RODA DA VIDA

Oramos pela vida e saúde dos homens de Paz no Mundo, Homens e Mulheres com missões dificílimas, de dação de esperança e de forte influencia contra a corrupção que assola o mundo e o mantém cativo na desgraça da injustiça. Louvemos estes inspirados irmãos e irmãs, desde os mais influentes, como Papa Leão XIV da Igreja Católica, Dalai Lama Pai dos Budistas, e tantos outros em suas respectivas importâncias, que movem o mundo com a força de suas Almas devotas, num mundo melhor para todos, mais justo, onde os indefesos não estejam à mercê de nenhum tirano, onde o único exército ou militar à face da terra seja a serviço do Amor ao Próximo - Oremos diariamente pela Mãe Terra, nosso planeta que tanto precisa de nossa atenção e nossas preces pelas causas ecologistas, sejamos a diferença que queremos ver no respeito pelo ambiente - Assim seja - Oramos por la vida y la salud de los hombres de paz en el mundo, hombres y mujeres con misiones muy difíciles, que dan esperanza y una fuerte influencia contra la corrupción que afecta al mundo y lo mantiene cautivo en la desgracia de la injusticia. Elogiemos a estos inspirados hermanos y hermanas, de los más influyentes, como Papa Leão XIV de la Iglesia Católica, Dalai Lama Pai de los budistas, y tantos otros en su respectiva importancia, que mueven el mundo con la fuerza de sus Almas devotas, en un mundo mejor para todos, más justo, donde los indefensos no están a merced de ningún tirano, donde el único ejército o militar en la faz de la tierra está al servicio del Amor por nuestro prójimo. Oremos diariamente por la Madre Tierra, nuestro planeta que necesita tanto nuestra atención y nuestras oraciones por causas ecológicas, seamos la diferencia que queremos ver en el respeto por el medio ambiente : que así sea - We pray for the life and health of the men of Peace in the World, Men and Women with very difficult missions, giving hope and strong influence against the corruption that ravages the world and keeps it captive in the misfortune of injustice. Let us praise these inspired brothers and sisters, from the most influential, such as Francisco Father of the Catholic Church, Dalai Lama Father of Buddhists, and many others in their respective importance, who move the world with the strength of their devout Souls, in a better world for all, more just, where the defenseless are not at the mercy of any tyrant, where the only army or military on the face of the earth is in the service of Love for Others - Let us pray daily for Mother Earth, our planet that needs ours so much. attention and our prayers for environmental causes, let us be the difference we want to see in respect for the environment - So be it -

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Sede a vossa própria tocha! - Buda

Não vos ocupeis com as palavras ásperas,  faltas ou negligência alheias, mas, sim, sede consciente de vossas próprias palavras, atos e negligências. Semelhante às belas flores coloridas, mas sem perfume, são infrutíferas as belas palavras dos que as dizem, mas não as seguem.  Assim como o vasto oceano está impregnado de um único sabor, o sabor do sal, também, ó discípulos, meus ensinamentos estão impregnados de um único sabor: o sabor da Libertação Buda

O veneno não penetra na mão onde não há ferida, nem o mal atinge aquele que não o pratica. Todos os seres são Budas desde o início;

É como o gelo e a água;
Sem água, não existe gelo,

Seres sensíveis exteriores, onde buscamos o Buda?

Não sabendo quão perto está a Verdade, as pessoas a buscam em lugares distantes …
Elas são como aquele que no meio da água, sedento, grita implorando por ela.

Embora um homem conquiste numa batalha  mil vezes mil homens, o maior vitorioso em batalha seria em verdade  aquele que conquistasse a si mesmo.

Longa é a noite para quem vela; 
longo é o caminho para quem está cansado;
Longo é o samsara para os tolos  que desconhecem o sublime Darma.
"São meus esses filhos, é minha essa riqueza", assim o tolo se aflige.
Na verdade ele mesmo não é de si próprio, muito menos os filhos e a riqueza.
OS OITO PRECEITOS PARA TODA A VIDA
Assumo o preceito de abster-me de destruir os seres vivos.
Assumo o preceito de abster-me de tomar o que não me foi dado.
Assumo o preceito de abster-me de má conduta sexual.
Assumo o preceito de abster-me de falar mentiras.
Assumo o preceito de abster-me da fala maliciosa.
Assumo o preceito de abster-me da fala ríspida.
Assumo o preceito de abster-me de fazer intrigas.
Assumo o preceito de abster-me de bebidas intoxicantes e de 
drogas que causam perturbação a mente.

Não fazer o mal, praticar o bem
Purificar a mente
Este é o ensinamento do Buda.

A mente é instável e caprichosa, difícil de ser vigiada, correndo para onde lhe apraz; Dominá-la é grande bemé uma fonte de alegria.

Mesmo quando eu faço coisas para o bem dos outros
Nenhuma surpresa ou vaidade surge em mim.
É apenas como sentir a mim mesmo;
Eu não espero nada em troca.

Que alguém estabeleça primeiramente a si próprio no que é correto, e só então os outros instrua. Assim fazendo, o sábio não se corromperá.
Em definitivo, a razão pela qual o amor e a compaixão proporcionam o máximo de felicidadeé que a nossa natureza os estime acima de tudo.
As práticas espirituais só adquirem seu sentido na vida quotidiana. A relação com nossos pais, esposa, marido, filhos e colegas de trabalho, e também com os seres em todos os planos da existência, material e sutil, isto é o termómetro da prática

O cultivo da bondade do coração ao longo de todo o quotidiano, a prática da virtude, compaixão, equanimidade, amor e alegria, esse é o caminho da iluminação. 

Quando estudamos o budismo, estamos estudando a nós mesmos, à natureza de nossas próprias mentes. Ao invés de focalizar algum ser supremo, o budismo enfatiza assuntos mais práticos; por exemplo, como lidar com as nossas vidas, como integrar as nossas mentes e como manter as nossas vidas quotidianas pacíficas e sadias. Em outras palavras, o budismo sempre acentua o conhecimento-sabedoria experiencial, ao invés de alguma visão dogmática. De facto, nem mesmo consideramos o budismo como uma religião no sentido comum do termo. 

