Olhando a História humana, certamente nos causa pavor notar tantas atrocidades, atos de barbarismo e pura estupidez, realizados em nome de Jesus. Talvez isso seja a causa de muitos, atualmente, serem avessos às religiões, ou ao cristianismo.
Por que cometemos tantos absurdos em nome dEle? Por que tanto ódio e separação em nome de Alguém que foi e é a personificação do amor?
De uma vez por todas, entendamos: nunca foi em nome dEle.
Nunca foi em nome de Jesus que saímos por aí destruindo cidades, famílias, convertendo pessoas à força e destilando um ódio sem tamanho. Foi sempre em nome de nós mesmos, da nossa ignorância mergulhada no ciúme e na inveja, vícios morais que ainda trazemos. O nome de Jesus, ou de uma aparente causa nobre, foi apenas uma fachada para esconder os próprios interesses. Foram esses mesmos interesses que comandaram guerras, essas revoluções enganosas e todas as tentativas de forçar outras pessoas a aceitarem nossas verdades. Sempre quisemos o poder, sempre quisemos dominar. E nos servimos de um estandarte: o do Cristo, que deveria significar somente paz, amor, concórdia. Entendamos isso: nunca foi verdadeiramente em nome dEle!
Recordemos como foi a Sua reação diante dos soldados, que O foram prender, na calada da noite, enquanto Ele orava. Quando Pedro, surpreendido pela escolta armada, tenta resguardar o Amigo, chegando a ferir um soldado, Jesus recomenda: Embainha tua espada. Retorna a tua espada para o lugar dela, pois todos os que tomam a espada, morrem pela espada.
Esse mesmo Jesus também recomendou: Amai os vossos inimigos. Orai por aqueles que vos perseguem.
Também exaltou os pacificadores em uma de suas bem-aventuranças, e mostrou-se como o Grande Pacificador: A minha paz vos deixo. A minha paz vos dou. Como pudemos, em sã consciência, depois de conhecer a mensagem de Jesus, iniciar guerras, empunhar uma espada e destruir vidas, em Seu nome?
Por isso voltamos a dizer: nunca foi em nome dEle.
Os que, verdadeiramente, levantaram bandeiras em nome dEle somente espalharam o amor. Os primeiros que O seguiram, os verdadeiros cristãos, se dispuseram a cuidar de doentes, de pessoas discriminadas pelos preconceitos, que viviam apartadas da sociedade, que nem eram consideradas humanas. Os verdadeiros cristãos alimentaram os famintos, os miseráveis, tentando, de alguma forma, amenizar as diferenças sociais que sempre ocorreram no mundo. Os verdadeiros cristãos estavam e continuam dentro de seus lares, sendo boas mães e bons pais, ensinando aos filhos os valores da honestidade, da gratidão e da caridade.
Infelizmente, no mundo, ainda somos poucos os que podemos nos afirmar trabalhar em Seu nome. Alguns continuamos a empunhar o título na fachada, defendendo apenas os próprios interesses. Somos árvores que não produzem bons frutos. Jesus alertou: Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que realiza a vontade de meu pai que está nos céus. Pensemos a respeito.
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