Não vos ocupeis com as palavras ásperas, faltas ou negligência alheias, mas, sim, sede consciente de vossas próprias palavras, atos e negligências. Semelhante às belas flores coloridas, mas sem perfume, são infrutíferas as belas palavras dos que as dizem, mas não as seguem. Assim como o vasto oceano está impregnado de um único sabor, o sabor do sal, também, ó discípulos, meus ensinamentos estão impregnados de um único sabor: o sabor da Libertação Buda
O veneno não penetra na mão onde não há ferida, nem o mal atinge aquele que não o pratica. Todos os seres são Budas desde o início;
É como o gelo e a água;
Sem água, não existe gelo,
Seres sensíveis exteriores, onde buscamos o Buda?
Não sabendo quão perto está a Verdade, as pessoas a buscam em lugares distantes …
Elas são como aquele que no meio da água, sedento, grita implorando por ela.
Embora um homem conquiste numa batalha mil vezes mil homens, o maior vitorioso em batalha seria em verdade aquele que conquistasse a si mesmo.
Longa é a noite para quem vela;
longo é o caminho para quem está cansado;
Longo é o samsara para os tolos que desconhecem o sublime Darma.
"São meus esses filhos, é minha essa riqueza", assim o tolo se aflige.
Na verdade ele mesmo não é de si próprio, muito menos os filhos e a riqueza.
OS OITO PRECEITOS PARA TODA A VIDA
Assumo o preceito de abster-me de destruir os seres vivos.
Assumo o preceito de abster-me de tomar o que não me foi dado.
Assumo o preceito de abster-me de má conduta sexual.
Assumo o preceito de abster-me de falar mentiras.
Assumo o preceito de abster-me da fala maliciosa.
Assumo o preceito de abster-me da fala ríspida.
Assumo o preceito de abster-me de fazer intrigas.
Assumo o preceito de abster-me de bebidas intoxicantes e de
drogas que causam perturbação a mente.
Não fazer o mal, praticar o bem
Purificar a mente
Este é o ensinamento do Buda.
A mente é instável e caprichosa, difícil de ser vigiada, correndo para onde lhe apraz; Dominá-la é grande bem; é uma fonte de alegria.
Mesmo quando eu faço coisas para o bem dos outros
Nenhuma surpresa ou vaidade surge em mim.
É apenas como sentir a mim mesmo;
Eu não espero nada em troca.
Que alguém estabeleça primeiramente a si próprio no que é correto, e só então os outros instrua. Assim fazendo, o sábio não se corromperá.
Em definitivo, a razão pela qual o amor e a compaixão proporcionam o máximo de felicidade, é que a nossa natureza os estima acima de tudo.
As práticas espirituais só adquirem seu sentido na vida quotidiana. A relação com nossos pais, esposa, marido, filhos e colegas de trabalho, e também com os seres em todos os planos da existência, material e sutil, isto é o termómetro da prática.
O cultivo da bondade do coração ao longo de todo o quotidiano, a prática da virtude, compaixão, equanimidade, amor e alegria, esse é o caminho da iluminação.
Quando estudamos o budismo, estamos estudando a nós mesmos, à natureza de nossas próprias mentes. Ao invés de focalizar algum ser supremo, o budismo enfatiza assuntos mais práticos; por exemplo, como lidar com nossas vidas, como integrar nossas mentes e como manter nossas vidas quotidianas pacíficas e sadias. Em outras palavras, o budismo sempre acentua o conhecimento-sabedoria experiencial, ao invés de alguma visão dogmática. De facto, nem mesmo consideramos o budismo como uma religião no sentido comum do termo.
Do ponto de vista dos mestres, os ensinamentos budistas estão mais para o campo da filosofia, ciência ou psicologia.
A compaixão e o amor são as virtudes mais preciosas da vida. Por serem muito simples, são difíceis de serem colocados em prática. A compaixão só poderá ser plenamente cultivada à medida que se reconhece que cada ser humano é parte da humanidade e pertencente à família humana, independente de religião, raça, cultura, cor e ideologia. A verdade é que não há diferença alguma entre os seres humanos.
Devemos desenvolver (…) o veículo interior e universal: respeitar aos outros como respeitamos a nós mesmos, colocar os outros em nosso lugar e partilhar nosso tempo com eles; na verdade, dar-nos aos outros. A capacidade de realizar isso é nossa maior dádiva e o mais elevado potencial humano. A bondade e a sensibilidade infinitas às necessidades imediatas e fundamentais dos outros conduzem à totalidade humana — algo que cada um de nós pode definitivamente alcançar.
Deve haver um equilíbrio entre o progresso espiritual e o material. Atinge-se esse equilíbrio por meio de princípios enraizados no amor e na compaixão. O amor e a compaixão são a essência de todas as religiões, que têm muito a aprender entre si. O objetivo primordial de todas as religiões é criar seres humanos mais tolerantes, mais compassivos e menos egoístas.
A dádiva de aprender a meditar é o maior presente que você pode se dar nesta vida. Porque é apenas através da meditação que você pode empreender a jornada para descobrir sua verdadeira natureza e assim encontrar a estabilidade e a confiança de que necessitará para viver e morrer bem. A meditação é o caminho para a iluminação.
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