“Sempre que indagamos de nossos Maiores porque não interfere a Divina Providência no campo da inteligência corrompida no mal, a resposta invariável é que o Criador exige sejam as criaturas deixadas livres para escolherem o caminho de evolução que melhor lhes pareça, seja uma avenida de estrelas ou uma vereda de lama.
Deus quer que todos os seus filhos tenham a própria individualidade, creiam nele como possam, conservem as inclinações e gostos mais consentâneos com o seu modo de ser, trabalhem como e quanto desejem e habitem onde quiserem.
Somente exige – e exige com rigor – que a justiça seja cumprida e respeitada. “A cada um será dado segundo as suas obras.” Todos receberemos, nas Leis da Vida, o que fizermos, pelo que fizermos, quanto fizermos e como fizermos. De conformidade com os preceitos Divinos, podemos viver e conviver uns com os outros, consoante os padrões de escolha e afetividade que elejamos; entretanto, em qualquer plano de consciência, do mais inferior ao mais sublime, o prejuízo ao próximo, a ofensa aos outros, a criminalidade e a ingratidão colhem dolorosos e inevitáveis reajustes, na pauta dos princípios de causa e efeito que impõem amargas penas aos infratores.
Somos livres para desenvolver as nossas tendências, cultivá-las e aperfeiçoá-las, mas devemos concordar com os Estatutos do Bem Eterno, cujos artigos e parágrafos estabelecem sejam feitas e mantidas, no bem de todos e no amparo desinteressado aos outros, as garantias do nosso próprio bem.
Cumpre-se a Eterna Justiça no mundo de cada um de nós. Deus não nos condena nem nos absolve. O Amor Universal está sempre pronto a soerguer-nos, instruir-nos, burilar-nos, elevar-nos, santificar-nos.
O destino é a soma de nossos próprios atos, com resultados certos. Devemos sempre a nós mesmos as situações em que nos enquadra a existência, porquanto recolhemos da vida exatamente o que lhe damos de nós.”
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