"Imaginai uma família a discutir: o pai, a mãe, os filhos... Que espectáculo, que cacofonia! De repente, bate à porta um amigo que todos estimam e respeitam. É uma surpresa, ninguém o esperava. Todos se esforçam logo por estar à altura da situação. «Oh! Estamos muito contentes por te ver! Senta-te! Como tens passado? Queres tomar alguma coisa?»... E até se olham com simpatia, para que o amigo não se aperceba de que estavam em plena tragédia. Já vivestes esta experiência algumas vezes, não? Nesse caso, porque não tirais daí conclusões para a vossa vida interior?
Quando eclodirem em vós discussões, tumultos, revoluções, se vos puserdes a orar com muito ardor, podereis verificar que, de repente, tudo se apazigua e recuperais a calma e a alegria. Porquê? Porque, interiormente, veio até vós um amigo e, na sua presença, todos os outros habitantes do vosso foro íntimo, receando mostrar-se grosseiros, se calaram. E se orardes a este amigo com mais assiduidade e fervor, para que ele nunca mais vá embora, para que fique convosco para sempre, se instale no centro de vós e não mais vos deixe, então a paz e a luz reinarão eternamente em vós."
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