RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Ante o Novo Ano

Ao finalizar o ano 1900, muitos pensadores argumentavam que o raiar do Século XX marcaria o fim da fase religiosa da História. Mas cá estamos, no Século XXI e a mensagem do Cristo está bem viva e forte no pensamento e no coração de incontáveis pessoas.

Voltaire, escritor francês do Século XVIII, imbuído desse espírito cristão, teve oportunidade de produzir excelentes peças de caráter religioso. Neste início de mais um ano, é importante revermos tais escritos que nos remetem a uma profunda fé em Deus. Exatamente aquele Deus que Jesus nos revelou como o Pai de todos nós. Um Pai que ama e por amor nos sustenta os dias. 

Deus de todos os seres, de todos os mundos, de todos os tempos. Se é permitido a frágeis criaturas, não percebidas para o resto do Universo, atrever-se a Te pedir algo, a Ti, que tudo nos tens dado; A Ti, cujos decretos são imutáveis e eternos.

Olha com piedade os erros de nossa natureza. Que esses erros não sejam calamidades.

Afinal não nos deste o coração para nos aborrecer e as mãos para nos agredir.

Faze com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e fugaz.

Que as pequenas diferenças entre os trajes que cobrem nossos frágeis corpos,

 entre nossas insuficientes linguagens;

 entre nossos ridículos usos,

 entre nossas imperfeitas leis,

 entre nossas insensatas opiniões,

 entre nossas condições tão desproporcionadas aos nossos olhos e tão iguais diante de ti;

 que todos esses matizes, enfim, 

que distinguem os átomos chamados homens,

 não sejam sinais de ódio e de perseguição.

Que aqueles que acendem velas em pleno meio-dia para Te celebrar, 

tolerem os que se contentam com a luz de Teu sol.

Que os que cobrem seus trajes com tela branca para dizer que devemos amar, 

não detestem os que fazem o mesmo sob uma capa de lã negra.

Que seja igual adorar-Te em dialeto formado de uma língua antiga e em uma recém-formada.

Que todos os homens se recordem de que são irmãos!

Se os açoites da guerra forem inevitáveis, 

dá-nos condições de não nos desesperarmos.

Que não nos destrocemos uns aos outros em tempos de paz.

Que empreguemos o instante de nossa existência em bendizer em milhares de idiomas, 

desde o Sião até a Califórnia, 

Tua bondade que nos concedeu este instante.

*   *   *

Originados da mesma fonte, amparados pelo mesmo Pai, todos os homens somos irmãos. Se as fronteiras nos dividem em países e nações, se os idiomas nos criam dificuldades de comunicação, se as distâncias nos impedem de nos entrelaçarmos, a vibração da fraternidade deve vigorar em nossos corações. Todos fomos criados por amor, somos filhos da Luz e destinados à luz.

Por ora, e somente por agora, nos situamos em painéis diferentes. Mas um dia, além do corpo, transcorrido todo o caminho, todos chegaremos ao mesmo fim. A Casa do Pai. A perfeição.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Só por hoje

Eu escolho as cores com que pinto a paisagem de meus olhos

O grau de doçura com que moldo as palavras que chegam aos meus ouvidos

A paciência que me imponho para compreender a erosão sentida em meu redor

Com gratidão aprecio e saboreio as dádivas da terra e o amor na sua confeção

Com que generosidade perfumo as minhas mãos, pela ação  de perfumar as dos outros

Abrir meu coração à Presença Amada, espelho de todos os seres

Só por hoje, todos os dias

a escolha é minha



domingo, 27 de dezembro de 2020

Quem era Esse Homem?

Quem era Esse Homem? Desceu das estrelas e aninhou-se no seio de uma jovem mulher, a fim de vir à luz. Teve por pai um carpinteiro e com ele aprendeu o ofício, embora Suas mãos já tivessem amoldado substâncias celestes, formando o próprio planeta em que veio habitar. Habituado à harmonia celeste, deixou que o vento cantasse melodias em Sua cabeleira e que as areias lhe fustigassem a face.

Amou Sua mãe com devoção. Logo iniciado Seu Messianato, retornou ao lar para vê-la e a acompanhou às bodas a que fora convidada. Obedeceu-lhe ao pedido e ofertou aos convivas o líquido especial para os despertar para a realidade. Em agonia, recordou de a entregar aos cuidados de um jovem idealista, preocupando-se com o que lhe poderia suceder, após a Sua partida.

Quem era Esse Homem? Andou por estradas poeirentas, campos cultivados, às margens de um lago, lecionando o amor. Viveu em uma época de desmandos, de corrupção dos costumes, de licenciosidades. No entanto, manteve-se íntegro, embora movimentando-se entre pessoas consideradas de má conduta. Estendeu Suas bênçãos aos pobres deserdados da sorte tanto quanto aos detentores de poder econômico e certa supremacia social, a uns e outros ofertando das Suas luzes. Líder de um grupo que elegeu para assumir a preciosa missão de dar continuidade à Sua proposta, os incentivou a que deixassem fluir as suas qualidades interiores.

Vós sois deuses! – Afirmou. E podeis fazer tudo o que faço e muito mais. Ensinou que todos os homens são herdeiros do Universo infinito, imensurável. Todos filhos do mesmo Pai, embora vivendo sob tetos diversos, em terras distantes uns dos outros e falando línguas estranhas. Quem era Esse Homem a quem os Espíritos obedeciam e se rendiam? Senhor dos Espíritos - O chamavam.

Quem era Esse Homem que fazia cessar as dores, devolvia movimentos a corpos paralisados, a vista aos cegos e a palavra aos mudos?

Quem era Esse Homem que, em menos de três anos, revolucionou o mundo do pensamento sem nada ter escrito? Que reuniu ao Seu redor, nada menos de cinco centenas de trabalhadores para darem continuidade ao Seu legado? Que, ao partir, deixou semeadura tão grande que até hoje, transcorridos mais de dois mil anos, ainda não se esgotou?

Quem era Esse Homem tão grande que não coube na História, dividindo-a entre antes e depois d´Ele?

Diziam que Ele era o filho de um carpinteiro de nome José e de uma mulher chamada Maria. Nascido em Belém, viveu exilado no Egito. Depois, cresceu em Nazaré e morreu na capital religiosa da época, Jerusalém. Terra dos profetas.

