A morte não é o final. Eu somente passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exactamente como sempre foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos, permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira como sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre o fizemos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim.
Deixe que meu nome seja uma palavra comum em casa, como sempre foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. A ligação não foi interrompida.
O que é a morte?
Por que ficarei fora dos seus pensamentos apenas porque estou fora do alcance da sua visão? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho. Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo bem próximo, na outra esquina. Você que aí ficou, siga em frente. A vida continua bela, como sempre foi.
Tudo está bem.
O amor que nutrimos uns pelos outros continuará existindo na Espiritualidade. Ao desencarnarmos, seremos recebidos, do outro lado da vida, por aqueles a quem estamos ligados por laços de afeto e que desencarnaram antes de nós. Será o momento de rever seres amados que nos aguardam. O reencontro na Espiritualidade ou em vidas futuras, através de uma nova encarnação, haverá de acontecer. E, todas as vezes que a saudade daquele que partiu parecer maior do que nossas forças possam suportar, busquemos o lenitivo da oração. Nossas preces alcançam os seres amados onde quer que estejam, levando até eles nossas melhores vibrações. E, para que possamos sentir as vibrações enviadas pelo pensamento dos amores que hoje vivem em outras dimensões, aquietemos nossas mentes e corações. Com certeza, experimentaremos algum conforto. A prece é mecanismo abençoado que nos aproxima de Deus e dos afetos que estão distantes.
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