
“Há um lugar dentro de ti onde todas as coisas são perfeitas, pois repousam na criação de Deus. Neste lugar és amparado pela luz e pelo amor e diante disso o que poderia machucar o teu coração ou fazer-te pequeno perante a alegria de Deus? Um lugar onde a respiração é pausada porque é feita de tranquilidade. Vai e toma teu lugar ...”
RODA DA VIDA
domingo, 29 de dezembro de 2024
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Sede a vossa própria tocha! - Buda
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
orar quando?
sábado, 21 de dezembro de 2024
Até quando seremos assim?
Até quando cairemos
Sem aprender as lições da queda?
Até quando faremos escolhas egoístas...
Quando tudo aponta para uma existência de colaboração?
Até quando nos perderemos por tão pouco
Confundindo o que é meio com o que é fim?
Até quando afundaremos na lama
Segurando o fôlego, em agonia,
Desejando estar noutro lugar?
Os erros se repetem. A História se repete, em muitos aspectos. Mudam as gerações e vemos os mesmos vícios ainda tão presentes. As questões sociais, as disputas políticas, os problemas familiares. Tudo isso reflete ainda o ser em transformação lenta. Olhando assim, é bastante desanimador. No entanto, não nos enganemos e não nos permitamos contagiar pelos pessimistas de plantão. Nem por aqueles que insistem em apenas enxergar a doença e não, também, o trabalho silencioso e necessário que ela realiza na intimidade da alma humana.
As mudanças são lentas, graduais. Mas, elas têm acontecido. Basta ter olhos de ver. Há uma geração antiga, que persiste nos mesmos caminhos desastrosos. Há, também, já encarnando na Terra, há algum tempo, uma geração nova, fazendo tudo isso mudar. E, quando falamos de geração antiga e geração nova não nos referimos aos que somos mais velhos ou mais novos de idade. Referimo-nos a uma geração de hábitos e pensamentos viciados em ideias ultrapassadas, que cultivam o individualismo, o preconceito e a violência.
A geração nova, falando em termos espirituais, é aquela que está aberta ao diálogo, que sabe ouvir, que desenvolve a compaixão, que não consegue ver o próximo em sofrimento ao seu lado, sem fazer algo em seu benefício. Vivemos tempos em que as duas gerações se misturam no planeta.
A antiga, recebendo a última chance de mudar. A nova, tendo como missão liderar, influenciar e carregar multidões, pelo seu exemplo. Independente de geração, somos irmãos em evolução no planeta, aprendendo uns com os outros, diariamente. Dessa forma, a resposta para o Até quando? é individual, é de cada um.
Só você pode dizer até quando irá aceitar certas coisas como normais ou toleráveis. Só você poderá dar aquele próximo passo e dizer Chega! Não sou mais assim. Ou, Não quero mais essa vida para mim. Só você consegue estancar, pelo perdão, o ódio de séculos. Ou a raiva, de alguns dias, dizendo: Vamos deixar isso de lado e seguir adiante. Só você, com todo seu empenho e persistência, poderá dizer: Venci mais essa!
Até quando? – é uma pergunta a se fazer todos os dias. É um questionamento necessário para quem deseja crescer, ir adiante, conquistar e conquistar-se.
Até quando? - vai além de uma indignação de sofá, de quem observa o mundo em chamas, mas não é capaz de apanhar sequer um balde d’água.
É a questão da mudança, do despertar, do agora.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
A oração
Umas poucas considerações acerca da oração.
Todas as pessoas de uma ou outra forma em algum momento da sua vida recorreram a esta forma de expressar esperança e crédito sob assuntos maiores que elas mesmas.
Muitos de nós aprendemos a orar na meninice. Em consequência aprendemos juntamente com as orações mais comuns usadas em lugares de culto, a entender a oração como uma forma de socializar a um nível transpessoal, tanto na forma da fé como na forma da sua demonstração pública.
Orar é expressão de um impulso interno e vontade de partilha, de testemunho.
Essa disponibilidade no ser humano gera em si mesma, uma profusão intensa de ocorrências, que no seu auge culminam na experiencia espiritual.
Da sua dinâmica purificadora, libertadora e autodisciplinada emerge uma linguagem transmissível a vários níveis entre os seres, e consequentemente galvanizadora de um entendimento a níveis superiores comparativamente aos níveis comuns de comunicação.
Para isso conta muito, a forma e o objecto da oração.
Assim as orações que visam prejudicar são a forma mais certa de aquele que ora descer aos níveis do que deseja para os demais.
