudes mais preciosas da vida. Por serem muito simples, são difíceis de serem colocados em prática. A compaixão só poderá ser plenamente cultivada à medida que se reconhece que cada ser humano é parte da humanidade e pertencente à família humana, independente de religião, raça, cultura, cor e ideologia. A verdade é que não há diferença alguma entre os seres humanos.

Devemos desenvolver (…) o veículo interior e universal: respeitar aos outros como respeitamos a nós mesmos, colocar os outros em nosso lugar e partilhar nosso tempo com eles; na verdade, dar-nos aos outros. A capacidade de realizar isso é nossa maior dádiva e o mais elevado potencial humano. A bondade e a sensibilidade infinitas às necessidades imediatas e fundamentais dos outros conduzem à totalidade humana — algo que cada um de nós pode definitivamente alcançar.

Deve haver um equilíbrio entre o progresso espiritual e o material. Atinge-se esse equilíbrio por meio de princípios enraizados no amor e na compaixão. O amor e a compaixão são a essência de todas as religiões, que têm muito a aprender entre si. O objetivo primordial de todas as religiões é criar seres humanos mais tolerantes, mais compassivos e menos egoístas.

A dádiva de aprender a meditar é o maior presente que você pode se dar nesta vida. Porque é apenas através da meditação que você pode empreender a jornada para descobrir sua verdadeira natureza e assim encontrar a estabilidade e a confiança de que necessitará para viver e morrer bem. 
A meditação é o caminho para a iluminação. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

orar quando?

Quantas vezes deste conta nas coisas para ti sagradas, antes de orar tentas purificar-te, limpar-te de tuas faltas, para que te sintas o mais possível apresentável.

Para orar e talvez para muitos outros momentos, isso de pouco valerá, a não ser para reforço das tuas próprias ilusões ou dissimulações veladas.
Já pensaste, que quando oras a Deus, a qualquer tipo de entidade por ti cultuada, adorada, representa um Ser Superior que tudo vê, de ti e  tua vida. Em verdade Vê de ti o que ainda nem tu conseguiste enxergar de ti próprio. 

Então achas que consegues esconder de Deus as tuas faltas no momento de orar? - Que O podes "enganar" apresentando-te muito submisso e cordeirinho?

Diria que não, que essa postura só serve mesmo para enganares a ti próprio.

Diria mais; que são as tuas faltas, dificuldades em te melhorares, que precisamente deves colocar aos pés do teu Deus como oração sincera. De um coração que sofre muito e pede ajuda para melhorar aquelas facetas de si próprio e as  reconhece perante Deus e que necessita aprimorar à Sua Luz.

O convite é trazer à superfície da tua devoção todos os elementos de ti próprio que desejas transmutar com a ajuda Divina, em qualidades que te promovam perante ti próprio e assim cumpras os sagrados desígnios Divinos.

Assim Seja

sábado, 21 de dezembro de 2024

Até quando seremos assim?

 Até quando cairemos

Sem aprender as lições da queda?

Até quando faremos escolhas egoístas...

Quando tudo aponta para uma existência de colaboração?

Até quando nos perderemos por tão pouco

Confundindo o que é meio com o que é fim?

Até quando afundaremos na lama

Segurando o fôlego, em agonia,

Desejando estar noutro lugar?

Os erros se repetem. A História se repete, em muitos aspectos. Mudam as gerações e vemos os mesmos vícios ainda tão presentes. As questões sociais, as disputas políticas, os problemas familiares. Tudo isso reflete ainda o ser em transformação lenta. Olhando assim, é bastante desanimador. No entanto, não nos enganemos e não nos permitamos contagiar pelos pessimistas de plantão. Nem por aqueles que insistem em apenas enxergar a doença e não, também, o trabalho silencioso e necessário que ela realiza na intimidade da alma humana.

As mudanças são lentas, graduais. Mas, elas têm acontecido. Basta ter olhos de ver. Há uma geração antiga, que persiste nos mesmos caminhos desastrosos. Há, também, já encarnando na Terra, há algum tempo, uma geração nova, fazendo tudo isso mudar. E, quando falamos de geração antiga e geração nova não nos referimos aos que somos mais velhos ou mais novos de idade. Referimo-nos a uma geração de hábitos e pensamentos viciados em ideias ultrapassadas, que cultivam o individualismo, o preconceito e a violência.

A geração nova, falando em termos espirituais, é aquela que está aberta ao diálogo, que sabe ouvir, que desenvolve a compaixão, que não consegue ver o próximo em sofrimento ao seu lado, sem fazer algo em seu benefício. Vivemos tempos em que as duas gerações se misturam no planeta.

A antiga, recebendo a última chance de mudar. A nova, tendo como missão liderar, influenciar e carregar multidões, pelo seu exemplo. Independente de geração, somos irmãos em evolução no planeta, aprendendo uns com os outros, diariamente. Dessa forma, a resposta para o Até quando? é individual, é de cada um.

