«Naquele tempo, Jesus entrou num povoado, e uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã, Maria, a qual se sentou aos pés do Senhor e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com os muitos afazeres da casa. Ela aproximou-se e disse: «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda pois que ela venha me ajudar!». O Senhor, porém, lhe respondeu: «Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada».
“Há um lugar dentro de ti onde todas as coisas são perfeitas, pois repousam na criação de Deus. Neste lugar és amparado pela luz e pelo amor e diante disso o que poderia machucar o teu coração ou fazer-te pequeno perante a alegria de Deus? Um lugar onde a respiração é pausada porque é feita de tranquilidade. Vai e toma teu lugar ...”
RODA DA VIDA
segunda-feira, 29 de julho de 2024
Evangelho (Lc 10,38-42)
Esta extraordinária parábola do Mestre Jesus, recorda a todos sem excepção da relativa importância das tarefas mundanas, perante um acontecimento maior.
É certo que existe mérito em cumprir com as tarefas do nosso dia a dia o mais responsavelmente possível, faz parte dos nossos deveres para com a sociedade, para com a família, e além disso é uma importante forma de dar um exemplo para os jovens, e com isso colaborar na construção de um mundo mais funcional e harmonioso.
A questão é, de que vale tudo isso, se mergulhados nessa dinâmica, ficarmos fascinados e perder a capacidade de priorizar os momentos e oportunidades únicas, muitas vezes fugazes, de um reencontro connosco mesmos ou com alguém que esteja disponível, ou necessitado, de uma ponte espiritual...
A vida do dia a dia tem muitas prioridades que nos levam através da rotina a estabelecer apegos e devolvem falsas sensações de segurança, e deixamos lentamente de cuidar dos aspectos mais misteriosos de nossa alma, de nosso profundo sentir, muito mais desencontrado de rotinas, muito mais necessitado de silêncios da Alma, de disponibilidade para uma conversa secreta com o nosso Deus interior.
Não esqueçamos, é bom cumprir fielmente como seres comunitários, mas sem uma Alma, sem uma unidade, sem um propósito maior que nos dê um sentido a todo esse esforço moral e ético, de nada vale, porque o sentimento será sempre de vazio, de solidão, de falta e até de porquê?!
Cultivar atenção aos momentos em que nossa Alma pede um tempo para si mesma, é criar e promover encontros com a Divindade em nós, esse deveria ser o nosso propósito maior e não o que fica para o final... até porque afinal, pode até nem restar tempo suficiente, para esses sagrados encontros, quando deixados para depois.
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