A oração que visa a obtenção de prazeres mundanos para si mesmo, é uma forma encapotada de invocar energias ainda de regiões muito negativas. Deve ser evitada já que irá ocasionar danos a si mesmo em breve curso de tempo.
Já a oração fundamentalmente motivada na evolução espiritual do orador ou ainda mais e principalmente na evolução espiritual de outras pessoas que não o orador, são uma forma segura de estar assessorada esta forma de orar, por entidades superiores ao serviço de energias muito positivas e protetoras.
Por último aquela forma de orar que deverá ser considerada a primeira por seu verdadeiro poder transformador: A oração destinada a libertar alguém de algum tipo de sofrimento. A oração de homenagear alguém, que até pode já nem estar entre nós fisicamente e que decidimos recordar somente a sua faceta mais positiva, mesmo sabendo que todos apresentamos as duas faces.
Esta forma de orar, ultrapassa as próprias palavras de que a oração se possa revestir para que se expresse. Ultrapassa as palavras que lhe dão a voz. Esta forma de orar clama diretamente junto do Criador por sua intervenção por causa não própria, e as mais altas entidades da espiritualidade não conseguem ficar insensíveis a este chamado, a este tão despojado chamamento de intervenção Divina.
É sobretudo esta forma de orar que agora convido a praticar como uma iniciação de reencontros, que agora se iniciam entre aqueles que a irão praticar e aqueles que dela irão beneficiar.
Todos temos alguém, perto ou longínquo a quem desejamos muito bem, pode ser uma pessoa que passou por nós na rua, pode ser alguém que vimos passar numa viatura do INEM ou num hospital, pode ser um parente ou nem por isso, pode ser alguém mais importante ainda, alguém que nos faz a vida num inferno, que nos trata mal ou não reconhece os nossos esforços por ser e fazer melhor.
O propósito está lançado, na verdade mais um desafio.
Estarás tu disponível para àquela hora certa, te recolheres a sós ou com alguém que contigo esteja e doares um pouco do teu tempo para o benefício de alguém necessitado ou mesmo todos os seres?
Factos sobre a oração: Já pensaste que quando acontece algo na tua vida que te aflige, e tu recolheste e ficas apreensivo, durante dias a fio, preocupado andas mais reservado, até parece que andas em oração, não caindo em gargalhada por motivos fúteis. Possivelmente até chegas a orar a pedir algum tipo de desanuviamento na tua vida ou na de alguém que te é querido.
Já reparaste que passados uns tempos, obviamente não de imediato, tantas são as vezes que as coisas começam a melhorar, tudo parece fluir melhor, até tu te sentes mais motivado, mais naturalmente equilibrado. Quantas são as vezes em que assim isso acontece, logo mais à frente deixas as tuas práticas de oração. Deixas de te conter e passas a ser mais barulhento para o exterior, a fazer mais ruido, falar mais alto, ouvir menos, pensar menos e fazer mais… afinal já está tudo melhor, já podes descontrair, digamos assim...
Já reparaste, que passados uns tempos o ciclo inicia a se repetir? Na verdade ao deixares as tuas práticas de oração, de estudo e de entrega a bens superiores, voltastes a entregar-te as tarefas ordinárias da vida de forma igualmente descuidada e até vulgar. E repara que tudo isto pode acontecer como numa peça de teatro atrás de apenas uma máscara: a máscara da tua vida.
Estou convicto que as nossas vidas não andariam aos altos e baixos, se nós também não andássemos aos altos e baixos, que afinal é o que acaba acontecendo com as nossas práticas e esforços, que refletem os nossos interesses.
Interesses superiores, qualidade de vida superior
Interesses mundanos, qualidade de vida ordinária ou vulgar, cheia de vicissitudes de todos os tipos.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Pelas pessoas a quem tivemos afeição
sábado, 14 de dezembro de 2024
O SIMBOLISMO DA ÁRVORE DE NATAL
Lubélia Travassos
(Ponta Delgada, 4 de Dezembro de
2024)
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
Razão de viver
Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmo. Assim, a vida que pulsa na intimidade de cada um de nós é convite de Deus para nos integrarmos a Ele, ao Universo, visto sermos Seus filhos, criados pela Sua essência amorosa.