Só você pode dizer até quando irá aceitar certas coisas como normais ou toleráveis. Só você poderá dar aquele próximo passo e dizer Chega! Não sou mais assim. Ou, Não quero mais essa vida para mim. Só você consegue estancar, pelo perdão, o ódio de séculos. Ou a raiva, de alguns dias, dizendo: Vamos deixar isso de lado e seguir adiante. Só você, com todo seu empenho e persistência, poderá dizer: Venci mais essa!

Até quando? – é uma pergunta a se fazer todos os dias. É um questionamento necessário para quem deseja crescer, ir adiante, conquistar e conquistar-se.

Até quando? - vai além de uma indignação de sofá, de quem observa o mundo em chamas, mas não é capaz de apanhar sequer um balde d’água.

É a questão da mudança, do despertar, do agora.

"Há imensas pessoas que estão animadas por um ideal de justiça, de honestidade, de bondade, mas não sabem como agir e entram continuamente em choque com os outros ou acabam por desanimar. Então, o que hão de fazer?

Mudar de método. Seja qual for a nobreza do vosso ideal, não vos ocupeis dos outros, trabalhai unicamente para vós mesmos vos aperfeiçoardes. Assim, pouco a pouco, quando estiverdes com eles, impressioná-los-eis com a vossa luz; ao verem-vos, eles compreenderão que estão a patinhar na lama. Se, pelo contrário, vos ocupardes em procurar a lama que existe neles, afundar-vos-eis nela e ficareis também enlameados! Trabalhai apenas para vos tornardes luminosos e, quando estiverdes com os outros, mesmo sem dizerdes uma só palavra, eles compreenderão que se transviaram." - Mestre Omraam

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A oração

Umas poucas considerações acerca da oração.

Todas as pessoas de uma ou outra forma em algum momento da sua vida recorreram a esta forma de expressar esperança e crédito sob assuntos maiores que elas mesmas.

Muitos de nós aprendemos a orar na meninice. Em consequência aprendemos juntamente com as orações mais comuns usadas em lugares de culto, a entender a oração como uma forma de socializar a um nível transpessoal, tanto na forma da fé como na forma da sua demonstração pública.

Orar é expressão de um impulso interno e vontade de partilha, de testemunho. 

Essa disponibilidade no ser humano gera em si mesma, uma profusão intensa de ocorrências, que no seu auge culminam na experiencia espiritual.

Da sua dinâmica purificadora, libertadora e autodisciplinada emerge uma linguagem transmissível a vários níveis entre os seres, e consequentemente galvanizadora de um entendimento a níveis superiores comparativamente aos níveis comuns de comunicação.

Para isso conta muito, a forma e o objecto da oração.

Assim as orações que visam prejudicar são a forma mais certa de aquele que ora descer aos níveis do que deseja para os demais.

A oração que visa a obtenção de prazeres mundanos para si mesmo, é uma forma encapotada de invocar energias ainda de regiões muito negativas. Deve ser evitada já que irá ocasionar danos a si mesmo em breve curso de tempo.

Já a oração fundamentalmente motivada na evolução espiritual do orador ou ainda mais e principalmente na evolução espiritual de outras pessoas que não o orador, são uma forma segura de estar assessorada esta forma de orar, por entidades superiores ao serviço de energias muito positivas e protetoras.

Por último aquela forma de orar que deverá ser considerada a primeira por seu verdadeiro poder transformador: A oração destinada a libertar alguém de algum tipo de sofrimento. A oração de homenagear alguém, que até pode já nem estar entre nós fisicamente e que decidimos recordar somente a sua faceta mais positiva, mesmo sabendo que todos apresentamos as duas faces.

Esta forma de orar, ultrapassa as próprias palavras de que a oração se possa revestir para que se expresse. Ultrapassa as palavras que lhe dão a voz. Esta forma de orar clama diretamente junto do Criador por sua intervenção por causa não própria, e as mais altas entidades da espiritualidade não conseguem ficar insensíveis a este chamado, a este tão despojado chamamento de intervenção Divina.

É sobretudo esta forma de orar que agora convido a praticar como uma iniciação de reencontros, que agora se iniciam entre aqueles que a irão praticar e aqueles que dela irão beneficiar.

Todos temos alguém, perto ou longínquo a quem desejamos muito bem, pode ser uma pessoa que passou por nós na rua, pode ser alguém que vimos passar numa viatura do INEM ou num hospital, pode ser um parente ou nem por isso, pode ser alguém mais importante ainda, alguém que nos faz a vida num inferno, que nos trata mal ou não reconhece os nossos esforços por ser e fazer melhor. 

O propósito está lançado, na verdade mais um desafio.

Estarás tu disponível para àquela hora certa, te recolheres a sós ou com alguém que contigo esteja e doares um pouco do teu tempo para o benefício de alguém necessitado ou mesmo todos os seres?

Factos sobre a oração: Já pensaste que quando acontece algo na tua vida que te aflige, e tu recolheste e ficas apreensivo, durante dias a fio, preocupado andas mais reservado, até parece que andas em oração, não caindo em gargalhada por motivos fúteis. Possivelmente até chegas a orar a pedir algum tipo de desanuviamento na tua vida ou na de alguém que te é querido.