Quem era Esse Homem?

Um dia, um raio de luz deixou a amplidão dos céus e veio viver entre os homens. Mais brilhante que o sol, escondeu Seu brilho nos trajos do mais simples carpinteiro. Ele era Luz. Veio para as sombras e as sombras tentaram empanar-lhe o brilho. Destruíram a ânfora onde se aninhava a Luz. Então, liberta, ela brilhou ainda mais intensamente e até hoje enche o infinito das nossas necessidades.

Seu nome é... Jesus.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

O Homem dos estranhos discursos

Os Seus eram os mais estranhos discursos que a Terra já ouvira ou tornaria a ouvir.

Ele se afirmava Filho do homem. E foi preciso que os séculos se sucedessem para que pudéssemos entender que Ele assim se denominava porque não pertencia a esta Humanidade. Veio para cá uma única vez com objetivo bem específico: ensinar a Lei de amor, exemplificá-la em todos os matizes e sob os mais diferentes aspectos.

Quando todos os grandes da Terra têm seus palácios, seus domínios, seus vassalos, Ele dizia que as cobras tinham seus covis, as árvores tinham seus ninhos. Mas Ele, o Filho do homem, não tinha uma pedra sequer para repousar a cabeça. Era o ensino do desprendimento dos bens materiais, da sua desnecessidade quando a finalidade é revolucionar o pensamento de toda uma Humanidade como Ele o fez. De forma tão radical, que assinalou a Sua passagem pelo planeta, dividindo a História entre antes e depois d´Ele.

Antes, era a lei do olho por olho. Lei de talião.

Com Ele, inaugura-se a era do amor, da busca do outro, do importar-se com o semelhante. Aprendemos que a estrela solar é a luz que ilumina nosso planeta. Mas, Ele se afirmava a luz do mundo. Estrela de primeira grandeza, astro do dia. Quem andasse com Ele, não andaria em trevas. Não se referia à luz física, de que necessitamos para as nossas noites. Falava da luz que ilumina sempre, que rompe as trevas da ignorância, da maldade. Luz do mundo. Afirmou que éramos filhos da luz. Gerados pela luz divina. Lucigênitos.

Por isso, o convite para que deixemos brilhar a nossa luz.  Luz da nossa inteligência, do nosso amor. Mais ainda, afirmou que se nossos olhos fossem bons, todo nosso corpo seria luz. Olhos bons de ver o belo, refletir o bem. Olhos de compreensão. 

Um Homem de estranhos discursos.

Quando almejamos defender mais direitos e menos deveres, Ele aconselhava a que se alguém nos convocasse a andar mil passos, andássemos até dois mil. Que dizeres são esses para uma Humanidade ainda tão ignorante? Ceder ao outro, não revidar ao mal, perdoar ao inimigo. Orar pelos que nos perseguem e caluniam. Quem pode entender esses discursos? Quem os pode seguir?

O Homem de estranhas falas teve muitos seguidores.

Na Úmbria, um jovem cantor produziu versos de louvor aos céus, ao Criador, à natureza. Recordou que o melhor era doar-se. E propôs a reconstrução do pensamento crístico para felicidade do homem.

Na Índia, uma mulher franzina foi ao encontro dos pobres mais pobres, com sua fé e sua persistência no amor.

Na Bahia, outra mulher, pequena, enferma, atraiu a si todos os deserdados da alegria, da saúde, da fartura para lhes oferecer o pão, o medicamento, a ventura de se sentirem seres humanos.

O Homem de estranhos discursos tem sua vida vasculhada até hoje. Há os que dizem que Ele foi uma invenção para acalentar infelizes. Há os que afirmam que Ele não passou de um profeta que andou pelas estradas falando coisas que ninguém entendia. Aqueles que O encontramos na intimidade do coração, simplesmente O amamos. Jesus, o Homem dos discursos recheados de amor e de sabedoria.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O abraço que eu não posso te dar.

Vai, enfim, na forma de oração;

De pensamento

Uma porção.

Assim, difícil de explicar.


 Vai valente, pulsante,

Vai na corrente de ar.

Vai agora, neste instante,

Não dá pra segurar.


 Há tanto jeito de abraçar:

O canto,

O verso,

O pão que eu faço,

Feliz em compartilhar.


O abraço que eu não posso te dar

Vai certeiro pelo ar.

Vai seguir teus passos

E ao teu lado sempre estar.


Sentimos falta do abraço. É de nossa cultura a expressão afetuosa que envolve o toque, o contato físico. Sabe-se que o abraço carinhoso tem um poder sem igual, revitalizante e curador. Segundo alguns estudiosos, o abraço amplia nosso sentimento de autoaceitação, minimiza ansiedade e estresse, libera dopamina, o hormônio do humor e da motivação. Além disso, fortalece nossas conexões, possibilitando o exercício do perdão, apoio e amor. Em resumo, é essencial para nossas vidas.

Mas, o que fazer quando ele nos falta?

O que fazer quando, para preservar o outro, somos obrigados a nos manter afastados fisicamente?

É aí que entra nossa criatividade e também o conhecimento da realidade do Espírito. Há muitas outras formas de abraçar. A parte física do abraço é apenas uma pequena porção de uma expressão muito maior. Quem abraça não é o corpo. Abraçamos utilizando este corpo, que hoje existe e amanhã não existirá mais. Abraçamos com a alma, ou com o coração, utilizando dessa referência tão comum na esfera dos nossos sentimentos. Quando oramos por alguém, com sinceridade, estamos abraçando. Quando telefonamos para saber como o outro está, oferecendo alguns minutos para ouvir, doando nosso sorriso, nosso ombro amigo, estamos abraçando. Quando fazemos uma gentileza, alguma produção própria com a qual presenteamos as pessoas, estamos igualmente abraçando. Quando, finalmente, abrimos nosso coração, proferindo doces palavras, destacando qualidades, expressando nossa admiração, nosso amor a alguém, estamos lhe dando um forte e poderoso abraço. Assim, não nos preocupemos em demasia pela falta do contato físico temporal. Encontremos outras formas de nos relacionarmos.