Para cada um de nós, a busca do sentido de viver, por entender que a vida deve ter um significado especial, é a força que nos impulsiona ao próprio progresso. Os que elegemos um objetivo para viver, sejam nossos ideais, nossas necessidades ou mesmo nossas ambições, descobrimos um sentido para a própria vida. Mesmo sob pesadas tormentas, o objetivo a alcançar nos constituirá sempre a mola propulsora. Afinal, quando se tem o porquê viver, se torna de caráter secundário a forma como vivemos, desde que alcancemos o objetivo desejado.
Viktor Frankl, psiquiatra judeu, afirmou que somente venceu os suplícios dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial porque conseguiu encontrar um nobre objetivo para quando saísse de lá. Ele tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou não somente a vida, mas algo maior. Enquanto muitos resvalavam na fuga pelo suicídio, nos dias de confinamento, ele superou as dores físicas e morais, ao se apoiar nos objetivos que se propôs alcançar.
Thomas Alva Edison, após mais de dois mil experimentos, mantinha o mesmo ânimo na busca de soluções para a criação da lâmpada elétrica, impulsionado que estava pelo objetivo da descoberta.
Muitos aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram, recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade, do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.
Sem meta não se vive. Mas ela se constitui sempre de um sentido pessoal, que ninguém pode oferecer e que é particular a cada um. De outra forma, pessoas atuantes, vibrantes, quando perdem o objetivo pelo qual pautavam sua vida, resvalam nos sombrios caminhos da depressão. Assim, cabe a cada um de nós não se esquecer do significado maior da vida. Se os acontecimentos externos modificam-se, se a vida se altera, é natural que nossos objetivos também se ajustem a esse novo curso. Porém, não nos esqueçamos de que será sempre objetivo de cada um de nós a busca da construção íntima através do desenvolvimento intelectual e das conquistas morais. Será a conjugação desses dois valores que proporcionarão bem-estar interior e plenitude. Quem percebe a vida como uma oportunidade constante e inesgotável de progresso, jamais deixará de possuir objetivos, pois terá como meta maior a construção da plenitude existencial na intimidade da alma. Pensemos a respeito e, se necessário, reformulemos nossos objetivos de vida, para nos sentirmos estimulados à continuidade da luta, sem esmorecer.
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
A importância da oração
Conversa, pedido, agradecimento, manifestação de fé, ato de louvor ou adoração diante do que é transcendente ou divino. A oração é um ato humano de encontro ao sagrado.
“Se eu quiser falar com Deus. Tenho que ficar a sós. Tenho que apagar a luz. Tenho que calar a voz. Tenho que encontrar a paz (...)”, a canção do mestre Gilberto Gil pode ser interpretada como uma ode à crença de cada um. Pessoas de fé. Crentes a uma divindade. Agnósticos. Ateus. Não importa. Professando uma oração ou simplesmente conversando com um Deus, a força de uma prece ou de uma reza faz parte do ser humano e tem o poder de acalentar, apaziguar, encorajar, autoconhecer-se, despertar a esperança e tornar a vida mais leve e o fardo do viver menos pesado.
Não é necessário seguir uma religião para orar. A religiosidade, o sentimento do sagrado, do saber da existência de algo maior também pode se apresentar em forma de oração, que está presente em todas as religiões e é um sopro essencial para o homem se manter sano. Seja na fé cristã, dos católicos, dos judeus, dos budistas, das religiões de matriz africana, como na umbanda, enfim, o Bem Viver hoje convida-nos a uma conexão com as palavras que nos fazem bem, tragam paz e nos coloquem no lugar do outro, respeitando-o em comunhão com todos e com as diferenças.
O mundo está precisando de oração. Não importa o credo. E não há regras. Todo Deus prega paz, amor e respeito. Guiado por esse caminho, que cada um encontre o conforto nas palavras que irão traduzir seus anseios, apelos e buscas. Ao invocar uma oração, o homem crê em algo superior que comanda toda a complexidade do Universo e, assim, cria um diálogo permanente sentindo a presença da Providência, da suprema sabedoria de um Deus, da transcendência.