Já reparaste que passados uns tempos, obviamente não de imediato, tantas são as vezes que as coisas começam a melhorar, tudo parece fluir melhor, até tu te sentes mais motivado, mais naturalmente equilibrado. Quantas são as vezes em que assim isso acontece, logo mais à frente deixas as tuas práticas de oração. Deixas de te conter e passas a ser mais barulhento para o exterior, a fazer mais ruido, falar mais alto, ouvir menos, pensar menos e fazer mais… afinal já está tudo melhor, já podes descontrair, digamos assim...

Já reparaste, que passados uns tempos o ciclo inicia a se repetir? Na verdade ao deixares as tuas práticas de oração, de estudo e de entrega a bens superiores, voltastes a entregar-te as tarefas ordinárias da vida de forma igualmente descuidada e até vulgar. E repara que tudo isto pode acontecer como numa peça de teatro atrás de apenas uma máscara: a máscara da tua vida.

Estou convicto que as nossas vidas não andariam aos altos e baixos, se nós também não andássemos aos altos e baixos, que afinal é o que acaba acontecendo com as nossas práticas e esforços, que refletem os nossos interesses.

Interesses superiores, qualidade de vida superior

Interesses mundanos, qualidade de vida ordinária ou vulgar, cheia de vicissitudes de todos os tipos.

Que a liberdade, seja o canto matinal de expressar a vontade de abrir o corpo de luz ao foco irradiante do Deus emergente, que se veste da empatia que prodigamos a todos, e a cada um dos caminhantes da peregrinação que em liberdade, escolhemos...

Que a paz seja o sorriso que o espelho reflete da nossa alma consciente, confiante, compassiva, tão plena que transborda em oração, e erradia em ondas serenas, contagiantes, por afinidade, do que somos na eternidade...

Que o amor seja brisa que acolhe, encanta, embala, pela palavra confiante, generosa, doce, que irá desabrochar em flor e fruto nos celeiros dos desertos de areias tempestuosas para os quais sejamos aguadeiros pela orar_ ação
Madelina

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Pelas pessoas a quem tivemos afeição

Digna-te, ó meu Deus, de acolher, benévolo, a prece que te dirijo pela Memória de;

Aurora, senhora brilhante, linda, luz assustada e tímida; Luís Carlos San, arte desejo e ternura; Paulinho Andradevibrante companheiro de  aventuras de adolescente; Manuel Regalado (Nelinho), irmão de sempre na saudade e cumplicidade; Marina, descanse em paz; Nitos, amigo companheiro de aventuras; Olivério (Bérinho) e Pedro Pinto, adorado cunhado meu herói de muito jovem e seu irmão; Zé Alberto, justo, protetor e calmo amigo de juventude; Caluxa, o sorriso mais puro e belo; Júnior e Dadinha, inocentes paixões de um sonho de miúdo; Frank Barrote, figura paterna e amiga; Mestre José Banguera de Súa, ídolo e professor musical, até no seu olhar; Francisco Santos, descanse em paz; António e Lucília Regalado, pai e mãe da família irmã; Avô Jorge Oliveira, meu amor, meu Anjo da guarda; Zézinho, doce sobrinho que falava tudo com o olhar, menos o sofrimento que guardava só para si; Avó Lai e Tia Nela Oliveira, queridas protetoras; Z.A. saudoso mano, lado de mim conhecido e por conhecer; Sr. Manuel, Anjo protetor; António Fontes, companheiro de Tai Chi; Aires Duarte, descanse em paz; Pedro Miguel Barros, bonita alma, colega de trabalho; Artur Magalhães, descanse em paz; Glória, Anita, Gena e Miguel Ramos, e todos meus antepassados e familiares a todos devo um importante e maravilhoso bocadinho daquilo que hoje sou; António Abreu, (ASA), companheiro de belos passeios de mota que chegamos a viver não tanto o quanto queríamos mas ainda assim gratos; Américo Agostinho, descanse em paz; Bartolomeu (Bart.), inspiração de muitas jams, nunca te sintas só; Amélia JLMF Faria, esposa vela por teu saudoso marido que por ti ainda procura no sentido da vida que lhe resta agora sem a tua presença física; Avó Celeste Sant´Ana, coração sábio, compreensiva, bonita, animada e meiga; Jorge Correia Pinto, amigo puro a bondade e alegria, tem teu nome; Álvaro Costa, descanse em paz; Maria Adelina Jesus Lopes, (Mestre Madelina), flor da eternidade que ilumina os passos do caminhante; Maria José (Avó Zézé), querida e bondosa senhora; António Gouveia (Gou), fiel amigo sempre disposto ao amparo em horas de necessidade; Fernanda e Celeste Freitas, (sogrinha e tia, irmãs muito amadas e queridas, amigas de profundo bem querer) ternura e exemplo de coragem; Bruno da Andreia descanse em paz; Rogério P. Assunção irmão da D. Maria descanse em paz; Enio Lázaro Regamonti, “A você Enio que sempre foi companheiro, amigo, que me respeitou como pessoa e como mulher, agradeço por tudo que aprendi com vc. Obrigada; Ângela Amorim (Tita), minha irmã, tanto de mim é feito do que aprendi contigo, mana meu coração ama-te incondicionalmente, para todo sempre; Pedro Farias, jovem Pedro descansa em paz; Paulo Henrique e sua esposa, sempre simpático e bondoso, o pai e a mãe da Salomé, descansem em Paz; Paula Faria, jovem cunhada de bom coração, todos os animais te louvam eternamente pela tua humanidade para com esses inocentes; Idalina Sá, maninha obrigado pela graça da tua forte amizade, descansa em Paz; Lara da Lena, descanse em Paz; Joaquim (primo Pimpim), obrigado primo por teres sido para os primos mais novos um professor e amigo de brincadeiras, Antero Faria, meu sogro e um verdadeiro amigo, eternamente grato pela amizade e proteção; Sr. Manuel de Sousa Leite, as pessoas que nos morrem, das duas uma, ou nos são tão próximas que assimilamos parte delas, o que ficará conosco mesmo depois destas morrerem, ou então, se isto não se passa, não serão grandes as razões para as chorar (Alma, Rui Sousa), descansem em Paz; Tia Paula, meu colo, protetor, incondicional, amiga da natureza, descansa em paz; Mário Correia, obrigado meu tio, descanse em paz; Sr. Júlio da barbearia Primor, um amigo, descanse em paz…

