
“Há um lugar dentro de ti onde todas as coisas são perfeitas, pois repousam na criação de Deus. Neste lugar és amparado pela luz e pelo amor e diante disso o que poderia machucar o teu coração ou fazer-te pequeno perante a alegria de Deus? Um lugar onde a respiração é pausada porque é feita de tranquilidade. Vai e toma teu lugar ...”
RODA DA VIDA
terça-feira, 23 de setembro de 2025
"A realidade do trabalho espiritual"
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
Quando se faz noite nas almas
Na noite que parecia de infinitas tristezas, ante as palavras proféticas do Mestre, uma nota de esperança. Uma esperança que não apenas bruxuleia como uma chama tímida, mas incendeia corações, ante a perspectiva deslumbrante.
Jesus se despedia dos amigos, eles o sentiam. Jamais, mesmo no reduzido círculo apostólico, suas instruções haviam soado tão prenunciadoras de dores futuras. A ceia pascal, que lembrava a libertação da escravidão do Egito, que falava de um Deus que havia olhado para o Seu povo e o havia abrigado em Seu amor, fora povoada de atos, nem por todos percebidos. As palavras caíam naqueles corações que se indagavam: O que faremos, quando Ele se for? Ele é a nossa fortaleza, nosso refúgio. Que faremos, depois?
Eles haviam deixado seus afazeres, seus lares para estarem com Ele, que lhes acenara com um reino jamais conhecido. Algo totalmente diverso do que viviam, naqueles dias de domínio romano. No entanto, aquela despedida os atemorizava:
Filhinhos, ainda por um pouco estarei convosco. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. Então, o Poeta de um reino ainda não alcançado, ergueu a súplica ao Pai. E nos versos da Sua oração, brotaram flores de esperança:
Pai, é chegada a hora. Glorifica a teu filho, para que também o teu filho te glorifique a ti. Eu te glorifiquei na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste e guardaram a tua palavra. Agora, já têm conhecido quanto tudo que me deste provém de ti. Eu rogo por eles. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Não estou mais no mundo mas eles estão no mundo e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste para que sejam um, assim como nós. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os envio ao mundo. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a glória que me deste. Porque tu me hás amado antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu. Mas eu te conheci e estes conheceram que tu me enviaste a mim. Eu lhes fiz conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles. E eu neles esteja.
Como uma suave balada, a rogativa acalmara aqueles corações. O Bom Pastor os entregava, em totalidade, ao Pai Amoroso e Bom. E prometia que estaria sempre com eles. Que mais poderiam almejar senão estar com Ele, na glória, na dor, onde quer que fosse e como fosse. Quando a voz se calou, permaneceram todos mudos. Nada mais havia para ser dito. A declaração fora do mais puro amor de um Ser aos Seus tutelados. Por isso, quando se fez a hora, eles saíram a pregar as belezas do reino dos céus, desejando atrair todos para Ele, a fim de que gozassem da mesma felicidade que lhes invadia as almas. Na noite de sofrimentos que nos assombrem, lembremos: o Pastor está connosco!
domingo, 14 de setembro de 2025
Porque Deus permite
“Sempre que indagamos de nossos Maiores porque não interfere a Divina Providência no campo da inteligência corrompida no mal, a resposta invariável é que o Criador exige sejam as criaturas deixadas livres para escolherem o caminho de evolução que melhor lhes pareça, seja uma avenida de estrelas ou uma vereda de lama.
Deus quer que todos os seus filhos tenham a própria individualidade, creiam nele como possam, conservem as inclinações e gostos mais consentâneos com o seu modo de ser, trabalhem como e quanto desejem e habitem onde quiserem.
Somente exige – e exige com rigor – que a justiça seja cumprida e respeitada. “A cada um será dado segundo as suas obras.” Todos receberemos, nas Leis da Vida, o que fizermos, pelo que fizermos, quanto fizermos e como fizermos.
De conformidade com os preceitos Divinos, podemos viver e conviver uns com os outros, consoante os padrões de escolha e afetividade que elejamos; entretanto, em qualquer plano de consciência, do mais inferior ao mais sublime, o prejuízo ao próximo, a ofensa aos outros, a criminalidade e a ingratidão colhem dolorosos e inevitáveis reajustes, na pauta dos princípios de causa e efeito que impõem amargas penas aos infratores.