"A oração é um conforto muito grande, até para quem perdeu a esperança, porque, tomada pelo poder da oração, ela irá renascer, reencontrar o amor, que é o que importa nesta vida" Lúcia Maria dos Santos, aposentada, de 79 anos, que tem a umbanda como religião
“Curvo diante a força, dobro diante a luz. Ó força poderosa do mundo, envia uma centelha até esses pequenos que somos prostrados aos vossos pés! Afastai de nós as vibrações malignas, as palavras que ferem, os olhares que aniquilam, os pés que perseguem e os desejos que nos maltratam de longe. Ó todo-poderoso, abre para nós a senda do bem, a estrada do amor com a vossa força e a vossa luz. Que assim seja.” A oração do Divino Espírito Santo das Almas, trazida pela hierarquia espiritual da família da aposentada Lúcia Maria dos Santos, de 79 anos, é a força que a guia dentro da sua fé na umbanda, religião brasileira que sintetiza vários elementos das crenças africanas, do sincretismo católico, do cristianismo, da cultura afro-brasileira, somada aos costumes indígenas, além de influências orientais, esotéricas, místicas e kardecistas.
Para Lúcia, a oração na umbanda é igual a todas as outras. Ainda que use outras palavras, ela clama profundamente, sempre invocando Deus: “É o que fazemos. Pedimos por este mundo, que amoleça o coração das pessoas revoltadas, que nos abençoe, nos una mais e dê paz aos corações. Acredito que temos de orar diariamente, não só na hora em que precisamos. E não podemos, jamais, esquecer de agradecer”.
O AMOR
Lúcia enfatiza que a oração entrega paz ao coração: “Imediatamente nos sentimos melhor, nos traz alento e tenho certeza de que é uma forma de cura. Tenho fé em Nossa Senhora Aparecida, faço minhas orações e as recebo. Sinto vontade, tenho necessidade de orar. E como me faz bem. Acredito que Deus dá a oportunidade da graça para as pessoas de fé. A oração é um conforto muito grande, até para quem perdeu a esperança, porque, tomada pelo poder da oração, ela irá renascer, reencontrar o amor, que é o que importa nesta vida”.
Não interessa o caminho, no fim de tudo, o amor é o refúgio da humanidade. Para Bruno Gimenes, conhecido como um dos responsáveis pela expansão da espiritualidade no Brasil, diretor de Conteúdo e cofundador da instituição Luz da Serra, ainda que muitos enxerguem a oração sempre dentro de uma doutrina, ela também existe fora. Para ele, não importa o caminho religioso que a pessoa tenha escolhido, a oração é um meio universal de se conectar com o planeta, com um Deus ou, até mesmo, um momento de introspecção e autoconhecimento. “Palavras que proporcionam alívio para um sofrimento ou com o objetivo de ter paz interior são bem-vindas, independentemente de credo. Há religiões que seguem ritos, mas o que importa é a busca interior por respostas que, muitas vezes, vêm em momento de oração e meditação.”
À comunidade de todos que por aqui passam, o meu muito Bem-Hajam, em nome de um mundo nosso, tão necessitado de pessoas de bem.🙏
Quem tem o meu respeito
O garoto frequentava o quinto ano de escolaridade quando o professor pediu para a classe uma redação que homenageasse alguém que lhes merecia respeito. A sala ficou silenciosa. Cabecinhas pensando, caneta entre os dedos, como aguardando uma ideia. A impressão inicial era de que cada qual buscava na memória a figura a quem devotava merecido respeito.
Paulo foi o primeiro a baixar a cabeça e começar a usar a caneta, registando no papel a sua veneração por alguém cuja imagem lhe acudira à memória. Como se estivesse ligado em uma bateria, escrevia e escrevia. O assunto borbulhava em sua mente e tudo ia despejando nas folhas à sua frente:
Respeito é tudo o que quero merecer um dia. Não um respeito qualquer. Quero ter o mesmo respeito que tenho por ele, o meu exemplo de vida, de homem de bem, digno, honrado. Sim, porque se eu conseguir ser a metade do que ele representa para mim, poderei me considerar um homem afortunado. Ele nasceu numa família pobre, conhecendo as dificuldades desde cedo. Sua mãe dizia que ele era tão bom que parecia ter nascido com uma estrela na testa. Enquanto seus coleguinhas corriam brincando pela rua, ele engraxava sapatos na porta do hotel próximo, para conseguir alguns trocados, que auxiliavam nas despesas do lar. Nunca perdeu um dia de aula e, tanto quanto possível, ajudava o pai em seu trabalho autônomo. Cresceu longe das diversões da maioria dos rapazes e, ao encontrar aquela que seria sua companheira de vida, fundou seu próprio lar.
Quando lhe nasceu o primeiro filho, dizem, parecia ter ganho a maior loteria, tal a alegria que registrou e o amor que lhe dedicou. Dois anos depois, ei-lo aguardando o final da gestação da esposa. Uma complicação no parto dos gêmeos impediu a permanência da sua amada junto a si e, ainda ao seu lado, ele prometeu fazer tudo o que estivesse ao seu alcance pelos seus meninos.