Continuemos doando o abraço, o carinho, o interesse, de diferentes formas. Alguns escrevem poemas expressando seu amor. Outros alimentam e cozinham algo de especial, pensando no próximo. Alguns enviam seu canto para consolar. Há aqueles que oram, enviando o abraço dos fluidos invisíveis que revigoram tanto aquele que oferece quando aquele que recebe. Lembremos que somos Espírito e temos um corpo. Quem abraça é o Espírito. Então, pensemos de que forma podemos abraçar à distância.

Cada um encontrará o seu jeitinho, a sua maneira, dentro de suas possibilidades infinitas de Espírito, neste Universo onde tudo está conectado. Estamos mais próximos uns dos outros do que imaginamos. A conexão entre a criatura e o Criador é de nossa essência. Também o laço existente entre todos os filhos do Grande Pai.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

O grande movimento

Os que temos a certeza das vidas sucessivas sabemos que os Espíritos realizam sobre a Terra, quando encarnados, suas missões. Os que temos bom senso, raciocínio claro, de igual maneira assim pensamos. Nada nos é dado de forma mágica. Podemos receber intuições dos amigos espirituais, mas realizar o trabalho compete aos que nos encontramos no planeta. Dessa forma, quando uma invenção, uma nova técnica, algo que beneficie a Humanidade precisa ser apresentado ao mundo, um Espírito renasce entre nós e a isso se dedica.

Como homem, como dizia Thomas Edison, com sua transpiração, seu suor, acrescenta sua gema preciosa na coroa da sabedoria humana. Periodicamente, observamos que alguns grandes vultos do passado retornam, nem sempre para atuar no mesmo campo que ilustraram anteriormente. Desde alguns anos, temos visto proliferarem os pequenos gênios. Crianças que se sobressaem nas ciências, avançam na astronomia, estarrecem com sua profunda filosofia. Também e em expressivo número temos observado a precocidade no campo da música. Crianças que conduzem orquestras sinfônicas, que executam peças clássicas, em tenra idade. Dominam os instrumentos e parecem ter a pauta da música erudita em sua mente. 

Um exemplo é a britânica Alma Elizabeth Deuscher. 


Aos dois anos, iniciou seus estudos na música. Ela é pianista, violinista e cantora. Nascida em 2005, aos seis anos, compôs uma Sonata para piano e aos nove, um Concerto para violino, com mais de trinta e cinco minutos de execução. Aos doze anos, compôs um Concerto para piano, que foi apresentado pela primeira vez no Festival de Verão da Caríntia, em 2017, pela Orquestra de Câmara de Viena.


Como um grande compositor, ela descreve a sua criação, em detalhes, dizendo o significado de cada movimento da peça: o conflito entre a escuridão e a luz; o movimento de tristeza até o final, em que parece haver uma discussão entre o solista e a orquestra. 

Mas, no encerramento, ambos fazem as pazes e continuam a brincar felizes juntos. Ela apareceu na imprensa pelo fenômeno das redes sociais. Um amigo criou um canal no YouTube para compartilhar com a família as composições da menina. Os vídeos viralizaram e os repórteres surgiram.


Sua performance no palco demonstra leveza, e expressividade em alta concentração. Parece estar se divertindo, com o domínio que tem sobre si e sobre a plateia. Falando da ópera Cinderella, iniciada aos nove e finalizada aos doze anos, Alma se preocupa em apresentar a inteligência da personagem principal. Em sua versão, Cinderela é uma compositora que perde seus sapatos. Dessa forma, Alma recria o conto de fadas à sua maneira. Uma Cinderela não somente bonita, mas com sua própria mente e seu próprio espírito. Ouvindo-a e a sua história de vida, nos perguntamos: Será Mozart retornando?


Que importa?


Mozart, Beethoven, Listz, Chopin. Ou talvez outro músico que no passado não galgou os degraus da fama. O importante é sabermos que, graças a criaturas assim, o mundo está ficando melhor, embora as tragédias, as dores e problemas tão presentes. O mundo está se enchendo de harmonia. E nossos corações agradecem.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

O mal que eu faço

 Não é o mal que me fazem que realmente me faz mal, mas sim o mal que eu faço. Queixamo-nos muito do mal que nos fazem, daquilo que somos obrigados a suportar das pessoas, dos ataques, dos comportamentos violentos, das injustiças que sofremos aqui e ali. Curioso é que esse suposto mal em verdade não nos faz mal. O mal que fazemos é o que realmente nos faz mal. Vamos entender melhor. Consideremos o seguinte: No Universo, comandado por Deus, não há injustiçados. Suas leis perfeitas permitem que o sofrer só nos chegue quando necessário. E apenas para nos educar – nada mais. Assim, a violência que nos alcança, as avalanches que nos carregam à força, não estão em verdade nos fazendo mal. Elas são corrigendas da vida. São provas e expiações. Desafios e reparos à lei anteriormente desrespeitada. Embora nos tragam incômodo, prejuízos materiais e momentos de tensão, estão moldando nossa alma. Em muitos casos, estão nos libertando de um mal que causamos em algum momento. E o mal que deliberadamente causamos a alguém ou a nós mesmos?

Esse sim, nos faz mal... Somos nós infringindo as leis, somos nós trazendo para a vida aflições desnecessárias. Nesse caso, somos os infratores. Somos nós que estamos adquirindo compromissos. Somos nós que nos estamos colocando no caminho da necessidade de resgate posterior. Percebamos a diferença. No primeiro caso, estamos nos libertando do erro, quitando uma dívida, nos liberando dos compromissos com a lei. No segundo caso, estamos contraindo dívidas. Estamos nos colocando no começo de um processo doloroso, que poderia ter sido evitado. Os mecanismos das leis divinas, muitas vezes, nos colocam na situação daqueles que ofendemos, daqueles que desvirtuamos, fazendo-nos conhecer o outro lado, como uma grande lição. Para que não mais façamos ao outro aquilo que não gostaríamos que nos fizessem. Ninguém, em sã consciência, deseja sofrer, obviamente, mas essa visão nos ajuda a entender melhor porque o mal nos alcança com tanta veemência. Essa visão nos ajuda a compreender, a nos resignar e, principalmente, a não devolver o mal recebido. Devolver significaria iniciar um novo ciclo, que poderia estar acabando ali, naquele instante, se soubéssemos receber o mal com sabedoria. Pensemos nisso: se causarmos mal a alguém, causamos a nós mesmos. O que fizermos ao outro, estamos fazendo connosco. É uma sementeira. Dessa forma, que tal invertermos tudo isso e semearmos o bem?


