RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Francisco Pai da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Francisco Pai de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea

terça-feira, 29 de outubro de 2024

O melhor pai

O carteiro chegou e entregou o telegrama. Carlos Alberto leu e uma ruga lhe sulcou a testa. Eram palavras breves: Seu pai morreu. Enterro: 18 horas. Mãe.

Ele continuou parado, olhando o vazio. Nenhuma lágrima. Por que não sentia a morte do velho? Avisou a esposa e apanhou o autocarro. No íntimo não desejava ir ao funeral. Ia para que sua mãe não ficasse ainda mais triste. Ela sabia que pai e filho não se davam bem. Desde o dia que Carlos Alberto havia feito as malas, depois de mais uma discussão com o seu pai, e saído de casa, nunca mais voltara. Telefonava para a sua mãe no Natal, Ano Novo, aniversário.  Não pensava no pai.

No velório, poucas pessoas. Sua mãe estava pálida, chorosa. Carlos Alberto não chorou. Parecia-lhe estar no velório de um estranho. Depois do funeral, ele prometeu retornar trazendo a esposa e os netos, para conhecer a mãe. Agora que seu pai não estava mais lá para criticá-lo e para lhe dar conselhos ácidos, ele podia vir visitá-la. Quando se despediu, a mãe lhe colocou algo pequeno e retangular na mão. Algo que havia encontrado entre os guardados do marido, recentemente.

No autocarro, Carlos Alberto abriu curioso aquela caderneta de capa vermelha. Reconheceu a caligrafia firme de seu pai: Nasceu hoje o Carlos Alberto. Quase quatro quilos. Meu primeiro filho. Um garotão. Cada folha que Carlos Alberto lia o remetia ao passado, numa mistura de dor e perplexidade. Hoje meu filho foi para a escola. Fiquei emocionado quando o vi de uniforme. Desejei-lhe um futuro cheio de sabedoria. Que ele possa ser alguém na vida, melhor do que eu que não pude estudar. Noutra página, estava escrito: Carlos Alberto pediu hoje uma bicicleta. Meu salário não dá. Vou fazer horas extras para conseguir comprar uma. Ele merece, pois é estudioso e esforçado. Carlos Alberto mordeu os lábios. Lembrou das discussões que teve com o pai para ganhar a bicicleta. Se todos os amigos tinham, por que ele não podia ter?

Agora ele descobrira porque seu pai tinha sempre os olhos vermelhos. Era de atravessar as madrugadas em horas extras para comprar o que o filho queria. Hoje fui obrigado a levantar a mão contra o meu filho. Foi preciso chamá-lo à razão. Carlos Alberto anda com más companhias.

Carlos Alberto lembrou da cena. Naquela noite, se seu pai não o tivesse impedido, ele teria ido ao baile com os amigos. Amigos cujos caixões ele acompanhara ao cemitério, vítimas de um terrível acidente de carro, no dia seguinte.

As páginas se sucediam. Anotações e mais anotações. Em silêncio, seu pai o havia amado. Escrevia na madrugada de solidão. Ninguém havia ensinado aquele pai a chorar, a dividir as suas dores. O mundo esperava que ele fosse durão. Nem fraco. Nem covarde. Mas agora Carlos Alberto estava tendo a prova de que, debaixo daquela fachada de fortaleza, havia um coração terno e cheio de amor. Quando fechou a caderneta, depois das últimas anotações, Carlos Alberto sentia o peito doer. Honre seu pai para que os dias de sua velhice sejam tranquilos! Onde ouvira aquilo?

Nos dias da sua adolescência e da sua juventude jamais havia parado para pensar em verdades mais profundas. Os pais eram descartáveis. Sem valor. Agora, tudo lhe passava pela mente, de forma bem diversa. Gostaria de poder recomeçar. Mas o pai se fora. Uma lágrima brotou como o orvalho. De repente, Carlos Alberto estava dizendo para o pai que partira: Se Deus me mandasse escolher, eu juro que não queria ter tido outro pai que não fosse você, meu velho! Obrigado por tanto amor. Perdoe-me por haver sido tão cego e tão tolo.

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