Do ponto de vista dos mestres, os ensinamentos budistas estão mais para o campo da filosofia, ciência ou psicologia. 

A compaixão e o amor são as virtudes mais preciosas da vida. Por serem muito simples, são difíceis de serem colocados em prática. A compaixão só poderá ser plenamente cultivada à medida que se reconhece que cada ser humano é parte da humanidade e pertencente à família humana, independente de religião, raça, cultura, cor e ideologia. A verdade é que não há diferença alguma entre os seres humanos.

Devemos desenvolver (…) o veículo interior e universal: respeitar aos outros como respeitamos a nós mesmos, colocar os outros em nosso lugar e partilhar nosso tempo com eles; na verdade, dar-nos aos outros. A capacidade de realizar isso é nossa maior dádiva e o mais elevado potencial humano. A bondade e a sensibilidade infinitas às necessidades imediatas e fundamentais dos outros conduzem à totalidade humana — algo que cada um de nós pode definitivamente alcançar.

Deve haver um equilíbrio entre o progresso espiritual e o material. Atinge-se esse equilíbrio por meio de princípios enraizados no amor e na compaixão. O amor e a compaixão são a essência de todas as religiões, que têm muito a aprender entre si. O objetivo primordial de todas as religiões é criar seres humanos mais tolerantes, mais compassivos e menos egoístas.

A dádiva de aprender a meditar é o maior presente que você pode se dar nesta vida. Porque é apenas através da meditação que você pode empreender a jornada para descobrir sua verdadeira natureza e assim encontrar a estabilidade e a confiança de que necessitará para viver e morrer bem. 
A meditação é o caminho para a iluminação. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

orar quando?

Quantas vezes deste conta nas coisas para ti sagradas, antes de orar tentas purificar-te, limpar-te de tuas faltas, para que te sintas o mais possível apresentável.

Para orar e talvez para muitos outros momentos, isso de pouco valerá, a não ser para reforço das tuas próprias ilusões ou dissimulações veladas.
Já pensaste, que quando oras a Deus, a qualquer tipo de entidade por ti cultuada, adorada, representa um Ser Superior que tudo vê, de ti e  tua vida. Em verdade Vê de ti o que ainda nem tu conseguiste enxergar de ti próprio. 

Então achas que consegues esconder de Deus as tuas faltas no momento de orar? - Que O podes "enganar" apresentando-te muito submisso e cordeirinho?

Diria que não, que essa postura só serve mesmo para enganares a ti próprio.

Diria mais; que são as tuas faltas, dificuldades em te melhorares, que precisamente deves colocar aos pés do teu Deus como oração sincera. De um coração que sofre muito e pede ajuda para melhorar aquelas facetas de si próprio e as  reconhece perante Deus e que necessita aprimorar à Sua Luz.

O convite é trazer à superfície da tua devoção todos os elementos de ti próprio que desejas transmutar com a ajuda Divina, em qualidades que te promovam perante ti próprio e assim cumpras os sagrados desígnios Divinos.

Assim Seja

sábado, 21 de dezembro de 2024

Até quando seremos assim?

 Até quando cairemos

Sem aprender as lições da queda?

Até quando faremos escolhas egoístas...

Quando tudo aponta para uma existência de colaboração?

Até quando nos perderemos por tão pouco

Confundindo o que é meio com o que é fim?

Até quando afundaremos na lama

Segurando o fôlego, em agonia,

Desejando estar noutro lugar?

Os erros se repetem. A História se repete, em muitos aspectos. Mudam as gerações e vemos os mesmos vícios ainda tão presentes. As questões sociais, as disputas políticas, os problemas familiares. Tudo isso reflete ainda o ser em transformação lenta. Olhando assim, é bastante desanimador. No entanto, não nos enganemos e não nos permitamos contagiar pelos pessimistas de plantão. Nem por aqueles que insistem em apenas enxergar a doença e não, também, o trabalho silencioso e necessário que ela realiza na intimidade da alma humana.

As mudanças são lentas, graduais. Mas, elas têm acontecido. Basta ter olhos de ver. Há uma geração antiga, que persiste nos mesmos caminhos desastrosos. Há, também, já encarnando na Terra, há algum tempo, uma geração nova, fazendo tudo isso mudar. E, quando falamos de geração antiga e geração nova não nos referimos aos que somos mais velhos ou mais novos de idade. Referimo-nos a uma geração de hábitos e pensamentos viciados em ideias ultrapassadas, que cultivam o individualismo, o preconceito e a violência.

A geração nova, falando em termos espirituais, é aquela que está aberta ao diálogo, que sabe ouvir, que desenvolve a compaixão, que não consegue ver o próximo em sofrimento ao seu lado, sem fazer algo em seu benefício. Vivemos tempos em que as duas gerações se misturam no planeta.

A antiga, recebendo a última chance de mudar. A nova, tendo como missão liderar, influenciar e carregar multidões, pelo seu exemplo. Independente de geração, somos irmãos em evolução no planeta, aprendendo uns com os outros, diariamente. Dessa forma, a resposta para o Até quando? é individual, é de cada um.

Só você pode dizer até quando irá aceitar certas coisas como normais ou toleráveis. Só você poderá dar aquele próximo passo e dizer Chega! Não sou mais assim. Ou, Não quero mais essa vida para mim. Só você consegue estancar, pelo perdão, o ódio de séculos. Ou a raiva, de alguns dias, dizendo: Vamos deixar isso de lado e seguir adiante. Só você, com todo seu empenho e persistência, poderá dizer: Venci mais essa!

Até quando? – é uma pergunta a se fazer todos os dias. É um questionamento necessário para quem deseja crescer, ir adiante, conquistar e conquistar-se.

Até quando? - vai além de uma indignação de sofá, de quem observa o mundo em chamas, mas não é capaz de apanhar sequer um balde d’água.

É a questão da mudança, do despertar, do agora.