Com Todos vós eu tive o singular milagre de  cruzar a um dado momento este caminho e pranto de vida, mar de alegrias e sofrimentos, e todos vós são aquilo em que me tornei e sou hoje, na realidade, a todos, devo a melhor parte de mim, sem a qual eu não me reconheceria.

Partistes cedo demais, antes de mim, em variadas circunstancias, para um lugar que ainda desconheço. A vossa ausência física é saudade em mim, assim como a vossa presença espiritual de uma força indescritível: - a vós me dirijo e confesso meu amor, minha afeição e por vós anseio na história do que não sendo mais, eu sou.


Senhor

Fazei-lhes entrever as claridades divinas e torna-lhes fácil o caminho da felicidade eterna. Permite que os bons Espíritos lhes levem as minhas palavras e o meu pensamento.

Vós, que tão caros me éreis neste mundo, escutai a minha voz, que vos recorda para vos oferecer nova prova de meu amor. Permitiu Deus que vos libertasses antes de mim e disso não me poderia queixar sem egoísmo, porquanto seria querer-vos sujeitos ainda às penas e sofrimentos da vida. 

Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste. Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. Que a sua bondade me preserve de fazer o que quer que retarde esse desejado instante e me poupe assim à dor de não vos encontrar, ao sair do meu cativeiro terreno.

Oh! tão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material que vos oculta ao meu olhar! de que podeis estar aqui, ao meu lado, a ver-me e ouvir-me como antes, senão ainda melhor que antes; de que não me esqueceis, do mesmo modo que eu não vos esqueço; de que os nossos pensamentos constantemente se entrelaçam e que o vosso sempre me acompanha e ampara.

Que a paz do Senhor seja convosco.

sábado, 14 de dezembro de 2024

O SIMBOLISMO DA ÁRVORE DE NATAL

 

A humanidade presta culto aos deuses desde tempos remotos, porque o homem sempre sentiu uma grande necessidade de antropomorfizar as coisas para ter uma referência sobre si mesmo. Por isso, as Religiões primitivas surgiram através do culto a recursos que pudessem saciar as necessidades físicas e básicas do ser humano. Desta forma, era costume fazerem culto tanto às plantas, e às árvores, como às montanhas, ao mar, à chuva, etc. 

Daí surgiu o culto ao trigo com que os Judeus faziam o pão ázimo, e depois adveio a hóstia, no Cristianismo. Além disso, os Cristãos também fizeram o culto à parreira e ao vinho, que é utilizado pelos sacerdotes cristãos até hoje. Este culto antigo era praticamente dedicado à Mãe Natureza, uma vez que os ciclos das estações do ano, necessários à agricultura, tiveram origem e estão ligados aos pontos de intersecção da eclíptica, quando o Sol passa pelo equador, isto é, os equinócios e os solstícios. Estas quatro datas do ano marcam festas comemorativas espirituais conhecidas por Sabats.

De acordo com estudos esotéricos, as origens da Festa do Natal são muito anteriores ao nascimento de Jesus Cristo, pelo que os investigadores desta área a consideram como fazendo parte de uma altura cheia de magia. Os Sabats comemoravam o tempo de renascimento do Sol na mesma época do Natal. Curiosamente, na tradição dos Druidas, não só se pode encontrar a Árvore de Natal, as luzes, e os ornamentos nas portas, como também o próprio Pai Natal. 

Na verdade, a tradição das Festas religiosas vem de quase todo o Hemisfério Norte, e embora a simbologia natalícia provenha quase toda do paganismo, tal como da religião dos Druidas, encontramos, ainda, símbolos cabalísticos provenientes da tradição Judaica.