Somos livres para desenvolver as nossas tendências, cultivá-las e aperfeiçoá-las, mas devemos concordar com os Estatutos do Bem Eterno, cujos artigos e parágrafos estabelecem sejam feitas e mantidas, no bem de todos e no amparo desinteressado aos outros, as garantias do nosso próprio bem.
Cumpre-se a Eterna Justiça no mundo de cada um de nós. Deus não nos condena nem nos absolve. O Amor Universal está sempre pronto a soerguer-nos, instruir-nos, burilar-nos, elevar-nos, santificar-nos.
O destino é a soma de nossos próprios atos, com resultados certos. Devemos sempre a nós mesmos as situações em que nos enquadra a existência, porquanto recolhemos da vida exatamente o que lhe damos de nós.”
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Sede a vossa própria tocha! - Buda
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
Oração sempre
Em tempos de tantos afetados pela falta de apoio na saúde, feridos pelas guerras, sem abrigo, abandonados à sua sorte, padecendo nos hospitais, cogitamos de quanto devem estar cansados, quase exauridos, médicos, enfermeiros, atendentes. Eles lidam todos os dias com a entrada de novos pacientes, com a piora ou a morte de outros. Com o desespero de tantos, comemoram a alta dos que, vencendo as terríveis tribulações da falta de saúde e do sofrimento, podem retornar aos lares. Qualquer facto inusitado lhes merece atenção. E foi o que aconteceu com Marcelo, jovem médico, quando chegou para o seu turno.
Viu uma paciente, na enfermaria, que estava com a saturação ou seja, a percentagem de oxigênio que está sendo transportada na circulação sanguínea, muito baixa. Foi-lhe providenciado o máximo de oxigênio na máscara a fim de lhe melhorar a condição respiratória. No entanto, o quadro piorou nas horas seguintes. Decidiu o médico, junto com seu colega, que deveriam entubá-la.
Foram até à jovem e explicaram todo o procedimento para a entubação. Ela os olhou, concordou, mas pediu se, antes, lhe poderiam permitir fazer uma oração.
Naturalmente, concordaram e se retiraram, observando-a de longe. Viram que a jovem retirou de sua bolsa um pequeno livro e, de forma devota, se pôs a lê-lo. Aguardaram uns minutos e retornaram até ela que, agora, mantinha os olhos fechados e percebia-se, estava em sentida oração.
Quando terminou a sua prece, o médico a auscultou para dar início ao procedimento. Ficou surpreendido. Não podia acreditar. A saturação subira, estava quase normal. Todo seu desconforto respiratório melhorara.
Optaram, então, por não realizar, naquele momento, a entubação. Quem sabe, mais tarde, porque deveria se tratar de uma melhora passageira.
No dia seguinte, quando Marcelo retornou para o seu turno, perguntou ao colega como estava a paciente. Ele a entubara?
Surpreso, escutou que as melhoras dela prosseguiam, gradativamente. A previsão é de que, em breves dias, poderia ter alta para retornar ao lar. Narrando o facto, disse Marcelo à enfermeira: se me tivessem contado, não acreditaria. No entanto, eu vivenciei isso. Eu testemunhei.
Não sei a que religião ela pertence, nem a quem dirigiu a oração. Tenho que admitir, no entanto, que ela conseguiu acionar, em seu favor, forças que desconheço.
Tudo que pedirdes ao Pai em meu nome, disse Jesus, Ele vos dará.
É de nos perguntarmos se temos acionado a prece mais vezes em nossas vidas e não somente no momento da desesperança.
A vibração da mente em oração sintoniza com as ondas teledinâmicas do mundo espiritual superior, articulando benefícios insuspeitáveis.
Ainda não tem sido valorizada a oração nem colocada no seu devido significado.
Não se trata de orar muito, mas de orar bem.
A prece propicia resultados imunológicos e terapêuticos. Harmoniza o tom vibratório do indivíduo, impede o contágio de bactérias perniciosas, de germes deletérios, gera uma aura específica que envolve o homem, rearmonizando o campo das moléculas, revitalizando o metabolismo.
Orar é inundar-se de forças poderosas do mundo invisível.
É o mecanismo-ponte que une a criatura ao seu Criador.
Oração, sempre.