"Há imensas pessoas que estão animadas por um ideal de justiça, de honestidade, de bondade, mas não sabem como agir e entram continuamente em choque com os outros ou acabam por desanimar. Então, o que hão de fazer?

Mudar de método. Seja qual for a nobreza do vosso ideal, não vos ocupeis dos outros, trabalhai unicamente para vós mesmos vos aperfeiçoardes. Assim, pouco a pouco, quando estiverdes com eles, impressioná-los-eis com a vossa luz; ao verem-vos, eles compreenderão que estão a patinhar na lama. Se, pelo contrário, vos ocupardes em procurar a lama que existe neles, afundar-vos-eis nela e ficareis também enlameados! Trabalhai apenas para vos tornardes luminosos e, quando estiverdes com os outros, mesmo sem dizerdes uma só palavra, eles compreenderão que se transviaram." - Mestre Omraam

sábado, 14 de dezembro de 2024

O SIMBOLISMO DA ÁRVORE DE NATAL

 

A humanidade presta culto aos deuses desde tempos remotos, porque o homem sempre sentiu uma grande necessidade de antropomorfizar as coisas para ter uma referência sobre si mesmo. Por isso, as Religiões primitivas surgiram através do culto a recursos que pudessem saciar as necessidades físicas e básicas do ser humano. Desta forma, era costume fazerem culto tanto às plantas, e às árvores, como às montanhas, ao mar, à chuva, etc. 

Daí surgiu o culto ao trigo com que os Judeus faziam o pão ázimo, e depois adveio a hóstia, no Cristianismo. Além disso, os Cristãos também fizeram o culto à parreira e ao vinho, que é utilizado pelos sacerdotes cristãos até hoje. Este culto antigo era praticamente dedicado à Mãe Natureza, uma vez que os ciclos das estações do ano, necessários à agricultura, tiveram origem e estão ligados aos pontos de intersecção da eclíptica, quando o Sol passa pelo equador, isto é, os equinócios e os solstícios. Estas quatro datas do ano marcam festas comemorativas espirituais conhecidas por Sabats.

De acordo com estudos esotéricos, as origens da Festa do Natal são muito anteriores ao nascimento de Jesus Cristo, pelo que os investigadores desta área a consideram como fazendo parte de uma altura cheia de magia. Os Sabats comemoravam o tempo de renascimento do Sol na mesma época do Natal. Curiosamente, na tradição dos Druidas, não só se pode encontrar a Árvore de Natal, as luzes, e os ornamentos nas portas, como também o próprio Pai Natal. 

Na verdade, a tradição das Festas religiosas vem de quase todo o Hemisfério Norte, e embora a simbologia natalícia provenha quase toda do paganismo, tal como da religião dos Druidas, encontramos, ainda, símbolos cabalísticos provenientes da tradição Judaica.

A árvore de Natal, de acordo com os gnósticos, possui um profundo significado esotérico, e está relacionada com todas as tradições Alquímicas, Cabalísticas e Cósmicas de todas as tradições. Da mesma forma, todos os presentes, ornamentos, cores, etc., têm um significado profundo e muito simbólico. Além disso, segundo as interpretações místicas do Xamanismo, as luzes e os ornamentos da Árvore de Natal representam também as almas dos que já partiram e que são lembrados no final do ano.

Em algumas regiões da Europa, a Árvore de Natal é conhecida pela “Árvore de Cristo”, pois desempenha um papel importante na data de nascimento de Jesus Cristo. Os registos mais antigos sobre a Árvore de Natal datam de meados do Século XVII, e provêm da província Francesa da Alsácia. A Árvore de Natal é um símbolo marcante que representa, ao mesmo tempo, o agradecimento pela vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Os Cristãos da antiga Europa começaram por ornamentar as suas casas com pinheiros no dia de Natal, porque era a única árvore que permanecia verde na imensidão da neve, sendo que eles seguiam as descrições sobre o florescimento de árvores no dia do nascimento de Jesus.

A tão popular Árvore de Natal representa esotericamente o Diagrama Cabalístico da Vida, denominado Árvore Cabalística ou Árvore Sefirótica. Conseguimos ver nesse Diagrama a representação de toda a vida e de todas as dez dimensões do Universo, pelo que esta Árvore deve possuir dez galhos, que vão desde “Kether”, o Pai todo Perfeito, até “Malkuth”, o mundo físico.

Por conseguinte, ao montarmos a Árvore de Natal, deveríamos compô-la de acordo com a tradição, criando-a de maneira a carregar o ambiente onde ela se encontra, com vibrações bastante positivas. 

Então, vejamos como se deverá montar uma Árvore de Natal gnóstica: O tipo de árvore deve ser de preferência um pequeno pinheiro, porque esta árvore representa a energia luminosa da Era de Aquário, visto ser o seu símbolo. Sugere-se que seja colocada no centro da sala ou na parte leste onde o Sol nasce. Caso não haja esta possibilidade podemos colocá-la em qualquer lugar próprio. Devemos, então, começar por enfeitá-la de cima para baixo, respeitando as forças descendentes do Espírito Divino, que vêm para nos abençoar no nosso plano físico. No topo da árvore deve-se fixar uma estrela dourada, que representa a nossa Estrela Interior, que anseia orientar-nos na peregrinação da vida. É o nosso Espírito Divino que necessita nascer na nossa Consciência, uma vez que a Consciência é o topo da nossa Alma. Contudo, nunca se deve colocar a estrela com a ponta na cabeça. 

Os ornamentos significam, em alegoria, tanto as virtudes, como as forças espirituais que devem triunfar dentro das nossas Almas, quando a Árvore de Natal está dentro de casa. Os principais ornamentos simbólicos deverão ser: Três Sinos pequenos, que representam a Santíssima Trindade, as Três Forças Primárias do Cosmos. Sete Anjos, que simbolizam os sete Espíritos Angélicos Santificados, e se encontram diante de Deus a intercederem por todos nós. Doze bolinhas, embora possamos usar mais, mas as maiores deverão ser doze, pois este é o número que significa as Doze Leis de Cristo, que são os Doze Salvadores e os Doze Cavaleiros da Távola Redonda, que nos protegem de todo o mal, de maneira que nos seja possível, um dia, encontrar as Doze Verdades de Cristo. Deverão colocar-se, ainda, sete bengalinhas, que simbolizam as Sete Kundalinis, ou Chakras, que devemos exercitar, para mais tarde encarnarmos os nossos Poderes que divinizam. 