A árvore de Natal, de acordo com os gnósticos, possui um profundo significado esotérico, e está relacionada com todas as tradições Alquímicas, Cabalísticas e Cósmicas de todas as tradições. Da mesma forma, todos os presentes, ornamentos, cores, etc., têm um significado profundo e muito simbólico. Além disso, segundo as interpretações místicas do Xamanismo, as luzes e os ornamentos da Árvore de Natal representam também as almas dos que já partiram e que são lembrados no final do ano.

Em algumas regiões da Europa, a Árvore de Natal é conhecida pela “Árvore de Cristo”, pois desempenha um papel importante na data de nascimento de Jesus Cristo. Os registos mais antigos sobre a Árvore de Natal datam de meados do Século XVII, e provêm da província Francesa da Alsácia. A Árvore de Natal é um símbolo marcante que representa, ao mesmo tempo, o agradecimento pela vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Os Cristãos da antiga Europa começaram por ornamentar as suas casas com pinheiros no dia de Natal, porque era a única árvore que permanecia verde na imensidão da neve, sendo que eles seguiam as descrições sobre o florescimento de árvores no dia do nascimento de Jesus.

A tão popular Árvore de Natal representa esotericamente o Diagrama Cabalístico da Vida, denominado Árvore Cabalística ou Árvore Sefirótica. Conseguimos ver nesse Diagrama a representação de toda a vida e de todas as dez dimensões do Universo, pelo que esta Árvore deve possuir dez galhos, que vão desde “Kether”, o Pai todo Perfeito, até “Malkuth”, o mundo físico.

Por conseguinte, ao montarmos a Árvore de Natal, deveríamos compô-la de acordo com a tradição, criando-a de maneira a carregar o ambiente onde ela se encontra, com vibrações bastante positivas. 

Então, vejamos como se deverá montar uma Árvore de Natal gnóstica: O tipo de árvore deve ser de preferência um pequeno pinheiro, porque esta árvore representa a energia luminosa da Era de Aquário, visto ser o seu símbolo. Sugere-se que seja colocada no centro da sala ou na parte leste onde o Sol nasce. Caso não haja esta possibilidade podemos colocá-la em qualquer lugar próprio. Devemos, então, começar por enfeitá-la de cima para baixo, respeitando as forças descendentes do Espírito Divino, que vêm para nos abençoar no nosso plano físico. No topo da árvore deve-se fixar uma estrela dourada, que representa a nossa Estrela Interior, que anseia orientar-nos na peregrinação da vida. É o nosso Espírito Divino que necessita nascer na nossa Consciência, uma vez que a Consciência é o topo da nossa Alma. Contudo, nunca se deve colocar a estrela com a ponta na cabeça. 

Os ornamentos significam, em alegoria, tanto as virtudes, como as forças espirituais que devem triunfar dentro das nossas Almas, quando a Árvore de Natal está dentro de casa. Os principais ornamentos simbólicos deverão ser: Três Sinos pequenos, que representam a Santíssima Trindade, as Três Forças Primárias do Cosmos. Sete Anjos, que simbolizam os sete Espíritos Angélicos Santificados, e se encontram diante de Deus a intercederem por todos nós. Doze bolinhas, embora possamos usar mais, mas as maiores deverão ser doze, pois este é o número que significa as Doze Leis de Cristo, que são os Doze Salvadores e os Doze Cavaleiros da Távola Redonda, que nos protegem de todo o mal, de maneira que nos seja possível, um dia, encontrar as Doze Verdades de Cristo. Deverão colocar-se, ainda, sete bengalinhas, que simbolizam as Sete Kundalinis, ou Chakras, que devemos exercitar, para mais tarde encarnarmos os nossos Poderes que divinizam. 

Para além disso, os ornamentos ou presentes que estiverem perto da Árvore de Natal representam todas as virtudes que queremos alcançar na nossa vida espiritual. Podem ser pequenas caixinhas vazias de cores variadas, que significam essas virtudes.

Na base da Árvore ou próximo dela deveremos pôr uma Vela Quadrada de cor Amarela. Acendê-la se possível na noite de Natal para que toda a simbologia natalícia se transforme num carregador de energia astral poderoso. No lado oposto da Vela, devemos pôr um recipiente com Água, que poderá ser uma pequena Jarra. A sua representação significa que devemos nos purificar com a Água e com o Fogo, para que se dê início à verdadeira construção da nossa Árvore Natalícia Interna.

A época mágica do Natal é especial para os nossos corações, porque depois de um ano de muita luta e poucas vitórias, podemos receber no final do ano a maravilhosa Energia de Cristo, que nos dá alento à alma e ao coração. 

Portanto, nesses momentos mágicos e divinos deveríamos orar, festejar e pedir bênçãos e abençoar tudo e todos, visualizando o nosso coração cheio de Luz intensa dourada e imaginar dentro desta Luz o rosto de Jesus, cheio de Glória, Alegria, Felicidade, muito Amor, Compaixão por todos os Seres e Sabedoria.

Resta-me agora desejar-vos que a Luz do Cristo Cósmico ilumine as vossas casas com esta representação esotérica maravilhosa da Árvore de Natal.