Nunca pensou em tornar a se casar, dedicado de maneira integral aos seus pequenos. Com sua presença, seu afeto, procurou suprir a ausência da mãe. Tinha tempo para brincar com eles, jogar bola, andar de bicicleta e verificar a lição da escola, mesmo que nem tudo entendesse. Educou-os dentro de uma moralidade ímpar, dando exemplo de como fazer as coisas da maneira mais correta.
Sempre cultivou, em casa, o amor e o respeito pela esposa que partira, assim como pelo bem viver em sua homenagem. Narrava aos filhos seus momentos de alegria e felicidades enquanto ela estivera ao seu lado. E, com tudo isso, ainda encontrava tempo para auxiliar sua mãe idosa, sempre que ela apresentasse alguma necessidade. Esmerava-se, nessas horas, em levar os três meninos consigo a fim de que aprendessem o cuidado e o apoio que são devidos aos pais idosos.
Por mais tempo que eu fique na Terra, escreveu, por fim, quero me tornar o que ele é e representa para mim. O homem a quem devo meu respeito. Mais do que tudo, meu amor e minha gratidão. Esse homem, que busco imitar, chama-se meu pai!
domingo, 1 de dezembro de 2024
Nossa Senhora dos Prazeres
Nossa Senhora dos Prazeres é um antigo título de Nossa Senhora. Em português moderno o título seria melhor compreendido como “Nossa Senhora das Alegrias”, pois esta denominação refere-se às alegrias da Virgem Maria.
Origens: A devoção à Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora dos Prazeres, originou-se em Portugal. Aconteceu por volta do ano 1590. A história conta que a imagem da Virgem apareceu em cima de uma fonte de água na cidade de Alcântara, mais precisamente numa quinta chamada quinta dos condes da Ilha. Após o aparecimento da imagem, curas milagrosas aconteceram na vida de pessoas que iam beber água na fonte. Como era de se esperar, a notícia desses fatos espalhou-se rapidamente e o povo começou a ir em peregrinação até à fonte.
Abate os poderosos de seus tronos: Por causa do movimento do povo, os donos das terras onde fica a fonte decidiram levar a imagem da Virgem para dentro de sua casa. A imagem, porém, desapareceu da casa e foi encontrada novamente sobre uma outra fonte. A segunda aparição da imagem se deu a uma menina que tinha ido a esta segunda fonte beber água. Ela viu a imagem e aproximou-se. Então, a própria Virgem Maria se manifestou e pediu que a menina levasse um recado para o povo dizendo: “Nossa Senhora pede que seja construída uma igreja no local da fonte e que lá ela seja invocada como Nossa Senhora dos Prazeres.” A convicção da menina ao relatar o fato foi tamanha, que o povo acreditou e construiu a igreja. Pouco tempo depois o local se transformou num destino de peregrinações onde muitas curas foram alcançadas.
Os sete prazeres ou alegrias de Nossa Senhora: Nossa Senhora dos Prazeres é também conhecida como Nossa Senhora das Sete Alegrias. Os franciscanos foram os responsáveis por espalhar esta devoção mariana. Isto se deve ao fato de que as sete alegrias de Nossa Senhora foram descritas por um franciscano. Vamos conhecê-las:
Primeira alegria: a Anunciação
Foi quando o Anjo Gabriel anunciou à Virgem que ela conceberia e daria à luz o Filho de Deus. (Lc 1, 31)
Segunda alegria: a saudação de Isabel
Quando Maria visita Isabel e esta a saúda dizendo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1, 42)
Terceira alegria: o Nascimento de Jesus
Jesus nasce numa manjedoura e é visitado pelos pastores. (Lc 2, 1-20)
Quarta alegria: a visitação dos Reis Magos
A ciência e o poder terreno se curvam diante do Rei dos Reis. (Mt 2, 1-12)
Quinta alegria: o encontro com Jesus no Templo aos 12 anos
Após uma busca angustiante, Maria e José encontram com Jesus no Templo conversando com os doutores da Lei. (Lc 2, 41-52)
Sexta alegria: a aparição de Jesus Ressuscitado
Todos os Evangelhos relatam as aparições de Jesus logo após sua morte e ressurreição.
Sétima alegria: a coroação de Maria no céu
É o quinto Mistério Glorioso, quando, após ser assunta ao céu, Maria é coroada como Rainha do Céu e da Terra.