Pequeninas sementeiras de bondade geram abençoadas fontes de alegria. O trabalho bem vivido produz o tesouro da competência. Atitudes de compreensão e gentileza estabelecem solidariedade e respeito, junto de nós. Otimismo e esperança, nobreza de caráter e puras intenções atraem preciosas oportunidades de serviço, em nosso favor. Todo dia é tempo de semear. Todo dia é tempo de colher. Não é preciso atravessar a sombra do túmulo para encontrar a justiça, face a face. Nos princípios de causa e efeito, achamo-nos incessantemente sob a orientação dela, em todos os instantes de nossa vida.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

As preces dos nossos irmãos

 Nos dias de tristeza, quando a alma se veste de luto e tudo parece desencanto, buscamos o Senhor da Vida. Nossa rogativa se transforma em lamúrias porque há muita dor em nossa intimidade. E, ainda assim, guardamos reservas para com o irmão que ora ao nosso lado.

Mesmo em meio ao cenário triste da pandemia que arrebata vidas, ao lado de outras tantas enfermidades que, há anos, vem retirando do mundo os seres humanos, alguns de nós olhamos de forma diferenciada os irmãos de outras crenças. Esquecemos que Jesus nos afirmou que o Pai vê o que se passa em secreto, ou seja, no profundo da criatura, e recebe toda súplica, providenciando o socorro.

Os ensinos do Mestre de Nazaré prosseguem a nos esclarecer como O fez para a samaritana, no poço de Jacó. Naquela época, a discussão era em torno do local em que deveriam ser proferidas as preces a Yaweh. Seriam melhores as que fossem ditas no suntuoso templo de Jerusalém? Seriam essas as ouvidas pelo Pai Celeste? Ou, aquelas pronunciadas no Monte Garizim, mesmo após a destruição do templo ali erguido, seriam ouvidas igualmente?

Qual delas revelaria, enfim, a verdadeira adoração?

Jesus, o Mestre Incondicional, com Seu pensamento universal e atraindo todas as Suas ovelhas para o mesmo redil, pronunciou-se, elucidando: Está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Os verdadeiros adoradores, adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, esses são os adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito e aqueles que O adoram devem adorá-lO em espírito e verdade.

O ensino era para aqueles dias. Também para os do futuro. Para todos os homens. Deus é um só. Criador. Pai Celeste. Infinitamente amoroso, acolhe as súplicas que lhe dirigem os Seus filhos, residam nas grandes metrópoles ou nas terras áridas. Realizem as suas rogativas em suntuosos templos ou em plena natureza. Ou em um casebre, à beira da estrada. O verdadeiro altar é o do coração. Por isso, o ensino crístico recomenda, quando orarmos, nos retirarmos para nosso quarto, fecharmos a porta e nos dirigirmos ao Pai em secreto.

Isso quer dizer, mergulharmos em nossa intimidade, cerrar os olhos e ouvidos a tudo que nos possa distrair do propósito de dialogarmos com Aquele que alimenta as aves, levanta as ondas do mar e veste a erva do campo. Seja a prece esse encontro mais íntimo com Deus. Como fazia o Mestre, que buscava o silêncio para se ligar mais intimamente ao Pai. Servia a todos, horas e horas. Depois, refazia-se, unindo-se em prece Àquele cujo pensamento Ele interpretava na Terra.

Para isso, o silêncio. De fora. A tranquilidade de dentro.

Ante o sacrifício que logo mais lhe seria exigido, entregue às mãos dos homens que O temiam, ou não O desejavam entender, Ele ora. E, outra lição de valor, pede aos amigos que estão com Ele, que O acompanhem na prece. Isso nos diz da importância de, ante as provações que nos alcançam, pedirmos aos nossos amigos que se irmanem connosco na oração em nosso favor.

Oração. Hoje, amanhã, sempre. Verdadeira escada de Jacó que une a criatura aos céus.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O QUE SIGNIFICA ABENÇOAR

"Quando você abençoa alguém ou algo, cria um escudo de luz de proteção divina sobre a pessoa, animal ou planta, um lugar, desejando que tudo que entre em sua vida seja para o seu maior bem. Daí a importância de sempre abençoar !

Abençoe sua vida, seu trabalho (goste ou não), seu dia, seu parceiro, seus filhos, sua família, seus amigos, seu dinheiro (muito ou pouco), tudo o que você faz ou tem.

Pare um segundo e abençoe a pessoa que está perto de você, você pode fazê-lo mentalmente, observá-lo e verá que há uma ligeira mudança em seu rosto.

Abençoe seu corpo, não importa se você está doente ou saudável agora. Abençoe-o e encha-o de luz, amor, misericórdia e perdão.

Abençoe seus relacionamentos, não importa se você está "sozinho", porque você se complementa.

Abençoe seu trabalho, você recebe pouco ou muito, porque, ao abençoá-lo, você o enche de luz divina e assim se prepara para algo melhor.

Você tem o direito de coisas maravilhosas, basta acreditar e sentir.

Vá em frente Abençoe!

Abençoe sua existência, não importa se houve experiências dolorosas. Essas são simplesmente as armadilhas a serem superadas e crescidas.

Então que Deus, os Mestres, anjos, arcanjos ou o Universo os abençoe e os protejam, que os encha de sabedoria e entendimento, guie e ilumine cada passo de sua bela existência.

Enquanto isso, abençoo o bem que há em você, sua luz e sua sombra e abençoo o universo que habita em você."

ChadrahClauren Xavier


Se sintam abençoados!

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Oremos sempre

A oração pode ser considerada como um grito pedindo auxílio, um canto de gratidão, um ato de louvor, um poema de amor, dirigidos a Deus.

De um modo geral, pensamos que para orar precisamos assumir uma determinada postura, nos distanciar de tudo que acontece ao nosso redor. Isso também.

No entanto, a oração pode ser uma constante em nossas horas. Quando abrimos a janela e cumprimentamos o dia que surge, radioso, anunciando sol, calor, quem de nós não extravasa a alma, dizendo: Que dia maravilhoso!

Quantas vezes, admirados pela beleza das flores que, no jardim, disputam perfume, cor e encanto, exclamamos: Meu Deus, que maravilha!