Lubélia Travassos

(Ponta Delgada, 4 de Dezembro de 2024)

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Razão de viver

Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmo. Assim, a vida que pulsa na intimidade de cada um de nós é convite de Deus para nos integrarmos a Ele, ao Universo, visto sermos Seus filhos, criados pela Sua essência amorosa.

Para cada um de nós, a busca do sentido de viver, por entender que a vida deve ter um significado especial, é a força que nos impulsiona ao próprio progresso. Os que elegemos um objetivo para viver, sejam nossos ideais, nossas necessidades ou mesmo nossas ambições, descobrimos um sentido para a própria vida. Mesmo sob pesadas tormentas, o objetivo a alcançar nos constituirá sempre a mola propulsora. Afinal, quando se tem o porquê viver, se torna de caráter secundário a forma como vivemos, desde que alcancemos o objetivo desejado.

Viktor Frankl, psiquiatra judeu, afirmou que somente venceu os suplícios dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial porque conseguiu encontrar um nobre objetivo para quando saísse de lá. Ele tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou não somente a vida, mas algo maior. Enquanto muitos resvalavam na fuga pelo suicídio, nos dias de confinamento, ele superou as dores físicas e morais, ao se apoiar nos objetivos que se propôs alcançar.

Thomas Alva Edison, após mais de dois mil experimentos, mantinha o mesmo ânimo na busca de soluções para a criação da lâmpada elétrica, impulsionado que estava pelo objetivo da descoberta.

Muitos aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram, recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade, do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.

Sem meta não se vive. Mas ela se constitui sempre de um sentido pessoal, que ninguém pode oferecer e que é particular a cada um. De outra forma, pessoas atuantes, vibrantes, quando perdem o objetivo pelo qual pautavam sua vida, resvalam nos sombrios caminhos da depressão. Assim, cabe a cada um de nós não se esquecer do significado maior da vida. Se os acontecimentos externos modificam-se, se a vida se altera, é natural que nossos objetivos também se ajustem a esse novo curso. Porém, não nos esqueçamos de que será sempre objetivo de cada um de nós a busca da construção íntima através do desenvolvimento intelectual e das conquistas morais. Será a conjugação desses dois valores que proporcionarão bem-estar interior e plenitude. Quem percebe a vida como uma oportunidade constante e inesgotável de progresso, jamais deixará de possuir objetivos, pois terá como meta maior a construção da plenitude existencial na intimidade da alma. Pensemos a respeito e, se necessário, reformulemos nossos objetivos de vida, para nos sentirmos estimulados à continuidade da luta, sem esmorecer.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A importância da oração

Conversa, pedido, agradecimento, manifestação de fé, ato de louvor ou adoração diante do que é transcendente ou divino. A oração é um ato humano de encontro ao sagrado. 

“Se eu quiser falar com Deus. Tenho que ficar a sós. Tenho que apagar a luz. Tenho que calar a voz. Tenho que encontrar a paz (...)”, a canção do mestre Gilberto Gil pode ser interpretada como uma ode à crença de cada um. Pessoas de fé. Crentes a uma divindade. Agnósticos. Ateus. Não importa. Professando uma oração ou simplesmente conversando com um Deus, a força de uma prece ou de uma reza faz parte do ser humano e tem o poder de acalentar, apaziguar, encorajar, autoconhecer-se, despertar a esperança e tornar a vida mais leve e o fardo do viver menos pesado.

Não é necessário seguir uma religião para orar. A religiosidade, o sentimento do sagrado, do saber da existência de algo maior também pode se apresentar em forma de oração, que está presente em todas as religiões e é um sopro essencial para o homem se manter sano. Seja na fé cristã, dos católicos, dos judeus, dos budistas, das religiões de matriz africana, como na umbanda, enfim, o Bem Viver hoje convida-nos a uma conexão com as palavras que nos fazem bem, tragam paz e nos coloquem no lugar do outro, respeitando-o em comunhão com todos e com as diferenças. 

O mundo está precisando de oração. Não importa o credo. E não há regras. Todo Deus prega paz, amor e respeito. Guiado por esse caminho, que cada um encontre o conforto nas palavras que irão traduzir seus anseios, apelos e buscas. Ao invocar uma oração, o homem crê em algo superior que comanda toda a complexidade do Universo e, assim, cria um diálogo permanente sentindo a presença da Providência, da suprema sabedoria de um Deus, da transcendência.

"A oração é um conforto muito grande, até para quem perdeu a esperança, porque, tomada pelo poder da oração, ela irá renascer, reencontrar o amor, que é o que importa nesta vida" Lúcia Maria dos Santos, aposentada, de 79 anos, que tem a umbanda como religião

“Curvo diante a força, dobro diante a luz. Ó força poderosa do mundo, envia uma centelha até esses pequenos que somos prostrados aos vossos pés! Afastai de nós as vibrações malignas, as palavras que ferem, os olhares que aniquilam, os pés que perseguem e os desejos que nos maltratam de longe. Ó todo-poderoso, abre para nós a senda do bem, a estrada do amor com a vossa força e a vossa luz. Que assim seja.” A oração do Divino Espírito Santo das Almas, trazida pela hierarquia espiritual da família da aposentada Lúcia Maria dos Santos, de 79 anos, é a força que a guia dentro da sua fé na umbanda, religião brasileira que sintetiza vários elementos das crenças africanas, do sincretismo católico, do cristianismo, da cultura afro-brasileira, somada aos costumes indígenas, além de influências orientais, esotéricas, místicas e kardecistas.

