As palavras de Jesus têm sido estudadas e analisadas ao longo do tempo pelos homens.
Algumas delas ainda hoje nos parecem estranhas, seja porque a forma que as várias traduções lhe deram as tenham deturpado, seja porque ainda não foram compreendidas por nós.
Dentre essas, uma das frases que tem intrigado a mente estudiosa é a que pronunciou enquanto na cruz: Deus meu, Deus meu, por que me glorificaste?
Essa expressão atesta a perfeita ciência de Jesus ao propósito para o qual viera à Terra.
Ele, o Pastor desta Humanidade, desejou vir ter com o Seu rebanho para guiá-lo mais precisamente. Para mostrar que o reino dos céus pode ser por todos conquistado.
E, particularmente, para leccionar o amor.
Ele tinha plena consciência do que viria a sofrer, considerando a ignorância dos homens da época.
Ao entender que está sendo glorificado no Seu sacrifício, manifesta a plena adesão à missão que assumira.
Se Ele assim procedeu, outros que lhe seguiram o exemplo, igualmente o fizeram.
Narra-se que o rabi Akiba, ao ser torturado, sorriu e porque lhe fosse indagado pelo general romano por que sorria, respondeu:
Durante toda minha vida tenho aprendido que devia amar o Senhor meu Deus com todo o meu coração, com toda minha vida, com todas as minhas forças.
Jamais pude amá-lO com toda minha vida senão agora. Por isso estou feliz.
Também como Jesus, os Apóstolos, com excepção de João, que teve morte natural, em avançada idade, sofreram torturas e morte dolorosas.
E não vacilaram em momento algum. Testemunho de fé. Compromisso com a missão abraçada.
Outra frase de Jesus, enquanto padecia a agonia da crucificação, é de superior exemplificação. Ele se expressa dizendo: Tenho sede.
Natural. Ele sofrera o suplício dos açoites e da colocação da coroa de espinhos, na noite anterior, o que O levara à perda de sangue.
Desde a ceia que fizera com os discípulos, antes da prisão, não mais comera, nem bebera.
O esforço da caminhada até o alto do Gólgota, lhe consumira as energias. Estava desidratado.
Então, conforme o costume, os soldados embeberam uma esponja em vinagre e mirra, mistura que constituía um narcótico para diminuir as agruras das dores da crucificação.
Colocaram-na em uma vara e a levaram aos lábios de Jesus. Ele a recusou.
Desejava estar íntegro, consciente, até o final.
Como Modelo e Guia, não poderia proceder de forma diferente.
Se ensinava por palavras, agia de forma condizente ao que leccionava. Modelo do verdadeiro líder. Do autêntico instrutor.
Finalmente, verificando que a hora derradeira se aproximava, Seus lábios se abrem para dizer mais uma frase: Pai, em tuas mãos entrego meu espírito.
Palavras de Jesus. Ensinamentos preciosos. Quanto ainda nos compete compulsar os Evangelhos, ler e reler Seus ditos e Seus feitos.
O mundo necessita muito da presença de Jesus. E nós, os cristãos, nos devemos esmerar em mergulhar a mente e embeber o coração nesses conteúdos, a fim de traduzi-los em conduta e expressões.
Pensemos nisso.
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