São preces espontâneas que brotam do nosso coração.

Quando, depois de longa estiagem, as nuvens se avolumam e trazem a chuva generosa, junto com o clamor da terra, que sorve a água, com sofreguidão, dizemos: Graças a Deus!

São orações formuladas de forma espontânea. Clamores da alma que alcançam as alturas.

Quando nos empenhamos em atender o necessitado, em socorrer o caído, em oferecer nossos ouvidos para as lamentações de quem sofre, estamos orando.

Porque orar não é somente exteriorizar pensamentos pelos lábios. É também agir em nome do amor.

Amparar o animal abandonado, providenciar alimento às aves que visitam nosso jardim.

E quando cantamos, dizendo da alegria de viver, estamos igualmente orando.

A música tem o condão mágico de exteriorizar os mais excelsos sentimentos. Por isso, quando alguém canta versos que exaltam a Criação, a Divindade, está orando.

Enquanto canta, os que ouvimos, nos associamos à sua prece.

Algumas canções são de extrema sensibilidade e mais do que outras, nos elevam a alma, como a que diz: Foi Deus que deu luz aos olhos, perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar. Foi Deus que me pôs no peito um rosário de penas, que vou desfiando e choro a cantar. Pôs as estrelas no céu e fez o espaço sem fim. Deu o luto às andorinhas e deu-me esta voz a mim. Se canto, não sei o que canto, misto de ventura, saudade, ternura. Tal Vez amor. Mas sei que cantando sinto o mesmo quando se tem um desgosto e o pranto no rosto; nos deixa melhor. Foi Deus que deu voz ao vento, luz ao firmamento e deu o azul às ondas do mar. Fez poeta o rouxinol, pôs no campo o alecrim, deu as flores à primavera. E deu-me esta voz a mim.

*   *   *

É uma oração de louvor, reconhecimento ao Criador, e profunda gratidão. Enquanto a melodia e os versos nos envolvem, oramos juntos. Se repetimos a canção, vamos espalhando essas vibrações pelo mundo.

E, a cada vez, elas alcançarão outros corações e se elevarão aos céus.

Sim, há muitas formas de orar.

Quando somos filhos gratos pela vida que temos, neste planeta, pelos amigos, pela família, pelo lar, ou por coisa alguma, oramos sempre. 

A oração é o canal desimpedido para falar com Deus e ouvi-lO.

Nunca será demasiado, no cotidiano de todos nós, orarmos para nos inspirarmos, a fim de agir bem.

Para agradecer as bênçãos recebidas.

Por amor, louvando o Excelso Criador.

Isso equivale a orarmos sempre que possível e mesmo quando as circunstâncias conspirarem contra.

Oremos.

Redação do Momento Espírita, com reprodução de versos da música Foi Deus, interpretada por Amália Rodrigues e frases do cap. 24, do livro Sob a proteção de Deus, por Espíritos diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Amigos são Anjos

Os verdadeiros amigos são anjos! Descobri essa irrefutável verdade ao perceber o quanto são raras essas preciosidades que chegam de repente na vida da gente e se alojam …  devagarzinho … em local especial e essencial da nossa existência.

No decorrer dos anos, encontramos vários tipos de anjos. Alguns são sonsos,  vão se apoderando do nosso carinho como quem não quer nada, até que, quando  percebemos, já lhes dedicamos nosso afeto integral… Outros são mais atirados;  já chegam mostrando claramente com seus olhos sinceros, o quanto a nossa amizade é importante para eles…

Alguns chegam necessitando de curativos nos ferimentos causados por amigos  que não eram anjos… Outros chegam para sarar nossos próprios ferimentos… Alguns são leves e divertidos; nos mostram a alegria da vida… Outros, não  menos honestos, nos mostram a seriedade com que a vida deve ser  enfrentada…

Alguns tem suas qualidades tão à mostra, que a um primeiro olhar já sabemos a que vieram… Outros têm essas mesmas qualidades muito bem guardadas… e precisamos ir desvendando-as aos poucos…

Alguns esbarram na gente numa esquina qualquer… sem avisar! E nos dão carinhos reais, sorrisos reais, proteção real… O importante é termos anjos… O importante é sermos anjos…

Maria Lúcia Padilha

Grata por você ser um amigo e um anjo!



quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Evangelho (Lc 7,31-35)

Naquele tempo, disse Jesus: «Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração? Com quem são parecidas? São parecidas com crianças sentadas nas praças, que gritam umas para as outras: Tocamos flauta para vós e não dançastes! Entoamos cantos de luto e não chorastes!. Veio João Batista, que não come, nem bebe vinho, e dizeis: Tem um demónio!. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores!. Ora, a sabedoria é reconhecida graças a todos os seus filhos».



segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Os muitos filhos de um mesmo Pai

O mundo é imenso. Imensa também a diversidade dos pensamentos, das culturas dos quase oito biliões que habitamos este bendito planeta.

Quase sempre, por causa dessas diferenças, criamos conflitos entre nós.

Paradoxalmente, por pensarmos de modos tão diversos acerca de quem nos criou, como nos criou, empreendemos batalhas verbais, quando não verdadeiras guerras chamadas religiosas.

Contudo, Deus não tem religião alguma. E, por ser Pai amoroso e bom, entende cada um dos Seus filhos.

Por saber que cada qual se situa em um ponto específico de sua evolução, recebe as homenagens da forma que lhes são oferecidas.

A todos atende, independentemente se oram num templo luxuoso, no alto de uma montanha, à beira de um muro em ruínas, ou na intimidade de um pequeno cômodo.

Não foi outro o motivo pelo qual Jesus, ao ser indagado pela mulher da Samaria, acerca do local mais adequado para se orar a Deus, recebeu a grande lição.

Lição que atravessou os séculos, mas que ainda não aprendemos devidamente: Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade, no altar do coração.

Por isso, não importa se estamos vestindo branco ou negro; se nossas vestes são brilhantes ou escuras. O que importa é o sentimento, é o diálogo íntimo entre a criatura e o Criador.

Um diálogo que ecoa pelo infinito, que ressoa entre as estrelas, repercute no Universo e chega ao pai, que sempre envia a resposta.