Para Lúcia, a oração na umbanda é igual a todas as outras. Ainda que use outras palavras, ela clama profundamente, sempre invocando Deus: “É o que fazemos. Pedimos por este mundo, que amoleça o coração das pessoas revoltadas, que nos abençoe, nos una mais e dê paz aos corações. Acredito que temos de orar diariamente, não só na hora em que precisamos. E não podemos, jamais, esquecer de agradecer”.

O AMOR

Lúcia enfatiza que a oração entrega paz ao coração: “Imediatamente nos sentimos melhor, nos traz alento e tenho certeza de que é uma forma de cura. Tenho fé em Nossa Senhora Aparecida, faço minhas orações e as recebo. Sinto vontade, tenho necessidade de orar. E como me faz bem. Acredito que Deus dá a oportunidade da graça para as pessoas de fé. A oração é um conforto muito grande, até para quem perdeu a esperança, porque, tomada pelo poder da oração, ela irá renascer, reencontrar o amor, que é o que importa nesta vida”.

Não interessa o caminho, no fim de tudo, o amor é o refúgio da humanidade. Para Bruno Gimenes, conhecido como um dos responsáveis pela expansão da espiritualidade no Brasil, diretor de Conteúdo e cofundador da instituição Luz da Serra, ainda que muitos enxerguem a oração sempre dentro de uma doutrina, ela também existe fora. Para ele, não importa o caminho religioso que a pessoa tenha escolhido, a oração é um meio universal de se conectar com o planeta, com um Deus ou, até mesmo, um momento de introspecção e autoconhecimento. “Palavras que proporcionam alívio para um sofrimento ou com o objetivo de ter paz interior são bem-vindas, independentemente de credo. Há religiões que seguem ritos, mas o que importa é a busca interior por respostas que, muitas vezes, vêm em momento de oração e meditação.”

Com mais de 16.000 visitas desde Março de 2016 até ao dia de hoje, todos e cada um de nós que vivificamos este lugar com a nossa presença e intenção de cura, de fé em prol de todos os seres no mundo, que dedicamos um voto no nosso coração, pelos mais aflitos, pelos mais necessitados, pela paz no mundo em tempos tão perturbados como os de hoje, numa Europa ameaçada pelo horror da guerra e das desigualdades, um planeta que sofre alterações climáticas cada vez mais radicais e de forma irreversível, das doenças epidêmicas globais, todos nós aqui sinalizados neste mapa, com pontos vermelhos espalhados pelo mundo, pontos de esperança e de fé, que manifestamos saber que é especialmente neste tempos que devemos voltar nossa atenção para o que de mais sagrado a humanidade ainda conserva em seu interior intacto; o laço com nossas raízes espirituais, de respeito e fraternidade, de solidariedade e de altruísmo pelas necessidades do nosso próximo. Neste artigo de Lilian Monteiro, no jornal Bem Viver, bem nos relembra que é no reencontro e respeito pelos nossos sentimentos e atitudes mais elevadas, que reencontramos a nossa própria salvação, assim como a sustentabilidade e a cura, proporcionada pelo Amor.

À comunidade de todos que por aqui passam, o meu muito Bem-Hajam, em nome de um mundo nosso, tão necessitado de pessoas de bem.🙏

Quem tem o meu respeito

O garoto frequentava o quinto ano de escolaridade quando o professor pediu para a classe uma redação que homenageasse alguém que lhes merecia respeito. A sala ficou silenciosa. Cabecinhas pensando, caneta entre os dedos, como aguardando uma ideia. A impressão inicial era de que cada qual buscava na memória a figura a quem devotava merecido respeito.

Paulo foi o primeiro a baixar a cabeça e começar a usar a caneta, registando no papel a sua veneração por alguém cuja imagem lhe acudira à memória. Como se estivesse ligado em uma bateria, escrevia e escrevia. O assunto borbulhava em sua mente e tudo ia despejando nas folhas à sua frente:

Respeito é tudo o que quero merecer um dia. Não um respeito qualquer. Quero ter o mesmo respeito que tenho por ele, o meu exemplo de vida, de homem de bem, digno, honrado. Sim, porque se eu conseguir ser a metade do que ele representa para mim, poderei me considerar um homem afortunado. Ele nasceu numa família pobre, conhecendo as dificuldades desde cedo. Sua mãe dizia que ele era tão bom que parecia ter nascido com uma estrela na testa. Enquanto seus coleguinhas corriam brincando pela rua, ele engraxava sapatos na porta do hotel próximo, para conseguir alguns trocados, que auxiliavam nas despesas do lar. Nunca perdeu um dia de aula e, tanto quanto possível, ajudava o pai em seu trabalho autônomo. Cresceu longe das diversões da maioria dos rapazes e, ao encontrar aquela que seria sua companheira de vida, fundou seu próprio lar.

