O que muito me agradou quando viajei pela Índia, e que me fez também reflectir, foi que em cada casa, tanto a mais pobre como a mais rica, havia sempre um pequeno altar com imagens ou estatuetas de divindades, diante das quais estavam acesas lamparinas e ardiam alguns paus de incenso. Os grandes Mestres da Índia conseguiram incutir nos homens e mulheres daquele país a necessidade de reservar um pequeno lugar para todos os espíritos luminosos a fim de receberem a sua ajuda e a sua protecção.
Este lugar tanto pode estar no exterior como no interior da casa. Até os hotéis têm pequenos santuários nas varandas ou nos terraços e vêem-se também muitos nas ruas. Evidentemente, o que menos me agradou foi que raramente vi altares bem conservados: havia toda a espécie de coisas no espaço onde estava o altar e até as imagens estavam muitas vezes sujas e estragadas como se as pessoas de lá não dessem qualquer importância à ordem e à limpeza, mas apenas ao lado simbólico das coisas.
Os espiritualistas, os místicos, precisam de ter um lugar para se recolherem e orarem. Evidentemente, é preferível poderem fazê-lo na solidão de uma sala onde não se corra o risco de ser incomodado. Por isso recomendo-vos que, se possível, tenhais em vossa casa um lugar que fique à parte, sagrado, onde nem toda a gente possa entrar, mesmo que não seja maior do que uma cabine telefónica. O essencial é que seja um lugar consagrado cujas vibrações, cujos fluidos subtis, irão permitir-vos entrar mais facilmente em contacto com as entidades celestes.
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