Certo dia, um jovem chegou à Abadia das Sete Dores de Latroun, no caminho de Tel Aviv. Foi uma sensação maravilhosa penetrar nesse lugar de fé e paz, a menos de cinco quilómetros do acampamento onde lhe ensinavam a matar e destruir.

O canto dos monges, monocórdico e repetitivo, parecia elevar-se em direcção aos céus como uma interminável oferenda.

Mas, porque trazia o conceito de que orar era um ato solitário e silencioso, estranhou a prece praticada em comum e em voz alta.

Intimamente, ele não pôde furtar-se a uma pergunta: Esse matraquear não transformará a devoção em um insípido estribilho?

Um abade experiente, ao perceber-lhe a estranheza lhe disse: O importante, meu filho, é, a cada um desses momentos de oração conjunta, se destacar um versículo. Não importa qual seja.

Por exemplo, “Escuta ó, Senhor, o grito dos infelizes.” Ou “Ó, Deus, dá a Teus filhos alegria e esperança.”

Então, mesmo continuando a recitar a prece comum, imaginar Jesus dizendo as mesmas palavras. E tantos milhões de outros homens.

Procurar as realidades de hoje às quais essas palavras correspondem.

Então, finalizou, a oração se tornará intensa. Tornar-se-á meditação.

Pensemos nisso e aprendamos a respeitar todas as manifestações de carácter religioso, as formas diferentes das pessoas se dirigirem ao Criador.

E, como cristãos, sigamos Jesus, pronunciando com toda unção: Pai nosso, que estais nos céus. Santificado seja o vosso nome...

com base no cap. 3 do livro Muito além do amor,de Dominique Lapierre, ed. Salamandra.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Não estrague o seu dia

Você já experimentou, alguma vez, aquele amanhecer sombrio, em que tudo lhe parece amargo?
Esses dias aparentemente têm os mesmos aspectos para todos nós, mas são vividos de maneira diferente por cada indivíduo.
Alguns ficam tristes e quase calados. Buscam isolar-se para evitar qualquer contacto com alguém que lhes faça perguntas sobre o que está acontecendo, porque está assim etc.

Outros deixam o mau humor dirigir seus passos e, em poucos minutos, azedam todo o ambiente em que se encontram. Distribuem gestos bruscos, falam com irritação, respondem com azedume, culpam os outros por tudo de errado que acontece.

E a resposta para comportamentos desse tipo logo se faz sentir no organismo, em forma de azia, enxaqueca, dores musculares, entre outros males. E o pior de tudo é que nem sabemos o porquê de tanta irritação. Não paramos um pouco para meditar sobre a situação em que nos encontramos, nem para mudar o curso dos acontecimentos.

De maneira irreflectida, estragamos o nosso dia movidos por um estado d´alma que nos toma de assalto e no qual nos deixamos mergulhar, sem reflectir. Passados esses momentos amargos, fica uma desagradável sensação de mal-estar, de indisposição, de sentimentos feridos, de relacionamento comprometido. Assim, se você sentir que está diante de uma manhã sombria, de um momento amargo, vale a pena tomar medidas urgentes para não se deixar cair nas armadilhas.

Se ainda está em casa, faça uma prece antes de sair.

Se estiver no trabalho, busque um local que lhe permita ficar só por um instante, respire fundo e eleve o pensamento a Deus, rogando forças e discernimento para não se deixar levar por circunstâncias desagradáveis. Lembre-se, sempre, que todos temos momentos difíceis, e que só depende de nós complicá-los ainda mais, ou sair deles com sabedoria e bom senso.

Lembre-se, ainda que, por mais difícil que esteja a situação, ela será tragada pelas horas e substituída por momentos mais leves e mais felizes.

Por essa razão, nunca valerá a pena estragar o seu dia.



Não estrague o seu dia.

A sua irritação não solucionará problema algum.

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

O seu mau humor não modifica a vida.

A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

O seu desânimo não edificará a ninguém.

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

As suas reclamações, ainda mesmo afectivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia.

Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o infinito bem.

com base no cap. 38, do livro Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Jo 19,25-27

Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Evangelho (Jo 17,11b-19)

Naquele tempo, Jesus alçando os olhos ao céu, disse: «Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um. Quando estava com eles, eu os guardava em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei, e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura.

»Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que também eles sejam consagrados na verdade».

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Evangelho (Jo 15,1-8)

«Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que vos falei. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim será lançado fora, como um ramo, e secará. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos».

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Evangelho (Jo 12,44-50)

Jesus exclamou: «Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, não sou eu que o julgo, porque vim não para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras já tem quem o julgue: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por conta própria, mas o Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar. E eu sei: o que ele ordena é vida eterna. Portanto, o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse».

quarta-feira, 22 de abril de 2020

A diferença entre a Oração e a Meditação

A oração é quando você conversa com Deus ou com os Anjos); Quando você fala com Deus; Quando pede para Deus; Quando quer agradecer a Deus.

A meditação é quando Deus fala consigo; Você precisa de colocar a mente aberta e limpa para que Deus possa transmitir a informação e falar com você. Não de acordo com aquilo que você quer, mas de acordo com aquilo que Ele quer.

Nesse momento você precisa de estar meditando, com a mente livre, depois, durante os próximos dias (com a continuação), você poderá compreender o que lhe foi comunicado. Há que silenciar para ouvir Deus.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Deus, onde estás?

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?

Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito, 
que embalde desde então corre o infinito...

Onde estás, Senhor Deus?...

*   *   *

Dessa forma, o poeta dos escravos lançava sua súplica, em nome da África sofrida, que tinha seus filhos arrancados do seu seio para serem vendidos pelo mundo.

Como ele, em certos momentos de profunda dor, endereçamos nossos lamentos aos céus: Onde está Deus que não salvou a vida do meu filho?

Onde está o Deus de misericórdia que permite que os homens sejam lobos dos seus irmãos?

Onde está Deus que não impede as grandes catástrofes? Por que não governa os mares, não cala os vulcões e não dá ordens às tormentas para que se aquietem?

Onde está Deus que permite que alguns poucos homens se elejam como detentores da justiça e matem os seus semelhantes?

Onde está Deus que não detém o braço assassino, que não emudece as bocas da calúnia que destroem vidas, a maldade generalizada?

Onde está?