Para além disso, os ornamentos ou presentes que estiverem perto da Árvore de Natal representam todas as virtudes que queremos alcançar na nossa vida espiritual. Podem ser pequenas caixinhas vazias de cores variadas, que significam essas virtudes.

Na base da Árvore ou próximo dela deveremos pôr uma Vela Quadrada de cor Amarela. Acendê-la se possível na noite de Natal para que toda a simbologia natalícia se transforme num carregador de energia astral poderoso. No lado oposto da Vela, devemos pôr um recipiente com Água, que poderá ser uma pequena Jarra. A sua representação significa que devemos nos purificar com a Água e com o Fogo, para que se dê início à verdadeira construção da nossa Árvore Natalícia Interna.

A época mágica do Natal é especial para os nossos corações, porque depois de um ano de muita luta e poucas vitórias, podemos receber no final do ano a maravilhosa Energia de Cristo, que nos dá alento à alma e ao coração. 

Portanto, nesses momentos mágicos e divinos deveríamos orar, festejar e pedir bênçãos e abençoar tudo e todos, visualizando o nosso coração cheio de Luz intensa dourada e imaginar dentro desta Luz o rosto de Jesus, cheio de Glória, Alegria, Felicidade, muito Amor, Compaixão por todos os Seres e Sabedoria.

Resta-me agora desejar-vos que a Luz do Cristo Cósmico ilumine as vossas casas com esta representação esotérica maravilhosa da Árvore de Natal.

Lubélia Travassos

(Ponta Delgada, 4 de Dezembro de 2024)

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Razão de viver

Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmo. Assim, a vida que pulsa na intimidade de cada um de nós é convite de Deus para nos integrarmos a Ele, ao Universo, visto sermos Seus filhos, criados pela Sua essência amorosa.

Para cada um de nós, a busca do sentido de viver, por entender que a vida deve ter um significado especial, é a força que nos impulsiona ao próprio progresso. Os que elegemos um objetivo para viver, sejam nossos ideais, nossas necessidades ou mesmo nossas ambições, descobrimos um sentido para a própria vida. Mesmo sob pesadas tormentas, o objetivo a alcançar nos constituirá sempre a mola propulsora. Afinal, quando se tem o porquê viver, se torna de caráter secundário a forma como vivemos, desde que alcancemos o objetivo desejado.

Viktor Frankl, psiquiatra judeu, afirmou que somente venceu os suplícios dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial porque conseguiu encontrar um nobre objetivo para quando saísse de lá. Ele tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou não somente a vida, mas algo maior. Enquanto muitos resvalavam na fuga pelo suicídio, nos dias de confinamento, ele superou as dores físicas e morais, ao se apoiar nos objetivos que se propôs alcançar.

Thomas Alva Edison, após mais de dois mil experimentos, mantinha o mesmo ânimo na busca de soluções para a criação da lâmpada elétrica, impulsionado que estava pelo objetivo da descoberta.

Muitos aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram, recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade, do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.

Sem meta não se vive. Mas ela se constitui sempre de um sentido pessoal, que ninguém pode oferecer e que é particular a cada um. De outra forma, pessoas atuantes, vibrantes, quando perdem o objetivo pelo qual pautavam sua vida, resvalam nos sombrios caminhos da depressão. Assim, cabe a cada um de nós não se esquecer do significado maior da vida. Se os acontecimentos externos modificam-se, se a vida se altera, é natural que nossos objetivos também se ajustem a esse novo curso. Porém, não nos esqueçamos de que será sempre objetivo de cada um de nós a busca da construção íntima através do desenvolvimento intelectual e das conquistas morais. Será a conjugação desses dois valores que proporcionarão bem-estar interior e plenitude. Quem percebe a vida como uma oportunidade constante e inesgotável de progresso, jamais deixará de possuir objetivos, pois terá como meta maior a construção da plenitude existencial na intimidade da alma. Pensemos a respeito e, se necessário, reformulemos nossos objetivos de vida, para nos sentirmos estimulados à continuidade da luta, sem esmorecer.

domingo, 1 de dezembro de 2024

Nossa Senhora dos Prazeres

Nossa Senhora dos Prazeres é um antigo título de Nossa Senhora. Em português moderno o título seria melhor compreendido como “Nossa Senhora das Alegrias”, pois esta denominação refere-se às alegrias da Virgem Maria.

OrigensA devoção à Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora dos Prazeres, originou-se em Portugal. Aconteceu por volta do ano 1590. A história conta que a imagem da Virgem apareceu em cima de uma fonte de água na cidade de Alcântara, mais precisamente numa quinta chamada quinta dos condes da Ilha.  Após o aparecimento da imagem, curas milagrosas aconteceram na vida de pessoas que iam beber água na fonte. Como era de se esperar, a notícia desses fatos espalhou-se rapidamente e o povo começou a ir em peregrinação até à fonte.

Abate os poderosos de seus tronosPor causa do movimento do povo, os donos das terras onde fica a fonte decidiram levar a imagem da Virgem para dentro de sua casa. A imagem, porém, desapareceu da casa e foi encontrada novamente sobre uma outra fonte. A segunda aparição da imagem se deu a uma menina que tinha ido a esta segunda fonte beber água. Ela viu a imagem e aproximou-se. Então, a própria Virgem Maria se manifestou e pediu que a menina levasse um recado para o povo dizendo: “Nossa Senhora pede que seja construída uma igreja no local da fonte e que lá ela seja invocada como Nossa Senhora dos Prazeres.” A convicção da menina ao relatar o fato foi tamanha, que o povo acreditou e construiu a igreja. Pouco tempo depois o local se transformou num destino de peregrinações onde muitas curas foram alcançadas.