Quando lhe nasceu o primeiro filho, dizem, parecia ter ganho a maior loteria, tal a alegria que registrou e o amor que lhe dedicou. Dois anos depois, ei-lo aguardando o final da gestação da esposa. Uma complicação no parto dos gêmeos impediu a permanência da sua amada junto a si e, ainda ao seu lado, ele prometeu fazer tudo o que estivesse ao seu alcance pelos seus meninos.

Nunca pensou em tornar a se casar, dedicado de maneira integral aos seus pequenos. Com sua presença, seu afeto, procurou suprir a ausência da mãe. Tinha tempo para brincar com eles, jogar bola, andar de bicicleta e verificar a lição da escola, mesmo que nem tudo entendesse. Educou-os dentro de uma moralidade ímpar, dando exemplo de como fazer as coisas da maneira mais correta.

Sempre cultivou, em casa, o amor e o respeito pela esposa que partira, assim como pelo bem viver em sua homenagem. Narrava aos filhos seus momentos de alegria e felicidades enquanto ela estivera ao seu lado. E, com tudo isso, ainda encontrava tempo para auxiliar sua mãe idosa, sempre que ela apresentasse alguma necessidade. Esmerava-se, nessas horas, em levar os três meninos consigo a fim de que aprendessem o cuidado e o apoio que são devidos aos pais idosos.

Por mais tempo que eu fique na Terra, escreveu, por fim, quero me tornar o que ele é e representa para mim. O homem a quem devo meu respeito. Mais do que tudo, meu amor e minha gratidão. Esse homem, que busco imitar, chama-se meu pai!

domingo, 1 de dezembro de 2024

Nossa Senhora dos Prazeres

Nossa Senhora dos Prazeres é um antigo título de Nossa Senhora. Em português moderno o título seria melhor compreendido como “Nossa Senhora das Alegrias”, pois esta denominação refere-se às alegrias da Virgem Maria.

OrigensA devoção à Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora dos Prazeres, originou-se em Portugal. Aconteceu por volta do ano 1590. A história conta que a imagem da Virgem apareceu em cima de uma fonte de água na cidade de Alcântara, mais precisamente numa quinta chamada quinta dos condes da Ilha.  Após o aparecimento da imagem, curas milagrosas aconteceram na vida de pessoas que iam beber água na fonte. Como era de se esperar, a notícia desses fatos espalhou-se rapidamente e o povo começou a ir em peregrinação até à fonte.

Abate os poderosos de seus tronosPor causa do movimento do povo, os donos das terras onde fica a fonte decidiram levar a imagem da Virgem para dentro de sua casa. A imagem, porém, desapareceu da casa e foi encontrada novamente sobre uma outra fonte. A segunda aparição da imagem se deu a uma menina que tinha ido a esta segunda fonte beber água. Ela viu a imagem e aproximou-se. Então, a própria Virgem Maria se manifestou e pediu que a menina levasse um recado para o povo dizendo: “Nossa Senhora pede que seja construída uma igreja no local da fonte e que lá ela seja invocada como Nossa Senhora dos Prazeres.” A convicção da menina ao relatar o fato foi tamanha, que o povo acreditou e construiu a igreja. Pouco tempo depois o local se transformou num destino de peregrinações onde muitas curas foram alcançadas.

Os sete prazeres ou alegrias de Nossa SenhoraNossa Senhora dos Prazeres é também conhecida como Nossa Senhora das Sete Alegrias.  Os franciscanos foram os responsáveis por espalhar esta devoção mariana. Isto se deve ao fato de que as sete alegrias de Nossa Senhora foram descritas por um franciscano. Vamos conhecê-las:

Primeira alegria: a Anunciação

Foi quando o Anjo Gabriel anunciou à Virgem que ela conceberia e daria à luz o Filho de Deus. (Lc 1, 31)

Segunda alegria: a saudação de Isabel

Quando Maria visita Isabel e esta a saúda dizendo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1, 42)

Terceira alegria: o Nascimento de Jesus

Jesus nasce numa manjedoura e é visitado pelos pastores. (Lc 2, 1-20)

Quarta alegria: a visitação dos Reis Magos

A ciência e o poder terreno se curvam diante do Rei dos Reis. (Mt 2, 1-12)

Quinta alegria: o encontro com Jesus no Templo aos 12 anos

Após uma busca angustiante, Maria e José encontram com Jesus no Templo conversando com os doutores da Lei. (Lc 2, 41-52)

Sexta alegria: a aparição de Jesus Ressuscitado

Todos os Evangelhos relatam as aparições de Jesus logo após sua morte e ressurreição.

Sétima alegria: a coroação de Maria no céu

É o quinto Mistério Glorioso, quando, após ser assunta ao céu, Maria é coroada como Rainha do Céu e da Terra.

Pai, Em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo, afasta de minha vida todas as pestes do pecado, fraquezas, vícios, tristezas, doenças, desarmonia no lar, e problemas financeiros. Com a intercessão de Nossa Senhora dos Prazeres, concede-me toda a alegria que necessito para estar de bem com a vida. Amém.