E, embora o sofrimento nos fira com punhais em brasa, entre os nossos soluços, poderemos ouvir a voz dos imortais a sussurrar:

Deus está em ti, Seu filho. Omnisciente, Omnipresente. Tudo sabe, tudo vê, a tudo preside.

Reclamas das reacções da natureza, esquecendo que este é um planeta em que se revezam e se repisam provas e expiações.

É uma escola e o aprendizado, por vezes, é duro. Exactamente como para quem deseja galgar os degraus da sabedoria, as horas de estudo se fazem árduas.

As dores que te alcançam são aquelas que te provam a resistência, que te desafiam a inteligência, que te fazem crescer.

Nada acontece por acaso e cada um está exactamente onde deve estar, no momento exacto.

As convulsões do planeta são os movimentos de reestruturação de um mundo em progresso. Progresso material. Modificam-se as paisagens, saneiam-se locais.

As loucuras provocadas pelos homens são produto do livre-arbítrio com que Deus a todos dotou. Tu também o tens para crescer, aproveitando as lições que te maltratam.

Verifica que todos os grandes homens alcançaram a glória na ciência, nas artes, nos feitos heróicos, por sua vontade férrea de vencer.

Tu também o podes. Deus te deseja feliz, passada a tempestade que te vai na alma.

O sofrimento que te alcança, passará. Tudo passa. Os que promovem o mal responderão por seus atos insanos, logo mais ou um pouco depois.

Nada está errado neste imenso mundo de Deus. E Ele sabe das dores da tua alma, da fome de justiça de tantos, da incoerência e loucura de muitos.

Não te desesperes. Permita-te ouvir a voz que fala: “Meu filho, tu me chamaste. Aqui estou.

Não estás só. Estou contigo. Sê forte. O sol voltará a brilhar, o problema terá solução.

Não chores a ausência dos amores. Eles estão contigo. Transferiram-se de uma para outra esfera. Os teus mortos estão de pé.”

*   *  *

Se tudo examinares pela perspectiva da justiça, entenderás que tudo está certo, no plano da Divina Criação.

Sossega tua alma. Permite-te sentir o afago divino na intimidade de ti mesmo. Tudo passa. Acredita.


com versos iniciais do poema Vozes da África, de Castro Alves.

domingo, 5 de abril de 2020

Evangelho (Mt 26,14—27,66)

Um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: «Que me dareis se eu vos entregar Jesus?».Combinaram trinta moedas de prata. E daí em diante, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo.

No primeiro dia dos Pães sem fermento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?».Jesus respondeu: «Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a ceia pascal em tua casa, junto com meus discípulos’». Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a ceia pascal.

Ao anoitecer, Jesus se pôs à mesa com os Doze. Enquanto comiam, ele disse: «Em verdade vos digo, um de vós me vai entregar». Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar-lhe: «Acaso sou eu, Senhor?». Ele respondeu: «Aquele que se serviu comigo do prato é que vai me entregar. O Filho do Homem se vai, conforme está escrito a seu respeito. Ai, porém, daquele por quem o Filho do Homem é entregue! Melhor seria que tal homem nunca tivesse nascido!».Então Judas, o traidor, perguntou: «Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: «Tu o dizes».

Enquanto estavam comendo, Jesus tomou o pão e pronunciou a bênção, partiu-o, deu-o aos discípulos e disse: «Tomai, comei, isto é o meu corpo». Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou-o a eles, dizendo: «Bebei dele todos, pois este é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados. Eu vos digo: de hoje em diante não beberei deste fruto da videira, até o dia em que, convosco, beberei o vinho novo no Reino do meu Pai».

Depois de cantarem o salmo, saíram para o Monte das Oliveiras. Então Jesus disse aos discípulos: «Esta noite, todos vós caireis, no que respeita a mim. Pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão». Mas, depois de ressuscitar, eu irei à vossa frente para a Galiléia». Pedro lhe disse: «Mesmo que todos venham a cair, eu jamais». Jesus lhe declarou: «Em verdade eu te digo: esta noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás”. Pedro respondeu: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei». E todos os discípulos disseram a mesma coisa.

Jesus chegou com eles a uma propriedade chamada Getsêmani e disse aos discípulos: «Sentai-vos, enquanto eu vou orar ali!».Levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu e começou a ficar triste e angustiado. Então lhes disse: «Sinto uma tristeza mortal! Ficai aqui e vigiai comigo! Ele foi um pouco mais adiante, caiu com o rosto por terra e orou: «Meu pai, se possível, que este cálice passe de mim. Contudo, não seja feito como eu quero, mas como tu queres». Quando voltou para junto dos discípulos, encontrou-os dormindo. Disse então a Pedro: «Não fostes capazes de ficar vigiando uma só hora comigo? Vigiai e orai, para não caírdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca». Jesus afastou-se pela segunda vez e orou: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, seja feita a tua vontade!». Voltou novamente e encontrou os discípulos dormindo, pois seus olhos estavam pesados. Deixando-os, afastou-se e orou pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então voltou para junto dos discípulos e disse: «Ainda dormis e descansais? Chegou a hora! O Filho do Homem está sendo entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos! Aquele que vai me entregar está chegando».

Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos Doze, com uma grande multidão armada de espadas e paus; vinham da parte dos sumos sacerdotes e dos anciãos do povo. O traidor tinha combinado com eles um sinal: «Aquele que eu beijar, é ele: prendei-o!». Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: «Salve, Rabi!». E beijou-o. Jesus lhe disse: «Amigo, para que vieste?». Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus e o prenderam. Nisso, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. Jesus, porém, lhe disse: «Guarda a espada na bainha! Pois todos os que usam a espada, pela espada morrerão. Ou pensas que eu não poderia recorrer ao meu Pai, que me mandaria logo mais de doze legiões de anjos? Mas como se cumpririam então as Escrituras, que dizem que isso deve acontecer?». Naquela hora, Jesus disse à multidão: «Viestes com espadas e paus para me prender, como se eu fosse um bandido. Todos os dias, no templo, eu me sentava para ensinar, e não me prendestes. Tudo isso, porém, aconteceu para se cumprir o que está escrito nos profetas. Então todos os discípulos o abandonaram, e fugiram.