Os sete prazeres ou alegrias de Nossa SenhoraNossa Senhora dos Prazeres é também conhecida como Nossa Senhora das Sete Alegrias.  Os franciscanos foram os responsáveis por espalhar esta devoção mariana. Isto se deve ao fato de que as sete alegrias de Nossa Senhora foram descritas por um franciscano. Vamos conhecê-las:

Primeira alegria: a Anunciação

Foi quando o Anjo Gabriel anunciou à Virgem que ela conceberia e daria à luz o Filho de Deus. (Lc 1, 31)

Segunda alegria: a saudação de Isabel

Quando Maria visita Isabel e esta a saúda dizendo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1, 42)

Terceira alegria: o Nascimento de Jesus

Jesus nasce numa manjedoura e é visitado pelos pastores. (Lc 2, 1-20)

Quarta alegria: a visitação dos Reis Magos

A ciência e o poder terreno se curvam diante do Rei dos Reis. (Mt 2, 1-12)

Quinta alegria: o encontro com Jesus no Templo aos 12 anos

Após uma busca angustiante, Maria e José encontram com Jesus no Templo conversando com os doutores da Lei. (Lc 2, 41-52)

Sexta alegria: a aparição de Jesus Ressuscitado

Todos os Evangelhos relatam as aparições de Jesus logo após sua morte e ressurreição.

Sétima alegria: a coroação de Maria no céu

É o quinto Mistério Glorioso, quando, após ser assunta ao céu, Maria é coroada como Rainha do Céu e da Terra.

Pai, Em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo, afasta de minha vida todas as pestes do pecado, fraquezas, vícios, tristezas, doenças, desarmonia no lar, e problemas financeiros. Com a intercessão de Nossa Senhora dos Prazeres, concede-me toda a alegria que necessito para estar de bem com a vida. Amém.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

O melhor pai

O carteiro chegou e entregou o telegrama. Carlos Alberto leu e uma ruga lhe sulcou a testa. Eram palavras breves: Seu pai morreu. Enterro: 18 horas. Mãe.

Ele continuou parado, olhando o vazio. Nenhuma lágrima. Por que não sentia a morte do velho? Avisou a esposa e apanhou o autocarro. No íntimo não desejava ir ao funeral. Ia para que sua mãe não ficasse ainda mais triste. Ela sabia que pai e filho não se davam bem. Desde o dia que Carlos Alberto havia feito as malas, depois de mais uma discussão com o seu pai, e saído de casa, nunca mais voltara. Telefonava para a sua mãe no Natal, Ano Novo, aniversário.  Não pensava no pai.

No velório, poucas pessoas. Sua mãe estava pálida, chorosa. Carlos Alberto não chorou. Parecia-lhe estar no velório de um estranho. Depois do funeral, ele prometeu retornar trazendo a esposa e os netos, para conhecer a mãe. Agora que seu pai não estava mais lá para criticá-lo e para lhe dar conselhos ácidos, ele podia vir visitá-la. Quando se despediu, a mãe lhe colocou algo pequeno e retangular na mão. Algo que havia encontrado entre os guardados do marido, recentemente.

No autocarro, Carlos Alberto abriu curioso aquela caderneta de capa vermelha. Reconheceu a caligrafia firme de seu pai: Nasceu hoje o Carlos Alberto. Quase quatro quilos. Meu primeiro filho. Um garotão. Cada folha que Carlos Alberto lia o remetia ao passado, numa mistura de dor e perplexidade. Hoje meu filho foi para a escola. Fiquei emocionado quando o vi de uniforme. Desejei-lhe um futuro cheio de sabedoria. Que ele possa ser alguém na vida, melhor do que eu que não pude estudar. Noutra página, estava escrito: Carlos Alberto pediu hoje uma bicicleta. Meu salário não dá. Vou fazer horas extras para conseguir comprar uma. Ele merece, pois é estudioso e esforçado. Carlos Alberto mordeu os lábios. Lembrou das discussões que teve com o pai para ganhar a bicicleta. Se todos os amigos tinham, por que ele não podia ter?

Agora ele descobrira porque seu pai tinha sempre os olhos vermelhos. Era de atravessar as madrugadas em horas extras para comprar o que o filho queria. Hoje fui obrigado a levantar a mão contra o meu filho. Foi preciso chamá-lo à razão. Carlos Alberto anda com más companhias.

Carlos Alberto lembrou da cena. Naquela noite, se seu pai não o tivesse impedido, ele teria ido ao baile com os amigos. Amigos cujos caixões ele acompanhara ao cemitério, vítimas de um terrível acidente de carro, no dia seguinte.

As páginas se sucediam. Anotações e mais anotações. Em silêncio, seu pai o havia amado. Escrevia na madrugada de solidão. Ninguém havia ensinado aquele pai a chorar, a dividir as suas dores. O mundo esperava que ele fosse durão. Nem fraco. Nem covarde. Mas agora Carlos Alberto estava tendo a prova de que, debaixo daquela fachada de fortaleza, havia um coração terno e cheio de amor. Quando fechou a caderneta, depois das últimas anotações, Carlos Alberto sentia o peito doer. Honre seu pai para que os dias de sua velhice sejam tranquilos! Onde ouvira aquilo?

Nos dias da sua adolescência e da sua juventude jamais havia parado para pensar em verdades mais profundas. Os pais eram descartáveis. Sem valor. Agora, tudo lhe passava pela mente, de forma bem diversa. Gostaria de poder recomeçar. Mas o pai se fora. Uma lágrima brotou como o orvalho. De repente, Carlos Alberto estava dizendo para o pai que partira: Se Deus me mandasse escolher, eu juro que não queria ter tido outro pai que não fosse você, meu velho! Obrigado por tanto amor. Perdoe-me por haver sido tão cego e tão tolo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Santas Chagas pela Libertação dos Vícios nas Drogas

Senhor Pai Misericordioso, pelas Santas Chagas de Teu Filho Jesus, concedei a vida a todos aqueles que se encontram encarcerados num vício, escravos de alguma droga.