Os que prenderam Jesus levaram-no à casa do sumo sacerdote Caifás, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos. Pedro seguia Jesus de longe, até o pátio do sumo sacerdote. Entrou e sentou-se com os guardas para ver como terminaria tudo aquilo. Ora, os sumos sacerdotes e o sinédrio inteiro procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de condená-lo à morte. E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, vieram duas testemunhas, que afirmavam: «Este homem declarou: ‘Posso destruir o Santuário de Deus e construí-lo de novo em três dias’».

Então o sumo sacerdote levantou-se e perguntou a Jesus: «Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?».Jesus, porém, continuava calado. E o sumo sacerdote disse-lhe: «Eu te conjuro, pelo Deus vivo, dize-nos se tu és o Cristo, o Filho de Deus». Jesus respondeu: «Tu o disseste. Além disso, eu vos digo que de agora em diante vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso, vindo nas nuvens do céu». Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes e disse: «Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Pois agora ouvistes a blasfémia. Que vos parece?».Responderam: «É réu de morte!». Então cuspiram no rosto de Jesus e bateram nele. Outros o golpearam, dizendo: «Profetiza para nós, Cristo! Quem é que te bateu? ».

Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada aproximou-se dele e disse: «Tu também estavas com Jesus, o galileu!». Mas ele negou diante de todos: «Não sei de que estás falando». E saiu para a entrada do pátio. Então, uma outra criada viu Pedro e disse aos que estavam ali: «Este também estava com Jesus, o nazareno».Pedro negou outra vez, jurando: «Nem conheço esse homem!».Pouco depois, os que estavam ali aproximaram-se de Pedro e disseram: «É claro que tu também és um deles, pois o teu modo de falar te denuncia». Pedro começou a praguejar e a jurar: «Não conheço esse homem!». E nesse instante, um galo cantou. Pedro se lembrou do que Jesus lhe tinha dito: «Antes que um galo cante, três vezes me negarás». E saindo dali, chorou amargamente.

De manhã cedo, todos os sumos sacerdotes e os anciãos do povo deliberaram a respeito de Jesus para levá-lo à morte. Então, o amarraram, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador.

Judas, o traidor, ao ver que Jesus fora condenado, ficou arrependido e foi devolver as trinta moedas de prata aos sumos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: «Pequei, entregando à morte um inocente». Eles responderam: «Que temos nós com isso? O problema é teu». E ele jogou as moedas no Santuário, saiu e foi se enforcar. Recolhendo as moedas, os sumos sacerdotes disseram: «É contra a Lei depositá-las no tesouro do templo, porque é preço de sangue». Então deliberaram comprar com esse dinheiro o Campo do Oleiro, para aí fazer o cemitério dos forasteiros. É por isso que aquele campo até hoje se chama «Campo de Sangue». Cumpriu-se então o que tinha dito o profeta Jeremias: «Eles pegaram as trinta moedas de prata — preço do Precioso, preço com que os filhos de Israel o avaliaram — e as deram em troca do Campo do Oleiro, conforme o Senhor me ordenou».

Jesus foi conduzido à presença do governador, e este o interrogou: «Tu és o rei dos judeus?». Jesus declarou: «Tu o dizes». E quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos, nada respondeu. Então Pilatos perguntou: «Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?». Mas Jesus não respondeu uma só palavra, de modo que o governador ficou muito admirado.

Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar um preso que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um preso famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida: «Quem quereis que eu vos solte: Barrabás, ou Jesus, que é chamado o Cristo?». Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: «Não te envolvas com esse justo, pois esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele».

Os sumos sacerdotes e os anciãos, porém, instigaram as multidões para que pedissem Barrabás e fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar: «Qual dos dois quereis que eu solte?».Eles gritaram: «Barrabás». Pilatos perguntou: «Que farei com Jesus, que é chamado o Cristo?».Todos gritaram: «Seja crucificado!». Pilatos falou: «Mas, que mal ele fez?».Eles, porém, gritaram com mais força: «Seja crucificado!». Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: «Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. A responsabilidade é vossa!». O povo todo respondeu: «Que o sangue dele recaia sobre nós e sobre nossos filhos». Então Pilatos soltou Barrabás, mandou açoitar Jesus e entregou-o para ser crucificado.

Em seguida, os soldados do governador levaram Jesus ao pretório e reuniram todo o batalhão em volta dele. Tiraram-lhe a roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois trançaram uma coroa de espinhos, puseram-na em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombavam, dizendo: «Salve, rei dos judeus!».Cuspiram nele e, pegando a vara, bateram-lhe na cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar.

Ao saírem, encontraram um homem chamado Simão, que era de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer Calvário. Deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, repartiram as suas vestes tirando a sorte. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus». Com ele também crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro, à esquerda. Os que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: «Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!». Do mesmo modo zombavam de Jesus os sumos sacerdotes, junto com os escribas e os anciãos, dizendo: «A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel: desça agora da cruz, e acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: ‘Eu sou Filho de Deus’». Do mesmo modo, também o insultavam os dois ladrões que foram crucificados com ele.

Desde o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Pelas três da tarde, Jesus deu um forte grito: «Eli, Eli, lamá sabactâni?», que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?». Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o disseram: «Ele está chamando por Elias!». E logo um deles correndo, pegou uma esponja, ensopou-a com vinagre, colocou-a numa vara e lhe deu de beber. Outros, porém, disseram: «Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!».Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.

Nisso, o véu do Santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e apareceram a muitas pessoas. O centurião e os que com ele montavam a guarda junto de Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: «Este era verdadeiramente Filho de Deus!». Grande número de mulheres estava ali, observando de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, prestando-lhe serviços. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

Ao entardecer, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus. Ele foi procurar Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe entregassem o corpo. José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo e o colocou num túmulo novo, que mandara escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra na entrada do túmulo e retirou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas, em frente ao sepulcro.

No dia seguinte, terminado já o dia de preparação do sábado, os sumos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos e disseram: «Senhor, lembramo-nos de que este impostor, quando ainda estava vivo, disse: ‘Depois de três dias vou ressuscitar!’ Manda, portanto, assegurar o sepulcro até ao terceiro dia, para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo e digam ao povo: ‘Ele ressuscitou dos mortos! ’, pois essa última impostura seria pior do que a primeira». Pilatos respondeu: «Aí tendes uma guarda. Ide assegurar o sepulcro como melhor vos parecer». Então eles foram assegurar o sepulcro: lacraram a pedra e deixaram ali a guarda.