Senhor Pai cheio de misericórdia, pelas Santas Chagas dolorosas e gloriosas de Jesus, libertai da escravidão do vício nas drogas, bebida, cigarro, compulsões e mentiras.

Quebrai todas as cadeias e grilhões dessas pessoas que cito agora e protegei-as: (Diga os nomes)

Senhor Pai Misericordioso, Deus da Vida, pelas Santas Chagas de Jesus, libertai as carências, os traumas, os desgostos e toda a escravidão espiritual, afetiva, emocional e moral. Preenchei o vazio na vida destas pessoas a ponto de conseguirem a libertação deste mal.

Senhor, pelas cinco Chagas de Teu Filho Jesus, tirai todos esses malefícios e dai a serenidade no viver e no querer.

Senhor Jesus, nas Tuas Santas Chagas, colocamos todos os dependentes químicos e as causas que levaram ao vício nas drogas.

Livrai-os de toda carência, de toda rejeição, de toda falta de amor, de toda amargura, de todo complexo e das más companhias.

Senhor Jesus, nas Tuas Santas Chagas, colocamos também todas as famílias que estão lutando contra o vício de um (ou mais) de seus membros. Dai ânimo, força e discernimento para que possam obter a total libertação das drogas.

Abençoai, Senhor, nossos amigos e a todos os que se aproximarem de nós para que as famílias possam viver a alegria de uma vida longe do vício.

Senhor Jesus, pelas Tuas Santas Chagas, libertai minha família do vício nas drogas!

Senhor Jesus, pelas Tuas Santas Chagas, libertai minha família do vício nas drogas!

Senhor Jesus, pelas Tuas Santas Chagas, libertai minha família do vício nas drogas!

Amém

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Evangelho (Mt 18,15-20)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganhado o teu irmão.

Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 

Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. 

Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles».


Nesta parábola Jesus alude à importância do bom entendimento em comunidade entre os seus vários membros, que bem pode ser uma família, uma cidade, um país ou mesmo o próprio mundo terreno.

Reafirma que quando no homem se verificar o sentido de justiça misericordiosa, quando se procurar estabelecer entendimento para os assuntos fraturantes e em seu resultado a união das pessoas sair reforçada na terra, em nome da verdade, da justiça e da paz entre os homens de boa vontade, o Espirito de Jesus e de seus ensinamentos se fará presente elevando a experiencia a uma união igualmente no céu, com todos os envolvidos. 

Também adverte, que uma negação consciente a este convite à reconciliação, quando levado a cabo de forma consciente, irrevogavelmente trará as suas consequências perturbantes à pessoa, pela óbvia negação ao seu progresso espiritual em comunidade. 

O Homem só na vontade firme de transcendência dos seus interesses egoístas e belicosos, poderá ingressar numa vida em comunhão com o Espirito Santo. Não é tanto pelo ingresso numa igreja especifica ou pela observância de alguns tipos de rituais respetivamente, que o homem de bem se elevará a si e aos seus, mas sim pelo verdadeiro esforço de conciliação e abertura emocional, para a entrega de coração ao que não sendo o mais fácil, é o que o seu coração lá bem fundo clama dentro de si, como sendo o mais certo procedimento.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Hoje celebramos a Festa dos Anjos da Guarda, nossos zelosos protetores

A existência desses seres espirituais, não corporais, chamados anjos, tem a seu favor o claro testemunho das Sagradas Escrituras e a unanimidade da Tradição. “O anjo de Iahweh acampa ao redor dos que o temem, e os liberta”(Sl 34,8). Os anjos são mensageiros da salvação: “porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?”, lê-se na carta aos Hebreus (1,14).

Fundando esta verdade de fé na própria afirmação de Jesus, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do batismo, é confiado a um anjo particular, que tem a missão de guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirar-lhe bons sentimentos, secundar suas livres escolhas quando estas o encaminham a Deus, ou fazer-lhe perceber a censura interior da consciência quando elas conduzem à transgressão da lei divina.

A estas invisíveis testemunhas de nossos pensamentos mais recônditos e inconfessáveis, de nossas ações boas ou não tão boas, públicas ou escondidas, nossa época voltou a dar particular atenção. Seu precioso “serviço” é testemunhado na vida de muitos santos de nosso tempo. “Os anjos”, escreve Bossuet, “oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até nossos desejos, fazem valer diante de Deus também nossos pensamentos. Sejamos felizes por ter amigos assim pressurosos, intercessores fiéis, intérpretes caridosos”.

A festividade deste dia foi estendida à Igreja universal por Paulo V, em 1608, mas já um século antes era celebrada à parte da de São Miguel.

Retirado do livro “Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente”, Paulinas Editora.


Desde o início de sua vida até o momento de passar para a eternidade, todo ser humano é cercado pela proteção e intercessão de um anjo designado por Deus para o guiar, proteger e orientar. Assim, cada um de nós tem um Anjo da Guarda.

Provavelmente, quase todos nós aprendemos em casa, ou nas aulas de catecismo, a clássica oração: 

“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém”.

“Grande é a dignidade das almas – exclama São Jerônimo -, quando cada uma delas, desde a hora de seu nascimento, tem um anjo destinado para sua custódia!” É muito reconfortante saber que um ser superior à nossa natureza está continuamente a nosso lado; que ele, puro espírito, mantém-se na contemplação incessante de Deus e, ao mesmo tempo, vela por nós, quer-nos todo o bem, e seu objetivo é levar-nos para a felicidade perfeita e infindável do Céu.

Quando nos damos conta da presença desse incomparável guardião, estabelecemos com ele uma amizade firme e íntima, como descreve o grande escritor francês Paul Claudel: “Entre o anjo e nós existe algo permanente. Há uma mão que, ainda quando dormimos, não solta a nossa. Sobre a terra onde nos encontramos, compartilhamos o pulso e o latejar do coração desse irmão celeste que fala com o nosso Pai”.

Se tivéssemos maior confiança nesse celeste protetor, nesse bom amigo que nunca falha – ainda quando dele nos afastamos, por nossa má conduta -, seríamos capazes de recobrar a paz e o equilíbrio dos quais tanto precisamos!

Eles estão a nosso lado, incansáveis, solícitos, bondosos


A Bem-Aventurada Hosana Andreasi, de Mântua (Itália), ainda com seis anos de idade, tomara o gosto de passear pelas margens do Rio Pó, extasiada com a beleza do panorama. Um dia encontrava-se sozinha nesse lugar, quando de repente viu surgir diante de si um belo jovem, alto e forte. Nunca o havia visto antes… Surpresa, mas não amedrontada, ouviu o recém-chegado chegado dizer com voz clara, ao mesmo tempo suave e firme: “A vida e a morte consistem em amar a Deus”. Sua surpresa aumentou quando o “jovem” a ergueu do chão e, olhando-a diretamente nos olhos, acrescentou: “Para entrar no Céu, você precisa amar muito a Deus. Ame-O. Tudo foi criado por Ele, para que as pessoas O amem”. Foi este o primeiro de numerosos encontros que Hosana teve, até seu falecimento (em 1505), com seu Anjo da Guarda.

Casos como esse, de relacionamento intenso com os anjos, não são nada raros. Santa Gemma Galgani (1878- 1903), por exemplo, teve a constante companhia de seu anjo protetor, com quem mantinha um trato familiar. Ele lhe prestava todo tipo de ajuda, até mesmo levando suas mensagens para seu confessor, em Roma.

Ainda mais próximos de nós, encontramos os episódios frequentes ocorridos com São Pio de Pietrelcina (1887-1968), grande incentivador da devoção aos Anjos da Guarda. Em diversas ocasiões ele recebeu recados dos Anjos da Guarda de pessoas que, à distância, necessitavam de algum auxílio dele.

O Beato João XXIII, outro grande devoto dos anjos, dizia: “Nosso desejo é que aumente a devoção ao Anjo Custódio”. Nossos anjos guardiães estão ao lado de cada um de nós, incansáveis, solícitos, bondosos, prontos para nos ajudar em tudo quanto precisarmos – inclusive em nossas necessidades materiais, mas especialmente para nos proporcionar os bens espirituais, auxiliando- nos a caminhar na via da virtude.

Diz São João da Cruz: “Os anjos, além de levar a Deus notícias de nós, trazem os auxílios divinos para nossas almas e as apascentam como bons pastores (…) amparando-nos e defendendo-nos dos lobos, os demônios”.

Confiando-nos inteiramente aos nossos Anjos da Guarda, não precisamos temer os demônios. Afinal, estes últimos nada conseguem contra o poder daqueles.

(Revista Arautos do Evangelho, Out/2006, n. 58, p. 34 e 35)

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Um Mestre...

"Um Mestre é um ser que conseguiu dominar os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus atos. Podereis objetar que não é grande coisa, mas, na realidade, tudo reside nisso. Dominar os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus atos subentende uma disciplina, exige métodos especiais baseados num profundo saber. Esse saber diz respeito à estrutura do ser humano, às forças que nele circulam, às correspondências que existem entre todo o seu ser (isto é, o seu corpo físico e os seus corpos subtis) e os diferentes planos dos mundos visível e invisível. Ser senhor de si também pressupõe que se conhece as entidades do mundo invisível e a estrutura de todo o Universo.

Um Mestre é um ser que resolveu os problemas essenciais da vida, é livre, possui uma vontade forte e, acima de tudo, é pleno de amor, de bondade, de doçura e de luz."


segunda-feira, 16 de setembro de 2024

E se...

Certamente tivemos, em algum momento, em nossas vidas, o desejo de que as pessoas se comportassem de maneira diferente para connosco. Possivelmente, já aconteceu de nos incomodarmos com a maneira de alguém agir, ou com os valores e princípios que defende. Constantemente, avaliamos os outros e nos deixamos afetar, pelas posturas que apresentam. É comum no trânsito, no supermercado, na reunião familiar ou no trabalho, nos desgostarmos com as pessoas.

Por um motivo ou outro são com esses que demonstramos a nossa impaciência, agimos de forma impulsiva ou até de maneira grosseira e pouco amigável. É verdade que nos relacionarmos em sociedade sempre é um grande desafio. Atitudes de colegas, familiares ou conhecidos nos colocam, muitas vezes, nos limites da nossa estrutura emocional. E nossos desejos se manifestam com frases como Queria que Fulano fosse assim, ou Gostaria que Beltrano mudasse sua maneira de agir.

E vamos fomentando ideias que nunca estão ao nosso alcance, porque o que desejamos é a mudança do outro. Dificilmente nos pomos a pensar que, eventualmente, o outro apreciaria que alterássemos as nossas atitudes, que o ferem, que o machucam. Que tal se, ao invés de avaliarmos alguém pela sua aparência, pela roupa, cabelo ou pelo vocabulário que usa, buscássemos conhecê-lo melhor?

Saber da sua história de vida, dificuldades e lutas que vem enfrentando. Afinal, ninguém está isento delas. E se, ao invés de julgarmos as pessoas, seu comportamento, suas opções e escolhas de vida, buscássemos compreendê-las um pouco mais?

Entender que cada um busca ser feliz à sua maneira, mesmo que tenha que percorrer longos caminhos para tanto. Isso porque todos estamos palmilhando uma estrada de aprendizado. E se oferecêssemos ao outro a antítese, isto é, o contrário daquilo que não gostamos nele ou que nos agride?

Poderíamos oferecer a nossa paciência ao exaltado, dando-lhe a oportunidade de receber compreensão, atenção e cuidado que, muitas vezes, a vida não lhe concedeu. Para o grosseiro, retribuir com educação, mostrando outras possibilidades de relacionamento, pautadas no respeito e consideração. Talvez a falta de trato social seja apenas ausência de oportunidade de aprender outras maneiras de se relacionar. Ao bruto ofertar a gentileza, dando-lhe ensejo de provar a doçura e leveza que podem nascer a partir de pequenos gestos. Por vezes, a brutalidade que se apresenta no dia a dia não lhe permite acreditar que é possível ter um tanto de suavidade na vida. Para aquele com posicionamentos opostos aos nossos podemos construir uma ponte de empatia. Tenhamos em mente que ninguém é obrigado a pensar como nós, e que cada um é fruto de seus esforços, de sua história e de suas opções. Enfim, são muitas as oportunidades que aqueles que cruzam nossos caminhos nos ofertam para sermos melhores. Busquemos neles, esses professores que a vida nos oferece, a chance de construir em nós virtudes que permanecem latentes. Nesse esforço, estaremos contribuindo para uma sociedade pautada em elevados valores de amor e generosidade.



quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Ainda cabe Jesus?

Em trânsito pelos caminhos terrestres, a cada dia tua capacidade de observação se aprimora, oferecendo aos teus raciocínios largo material de observação. Parece, ao teu olhar, que a Humanidade desandou, apesar de tanta cultura.

A agressividade campeia desenfreada, como incontrolável animal em campina sem fim. Escasseia a paz, fazendo com que os homens se armem, uns contra os outros. O discurso parece distante da prática.

Diante de alguns dias de sol abundante, seguem-se horas intermináveis de nuvens escuras, despejando sobre os lares aguaceiro devastador. Imaginas que a segurança para teu lar pode ser uma grade forte, fios eletrificados e monitoramento dos passos alheios. Dessa maneira, deixas entender que todo mundo é suspeito, até prova em contrário. Tens a impressão de que a cultura avançou sobre as rodas de um veículo ligeiro, enquanto a ética anda muito longe, caminhando lentamente ao lado de uma montaria cansada. Tantos livros, bibliotecas e incontáveis analfabetos!

Campos fartos e fome nas metrópoles.

Lojas abarrotadas de artigos de vestuário e cada dia tens notado mais corpos desnudos.

A medicina proclama seus avanços admiráveis e milhares tombam sob o contágio de enfermidades cruéis.

Tantos templos religiosos e a descrença reinando solta nas consciências.

Discursos espiritualistas e condutas materialistas.

Cartas e leis admiráveis em torno dos direitos humanos e, por toda parte, a indiferença, o abuso e a invasão desses direitos, fazendo do outro simples estatística. Homens e mulheres andando na praça com seus animais de estimação, enquanto seus genitores estão em abrigos da terceira idade, mergulhados na dolorosa saudade dos afetos. Fala-se em luz, em claridade abundante, em ruas iluminadas pelos néons e led's de alta tecnologia. No entanto, muitos transeuntes estão em densas sombras íntimas.

O riso no palco e o choro convulsivo na coxia.

A gargalhada estridente no cinema ou no show da celebridade. Logo após, a agonia íntima, arrastando o ser para o paroxismo das emoções em desgoverno. Ou muito agito ou muita paralisia. Som muito alto. A conversa ao celular é quase aos gritos.


Quem realmente és tu?

E te perguntas: Ainda cabe Jesus no coração da criatura humana?

Qual o resultado de dois mil anos de Cristianismo?

Buscas, então, refúgio numa pequena porção de natureza, um lugar à parte desse burburinho quase enlouquecedor e tentas obter alguns momentos de silêncio, refazendo teu inquieto mundo interior.

Ora.

Silencia.

Medita.

Recorda o Divino Amigo, em ouvindo novamente a severa advertência: No mundo, tereis aflições!

Ele também atravessou um tempo parecido com esse, em proporção numérica menor. Contudo, as agonias eram as mesmas, as buscas, as ilusões...

Adestra tua paciência.

Acalma teus raciocínios.

Testa tua resiliência.

Se chegaste até aqui, com Jesus podes ir um pouco mais adiante. Confia. Trabalha, ama e segue.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Oração da manhã ao Espírito Santo

Adorável Espírito de Deus, Espírito vivificador e santificador, que desde o princípio da criação imprimistes nas criaturas o selo da perfeição que lhes convinha, passai sobre mim como então passáveis sobre as águas e derramai na minha alma as riquezas da graça e dos vossos dons, acrescentando força e constância, para que corresponda aos vossos divinos favores e jamais me canse de correr pelo caminho que leva ao céu.

Suplico-vos ainda, ó Divino Espírito, Amor Eterno, que visiteis o coração de todos os vossos fiéis e o enchais de vossa divina graça; que visiteis o coração dos cristãos tíbios e desleixados e que reacendais neles o fogo do amor celeste; que visiteis o coração dos pecadores para o acordar do sono funesto da morte; e, finalmente, que visiteis as terras dos não evangelizados, que lhes deis de novo a vossa bênção e que envieis a essa grande seara muitos operários que recolham os preciosos frutos da Redenção.

Permanecei também comigo, Divino Espírito Santo, e abençoai-me desde o principio deste dia, guiai os meus pensamentos, possuí os meus pensamentos, possuí os meus afetos, regulai a minha vontade, refreai os meus sentidos e de um modo especial a língua, e concedei-me a graça de chegar à noite, ou melhor, ao fim da vida sem vos ter causado nenhuma tristeza.


sábado, 7 de setembro de 2024

Peregrinação – um abrandamento externo face a uma aceleração interna.

«Se as pessoas que pedem graças à Mãe do Céu, não bloquearem à primeira contrariedade, se não ajuizarem da divina ajuda, não amuarem em birras de criança mimada, certo estejam: a Mãe do Céu só necessita de um pouco de colaboração, um pouco de confiança e tudo, mas tudo se resolverá. E como um inesperado e maravilhoso presente, como uma espécie de recompensa, para além dos problemas onde solicitaste ajuda e encontraste resolução, ainda obterás algo inesperado. 

As respostas do porquê do teu agir, as tuas motivações profundas, a integração matrimonial com a ciência amorosa dos céus, incompreensível para os homens, senão através de um processo de iniciação como o descrito ou algum outro semelhante.»